sábado, novembro 10, 2007

ZONAS 30

6 perguntas a ... João Dias (professor no Instituto Superior Técnico): Velocidade máxima nas zonas residenciais deveria ser de 30 km
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Quais são hoje os principais problemas da sinistralidade urbana?
Em Lisboa, o problema maior é a sinistralidade pedonal e a seguir a dos veículos de duas rodas. Lisboa é uma cidade cosmopolita. Há uma grande circulação de peões e, aliada a isso, a indisciplina destes, que atravessam em qualquer lado, com o vermelho e fora dos locais apropriados. Por outro lado, temos também a velocidade dos veículos dentro das localidades. E há que a actuar nestes dois níveis.
Como?
Sou defensor do limite de 30 km/h dentro da cidade e em zonas residenciais, naquelas vias que não são de circulação de tráfego. Isso permitiria reduzir drasticamente o risco. Mas tem de haver mais fiscalização. Porque uma coisa é haver um limite outra é respeitá-lo. A solução tem que ir pelas vias da penalização e da educação. Só uma não chega.
(...)
Como é que as leis da física são um apoio à investigação dos acidentes mais graves.
As leis da física estão na base da determinação das condições em que ocorrem os acidentes. São elas que me dão informação sobre se um peão atravessou na passadeira, através da forma como foi projectado e das lesões com que ficou. E isso é muito importante. As pessoas costumam dizer que há só uma maneira de ser apanhado em excesso de velocidade: por um radar da polícia. Eu digo que há outra: através da física. Se o veículo vai a determinada velocidade, tem determinada energia cinética e esta é dissipada de várias maneiras, por rastos de travagem, por exemplo, quando se envolve num acidente.
Entrevista publicada no Diário de Notícias de hoje.
Extenso dossier sobre investigação, critérios aplicados na avaliação estatística da mortalidade rodoviária, etc., no DN.
(Isabel G.-fotografia: Amsterdão 3 de Novembro 2007)
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Comentário de um leitor:
"Zonas 30" são uma solução adequada para os chamados espaços semi-pedonais, onde convivem indistintamente peões e automóveis, como numa passadeira, e onde igualmente a PRIORIDADE PERTENCE AO PEÃO.
Pergunte-se então aos senhores deputados por que é que, AO CONTRÁRIO DOS PAÍSES EUROPEUS mais desenvolvidos, em Portugal não foi acolhida, nas últimas REVISÕES DO CÓDIGO DA ESTRADA, a proposta de regulamentação desses espaços viários.
Em consequência, torna-se extremamente difícil encontrar sinalização adequada para os pôr em prática sem cometer nenhuma ilegalidade.

2 comentários:

Anónimo disse...

Nos centros de saúde tudo se passa muito mais rápido

Anónimo disse...

"Zonas 30" são uma solução adequada para os chamados espaços semi-pedonais, onde convivem indistintamente peões e automóveis, como numa passadeira, e onde igualmente a PRIORIDADE PERTENCE AO PEÃO.


Pergunte-se então aos senhores deputados por que é que, AO CONTRÁRIO DOS PAÍSES EUROPEUS mais desenvolvidos, em Portugal não foi acolhida, nas últimas REVISÕES DO CÓDIGO DA ESTRADA, a proposta de regulamentação desses espaços viários.


Em consequência, torna-se extremamente difícil encontrar sinalização adequada para os pôr em prática sem cometer nenhuma ilegalidade. Quem estiver interessado, aconselho uma visita ao centro histórico de Paço de Arcos, junto ao Palácio do mesmo nome, onde a Câmara de Oeiras ensaiou há já cerca de oito anos uma experiência, muito bem sucedida, de transformar toda uma área urbana problemática, precisamente, numa espécie de "Zona 30".


Não há registo de qualquer acidente com vítimas, ATÉ HOJE, e os comerciantes e moradores mantêm-se satisfeitos... E também não consta que os muitos forasteiros que frequentam os afamados Restaurantes dessa zona sintam dificuldades ao nível das acessibilidades (até lá vão autocarros de turismo...).


O único problema está em algum funcionário mais zeloso da ex-DGV passar por lá e analisar rigorosamente a sinalização "inventada" pelos técnicos da Autarquia...