Haverá (número que arredondo por baixo) 300.000 (trezentos mil!) candidatos ás autarquias. Em Lisboa serão mais de 2.000. Todos eles ( ou muitos deles!) beneficiando de isenções laborais..
Juntamente com # Os privilegiados# era aqui que se deveria cortar.
Mas infelizmente criar funcionalidade eleitoral e política para os sistemas de governo da polis e do país é coisa que a "Troika" ignora e a (sem) classe política que temos não considera sequer. (ver os livro acima referido!)
Bom mas, continuando com o telemóvel desligado, tenho tido tempo para leituras.
Comecei ontem e acabei hoje o excelente livro de João Seixas:
que deveria ser obrigatório para os tais 300.000 (embora muitos deles não saibam ler mais que a Bola!), ou sem a mínima dúvida (dado que as partes mais funcionais e práticas do livro são sobre Lisboa!) para os mais de 2.000 desta.
É um livro de sabedura e com grande folgo sobre a Cidade. Muito teórico, todavia, o que não o desmerece, mas torna algumas partes muito áridas.
A parte sobre Lisboa contrabalança essa secura, que é obviamente um pilar académico sustentado, e deixa-nos com expectativa e ao mesmo tempo com dúvidas...
1-Terá sido, será o "salgadismo e &" que impede que haja cidade, nos termos estratégicos que são aqui enquadrados?
2- Porque será que pouco, ou quase nada foi feito a partir do diagnóstico que foi produzido para a Carta Estratégica de Lisboa?
3- Trabalho útil deitado ao lixo, sem reciclagem nem nada (cujos níveis em Lisboa caíram a pique!)?
O livro que, além de muito bem apresentado e de fácil embora densa leitura, é uma tese cidadã.
Socorrendo-se dos melhores sociologos e urbanitas só lhe lamento a falta de biologia e paisagismo, embora possa reconhecer que no quadro do enquadramento deste talvez não tivessem possibilidade; e também mais história, embora haja nacos saborosos dessa.
Bom sei que está na calha outro trabalho de J.Seixas e com expectativa aguardo que estas questões sejam então aprofundadas...
Infelizmente, mas também esse é outro tema e certamente tema para muitas conversas, a reforma do sistema de gestão autárquico e metropolitano, a questão das freguesias (ex-paróquias) e dos bairros fica só pela rama.
Talvez, talvez ainda no nosso tempo... se possa dar uma volta, nessa encruzilhada...
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