Dias 20 e 21 Caldas da Rainha e Ferrel.
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Há 40 anos, a Gazeta das Caldas, com a colaboração de incipientes grupos ecologistas de todo o país, com o apoio de meia dúzia de jornalistas, professores universitários, políticos, e com todos os cantores de intervenção, organizámos em Caldas da Rainha e Ferrel uma importante acção pública, contra a então, já periclitante, e perto de uma falha sísmica que não estava a ser considerada, central nuclear de Ferrel.
Foi um grito do Ipiranga e julgo, a primeira vez que se avançou
claramente com a hipótese das renováveis (então pensávamos na energia do Sol)
como alternativa, para a VIDA.
O Festival Pela Vida e contra a Nuclear foi um acontecimento. A ele
assistiram muitos futuros ministros e altas individualidades da Ibéria, sejam
escritores, artistas, políticos, ou expoentes da sociedade.
Vamos este ano lembrar o que era o nosso país há 40 anos, das lutas que
neste tempo até chegarmos ao actual exemplo que somos nas renováveis, mas
também falar dos novos desafios, da nuclear em Espanha e da organização para a
enfrentarmos, não esquecendo as alterações climáticas que estão associadas ao
dispilfário energético e à falta de desenvolvimento de energias suaves e
sustentáveis.
O cartaz do colóquio e os eventos em Ferrel seguem em anexo, para o que
chamamos a vossa atenção e solicitamos a máxima divulgação.
Hoje, como ontem, é em nome da Vida e contra a Nuclear que estamos!
Por ventos e marés e com o sol a guiar-nos!
Caminhantes contra a central de Ferrel e a nuclear ainda estão,
felizmente, vivos e nomeá-los seria arriscar um esquecimento ou algum lapso.A.E.
Mas não quero deixar de mencionar três dos nossos companheiros que desapareceram
Delgado Domingues e Humberto da Cruz, assim como Zeca Afonso, neles
simbolizando o conhecimento, a militância e o empenho que também na altura
foram chaves na nossa luta.
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