quinta-feira, setembro 29, 2011

A propósito do Metro de Lisboa

... ou TROQUE-ME?

ONTEM, o governo anunciou que, o mais certo, é que o preço dos transportes públicos volte a subir. No que toca a Lisboa, tem aqui sido referido, à saciedade, como é que os transportes de superfície são "acarinhados" por quem tem a obrigação de lhes facilitar a vida.
Vejamos, agora, o caso do Metro, a partir de um simples - mas eloquente - exemplo real.
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HÁ DIAS, uma pequena multidão de turistas, vindos dos hotéis das redondezas, aglomerava-se junto a uma máquina de venda de bilhetes no átrio sul da estação Roma.
Motivo:
Além das dificuldades devidas ao facto de as instruções estarem apenas disponíveis em português, sucedia que, das três máquinas existentes, apenas uma funcionava. Numa outra, não se podia pagar com notas; numa 3.ª, nem com notas nem com cartão (MB ou outro).

Curiosamente, anunciava-se a possibilidade de pagar com o Porta-Moedas Multibanco, algo que já não existe há anos e anos.

Repare-se que estas dificuldades eram levantadas a quem queria PAGAR!

quarta-feira, setembro 28, 2011

Petição "TAPADA das NECESSIDADES: CML troca Projecto Social por Restaurante"


Eis uma petição lançada pelo Grupo de Amigos da Tapada das Necessidades, e com a qual não posso deixar de concordar uma vez que o que à primeira vista era uma boa notícia - o concurso público para instalação de um restaurante no antigo jardim zoológico da Tapada das Necessidades - se pode transformar de facto num pesadelo, por força das obras previstas no caderno de encargos (ampliação, esventramento do subsolo para colocação de infraestruturas, etc.) e pela falta de clareza quanto a pormenores vitais, como por ex. a forma de acesso ao restaurante, i.e., circulação/estacionamento automóvel. Como tal, está subscrita.

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«Os cidadãos abaixo-assinados consideram que:

A Câmara Municipal de Lisboa pretende construir um Restaurante no antigo Jardim Zoológico da Tapada, o que é uma forma intolerável de privar a população de um espaço público e histórico de excepção.

Ignora para isso um Projecto apresentado pela Junta de Freguesia dos Prazeres, as Casinhas Encantadas, dedicado à educação das crianças e ao bem-estar dos moradores e frequentadores do Parque.

Seria devastador o resultado da instalação de um Restaurante com os seus acessos, redes de iluminação, comunicações, águas e esgotos, gás, gestão de resíduos sólidos, demolições e construções de apoio e suas periódicas operações de manutenção.

A Tapada das Necessidades e o seu arvoredo são Monumentos de Interesse Público, não podendo o património cultural da cidade ser descurado e negligenciado.

A existência desse Restaurante obrigaria a estacionamento e circulação de veículos dentro da Tapada, com intenso movimento de pessoas até altas horas, de forma totalmente incompatível com a sua conservação e segurança, comprometendo o descanso de vizinhos, a paz e o sossego do local e permitindo depredações e danos no Património.

Quaisquer novas construções iriam descaracterizar o conjunto monumental do Jardim, com um brutal impacto e sem daí resultar qualquer vantagem para o ambiente, adulterando este lugar de privilégio que foi possível preservar durante século e meio.

Em defesa de Lisboa, os cidadãos abaixo assinados rejeitam a instalação do Restaurante na Tapada das Necessidades, objecto de Concurso Público Internacional lançado pela Câmara Municipal de Lisboa e que pretendem seja anulado
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terça-feira, setembro 27, 2011

Sábias palavras de António Costa!


Se a lei do enriquecimento ilícito já tivesse sido aprovada a "direção do PSD Madeira já estava na cadeia há muito tempo"

Sábias palavras... Mas palpita-me que se aplicada à Câmara de Lisboa, muitos vereadores e alguns (sim alguns) presidentes da CML nos últimos anos, também iam dentro!

Os Mercedes que Santo António "Benz"

Com a bênção de Sto. António (Costa?), entre 4 e 6 camiões ocupam, há já vários dias, uma placa pedonal na Praça de Alvalade

Embora alguns camiões sejam Mercedes, o único veículo dessa marca que, até agora, vi multado (e tenho lá passado todos os dias) é o que se vê em 1.º plano - nesta foto e na de baixo.
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segunda-feira, setembro 26, 2011

A propósito das árvores de Lisboa

As duas fotos de baixo são do mesmo toco.
Não há dúvida que, depois de tosquiado, melhorou muito!

Parques e Jardins de Lisboa

Em Outubro do ano passado, o meu médico ordenou-me que andasse 40 minutos por dia. Habituada a uma vida sedentária, fiquei apreensiva, mas não dei importância ao alerta, até ele me ter comunicado que uma tensão arterial de 18/20, a minha, me podia conduzir a um AVC. O melhor era alterar as rotinas. Após ter comprado um iPod, parti em busca de um local.

Da minha infância, conhecia o Parque Eduardo VII, mas, sem alamedas sombrias, estava longe do que considero um parque. Por outro lado, a ideia de me meter no carro para fazer caminhadas a pé não me agradava, pelo que desci a Av. D. Carlos até ao Tejo, indo até às docas. Uma vez ali, consegui ligar o aparelho da Apple, onde metera uma ópera de Verdi. Apesar das reticências, estava contente, ouvindo, na potência máxima, as árias de o «Rigoletto». A felicidade não durou. A certa altura, notei o cheiro a fritos emanado dos restaurantes, o barulho dos carros que sobre mim circulavam na ponte sobre o Tejo e o pivete vindo dos esgotos não tratados dos 110.000 habitantes, residindo entre Santa Apolónia e Belém, um problema que, soube depois, viria a ser parcialmente resolvido. Mesmo sem o cheiro, havia o ruído. Não, não era ali que podia andar.

Só então notei que Lisboa tem jardins, mas não tem parques. Londres possui 40% da sua superfície ocupada por espaços verdes, um sinal de civilização, percentagem que, em Xangai, desce para 4%, um sinal de sentido contrário. Mas, com ou sem parques, tinha de caminhar, pelo que passei a utilizar o automóvel. Fui até à Tapada da Ajuda, um espaço com uma dimensão razoável. Uma vez lá dentro, verifiquei que as plantas estavam por tratar, que havia moscas por todos os lados e que os carros dos funcionários eram autorizados a circular no recinto. Não, isto não me servia. Seguiu-se o Jardim Botânico Tropical, em Belém. Além do espaço ser minúsculo, o pavimento rebentava sob a pressão das raízes das árvores. Tão pouco era o que desejava. Em seguida, fui até ao Parque das Nações, mas a ideia de levar uma hora ao volante desencorajou-me. Seguiu-se o Jamor. Aqui, sim, havia ar puro, espaço e árvores. Infelizmente, por se encontrar deserto, o local não é seguro. Tendo já sido assaltada duas vezes em Lisboa, acabei por desistir. Finalmente, optei pelo Jardim da Estrela: é pequeno, mas está cuidado e, mais importante, fica a dois minutos de minha casa.

Baudelaire nunca visitou Portugal, mas aqui fica o que, em 1880, escreveu sobre Lisboa: «É uma cidade à beira da água; dizem que está edificada em mármore e que o povo tem um ódio tal à vegetação que arranca todas árvores». Deve ser por isso que não consigo encontrar um parque decente, bonito e acessível. Agora que os «troikos» estão por cá, custava-lhes muito incluir no memorando a exigência que Lisboa passasse a ter árvores no centro da cidade? Era um favor que me faziam.




In Semanário Expresso

domingo, setembro 25, 2011

Apontamentos de uma cidade caótica

Alguém sabe onde é que se situa (e para quem é) este local "reservado"?

sexta-feira, setembro 16, 2011

quinta-feira, setembro 15, 2011

Como é gasto o nosso dinheiro... mas é rapidamente recuperado

AS FOTOS, tiradas na Praça de Londres, mostram um local de estacionamento reservado ao carregamento de carros eléctricos - e logo aos dois de cada vez!
Apesar de eu lá passar quase todos os dias (por vezes mais do que uma vez, e às horas mais diversas) nunca vi um único carro a "carregar". Mas isso agora não interessa. O que importa ressaltar é a substituição dos carregadores por outros de nova geração (foto de baixo), mas repudiar a ideia de que se trata de desperdício de dinheiros públicos, dado que a verba é rapidamente recuperada com as multas aplicadas a quem ali estaciona indevidamente.

Nota: Na foto do meio, pode ver-se que o facto de, na matrícula do carro, constar um "CE", tal não convence a EMEL de que sejam as iniciais de "Carro Eléctrico"...

quarta-feira, setembro 14, 2011

terça-feira, setembro 13, 2011

A lei da "Trans...selva"

PERFEITAMENTE integrada na "selva" que é Lisboa, esta camioneta dá mais uma 'achega' para se ver como a cidade (e quem nela manda) acarinha os transportes públicos: esteve ali o tempo que quis e lhe apeteceu, sem que ninguém a incomodasse.

domingo, setembro 11, 2011

Apontamentos analfabéticos... no "femenino"

Av. Almirante Reis, 127 A
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Em casos como este, a ASAE não tem nada a dizer?

sábado, setembro 10, 2011

Apontamentos "analfabéticos"

REPARE-SE, na linha de baixo, no acento agudo que alguém resolveu meter na palavra MUNICIPAL; e veja-se onde o mesmo iletrado colocou o acento circunflexo na palavra CÂMARA...

Já se sabe que é pedir demasiado, a certa gente, que não exiba a sua incúria (ou, mesmo, o seu analfabetismo) na via-pública. Mas não custa nada ir tentando...

sexta-feira, setembro 09, 2011

Como Lisboa recebe quem a visita

Cena de «Os Intocáveis» na esquina da Av. de Roma com a Fr. Amador Arrais

À PRIMEIRA
vista, a foto, tirada no passado dia 2 (e afixada no blogue Passeio Livre), não tem nada de novo, especialmente para quem ali passa durante a semana. A prová-lo, está o facto de ser o "Local B" dos "Prémios António Costa" (ver [aqui]), divulgados desde Abril de 2008 e nunca reivindicados.

A curiosidade não está, pois, na camioneta - que, entrando pela passadeira de peões (onde houve o cuidado de não colocar pilaretes), bloqueia completamente o passeio; está na lição de civismo que dão estes
turistas estrangeiros que, impedidos de atravessar a rua na passadeira, se desviaram um pouco... e esperaram que o sinal para peões ficasse verde! - um cuidado que o fotógrafo, pelos vistos, não teve (arriscando-se a ser, e muito justamente, multado).

NOTA: Outra situação com o mesmo título, mas na Rua da Prata, pode ser apreciada [aqui].

quinta-feira, setembro 08, 2011

O cabaré desceu ao Metro

Um Estudo de Caso: a Expo-98

Querem saber os motivos que nos levaram ao actual precipício? Recordando um método que me foi ensinado no curso de Sociologia, tentarei responder através de um «estudo de caso». Eis como este funciona: pega-se num acontecimento, tido como exemplar, e analisamo-lo em profundidade. A recente notícia, veiculada pela Ministra Assunção Cristas, no sentido de que o chamado Parque Expo iria ser extinto, fez-me recuar ao século passado, concretamente a 1998, quando o país andou a deitar foguetes, enquanto eu, macambúzia, desconfiava que a coisa iria terminar mal.

Passaram-se treze anos. Nunca mais pensei na parola comemoração. Desconhecia até que existia um grupo empresarial, intitulado Parque-Expo, com orçamento próprio, 170 funcionários efectivos e um presidente que, no ano passado, auferiu uma remuneração-base de 9.025 euros por mês. A sua missão era contribuir para o planeamento e regeneração urbanas. Tendo em conta o estado das nossas cidades, concluo que nada fizeram.

Lembremos os factos. A Parque-Expo nasceu em 1993 para montar a Expo-98, um «evento» que os responsáveis nos garantiram que se pagaria a si próprio. A marina – que virou pântano – o Pavilhão de Portugal – que se transformou num fantasma – e as habitações - cada vez mais juntinhas - gerariam lucros fenomenais. Tudo se faria, explicaram-nos, sem ir ao nosso bolso. Mas não foi isso que aconteceu. No dia em que me desloquei à Expo, vi uns cartazes com os seguintes dizeres: «Depois de 98, a Expo continua». Em Portugal, é perigoso criar uma instituição, visto que, uma vez formada, a sua dissolução é impossível.

Para além do objectivo circense, a Expo tinha ambições. Nos locais onde haviam existido refinarias e armazéns, no Poço do Bispo, em Braço de Prata e em Cabo Ruivo, erguer-se-ia uma Nova Cidade. O gabinete do arquitecto Vassalo Rosa desenhou os prédios, hotéis, centros comercias, hospitais e escolas, que ocupariam os 98 hectares da feira, mais os 350 destinados a ser urbanizados. Quando os gestores se aperceberam de que o défice da Exposição iria ser mais elevado do que o previsto, a tentação para se construir em altura e para os espaços-verdes ficarem subalternizados começou a fazer-se sentir. No dia em que fechou as portas, a dívida da empresa à banca era de 1,3 mil milhões de euros; hoje, o empreendimento ainda deve 185 milhões de euros. Por favor, não me venham falar do valor dos «activos». Enquanto a empresa não for ao mercado verificar se há compradores e qual o preço por que querem adquirir os ditos, o resto é conversa.

É verdade que se construíram infra-estruturas – estações de caminho de ferro, estradas e pontes – mas tudo isto poderia ter sido realizado sem fogo de artifício. A Ministra Assunção Cristas teve a coragem de pôr fim à Parque-Expo, o que não impedirá que tenhamos de pagar a feira popular que, ali para o lado de Xabregas, Cavaco Silva e Antonio Guterres montaram. Moral da história: não há feiras grátis.




Publicado no Expresso

segunda-feira, setembro 05, 2011

Att. CML: o Beau Séjour precisa de obras!


Infiltrações várias, tectos e pinturas importantes a precisarem de conserto e de ... concerto entre quem decide sobre as empreitadas de recuperação do património da cidade, que é propriedade da Câmara Municipal de Lisboa. É urgente, antes que venham mais chuvas...

domingo, setembro 04, 2011

Apontamentos de Lisboa

Av. da Igreja - 26 Ago 11
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COMO já aqui se referiu, é sempre interessante deparar com objectos que se prestam a mais do que uma utilização - no mínimo, denota criatividade e inteligência de quem os concebeu.

Este é mais um desses casos: um toco de árvore (daqueles que já são um ex libris de Lisboa) 'rebentou', e os seus novos ramos servem para limpar a poeira dos carros. Genial!

sexta-feira, setembro 02, 2011

Não é desleixo, é arte urbana

Apesar dos pombos, não se trata da zona pombalina, mas sim da Praça de Alvalade

quinta-feira, setembro 01, 2011

Regresso à normalidade

Fevereiro 2011
15 Ago 11
31 Ago 11
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Resumo de uma
elucidativa sequência, afixada no blogue Passeio Livre, mas - nele - com mais fotos e em 3 posts diferentes
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Imagem de cima: Um morador da zona protestou junto de dois fiscais da EMEL (presentes no local) contra a situação que a imagem mostra. Responderam-lhe que o assunto não era com eles, mas sim com a Polícia Municipal de Lisboa.

Imagem do meio: Depois de duas reclamações que, então, fez por e-mail (a 1ª não teve resposta), a P.M. respondeu-lhe, informando que tinha procedido à necessária intervenção. Presumivelmente no seguimento dela, a situação foi corrigida.

Imagem de baixo: Ontem, já tudo tinha voltado à "normalidade".

NOTA: a resposta que, em 1 de Julho passado, a Polícia Municipal deu ao reclamante pode ser pedida a florenciocardoso@gmail.com (está em formato PDF).