Encontrei a edição fac-similada deste notável livro de Ramalho Ortigão.
Um livro notável e saboroso de ler, em bom, excelente português, longe das leviandades de putativos acordos.
As descrições das praias de Lisboa, Pedrouços (e Belém), assim como o capítulo de Pedrouços a Cascaes são, como os outros sobre as praias do Norte, de comer e chorar por mais.
Numa altura em que vivemos submersos por montanhas de lixo pseudo-literário, por livrarias falidas (as maiores deixaram de pagar aos pequenos editores e só vendendo o seu próprio lixo) onde a leitura se transforma à velocidade de dois dedos (e dizia Umberto Eco que quem lê vive 5.000 anos!, mas ler a sério!) encontrar estas pérolas é um prazer.
segunda-feira, fevereiro 22, 2016
sábado, fevereiro 20, 2016
Num magnífico artigo no El Pais de hoje, Munõz Molina escreve sobre a Lello, e o Porto:
http://antoniomuñozmolina.es/2016/02/7569/
Ou melhor sobre o Porto e a ex-Lello, hoje desnaturada por um turismo massificado e massificador, convertida em loja de vistas e "selfies", a 3 euros a entrada. Acho que devia ser 10 euros a entrada, a não ser para os compradores de livros, mas mesmo assim não sei se resistiria à massa.
Este é um problema central das nossas cidades, com o fim do turismo, na Turquia, Egipto, Tunísia, todo o norte de África e Médio Oriente, agora o zica, o pretenso portador do tal vírus, a acabar com a América Latina e em breve a Ásia, sendo que África já foi...e a Grécia e o Sul de Itália cheios de refugiados... pois aqui temos chusmas de turistas por todo o lado, já não podemos ir a lado nenhum, restaurantes só com reserva até para horas impróprias, as ruas cheias que parecem o metro na pior hora, os monumentos e museus não frequentados mas devassados.
Está na altura de apertar a taxa, mas apertar mesmo, e limitar as "low costs", senão estamos tramados...
Impôr restrições ao turismo, a este devastador turismo de massa e massas é essencial para mantermos as nossas cidades vivas, para a cidadania.
Aqui e Ex-Lello:
Não há quem pague o valor patrimonial! E a memória. Aqui entro com Unamuno...
http://antoniomuñozmolina.es/2016/02/7569/
Ou melhor sobre o Porto e a ex-Lello, hoje desnaturada por um turismo massificado e massificador, convertida em loja de vistas e "selfies", a 3 euros a entrada. Acho que devia ser 10 euros a entrada, a não ser para os compradores de livros, mas mesmo assim não sei se resistiria à massa.
Este é um problema central das nossas cidades, com o fim do turismo, na Turquia, Egipto, Tunísia, todo o norte de África e Médio Oriente, agora o zica, o pretenso portador do tal vírus, a acabar com a América Latina e em breve a Ásia, sendo que África já foi...e a Grécia e o Sul de Itália cheios de refugiados... pois aqui temos chusmas de turistas por todo o lado, já não podemos ir a lado nenhum, restaurantes só com reserva até para horas impróprias, as ruas cheias que parecem o metro na pior hora, os monumentos e museus não frequentados mas devassados.
Está na altura de apertar a taxa, mas apertar mesmo, e limitar as "low costs", senão estamos tramados...
Impôr restrições ao turismo, a este devastador turismo de massa e massas é essencial para mantermos as nossas cidades vivas, para a cidadania.
Aqui e Ex-Lello:
Não há quem pague o valor patrimonial! E a memória. Aqui entro com Unamuno...
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quinta-feira, fevereiro 18, 2016
Earth's Long-Term Warming Trend, 1880-2015
As alterações climáticas serão dramáticas para a nossa vida nas cidades e em Lisboa não iremos escapar. Para já tivemos o mês de Janeiro mais quente de sempre (1,3 graus superior à média!). Aqui vemos a evolução do clima nos últimos 135 anos. Impressionante!
sexta-feira, fevereiro 12, 2016
Hoje Catarina Martins colocou, no Parlamento, a António Costa a questão de um milhão.
Vai ou não o governo português, ao abrigo do acordo sobre a nuclear, firmado em Julho do ano passado (isso não foi dito!), intervir junto do Estado Espanhol para encerrar Almaraz, e cancelar o seu prolongamento de vida actualmente em curso, com os problemas que ainda esta semana foram denunciados nos circuitos de refrigeração, que já levaram ao funcionamento do backup de emergência, vai ou não o governo português agir?
Os riscos aumentam, muito, com o envelhecimento das centrais e Almarz, os dois grupos desta, já passaram o seu limite inicial, há muito.
O Estado português tem intervido diversas vezes (e durante o fascismo até esteve associado ao espanhol no projecto de construir uma nuclear, na falha sismica onde acabou o desastre ambiental da barragem de Alqueva! ) e pressionado o Estado Espanhol em relação à nuclear.
Desde a prevista central nuclear de Sayago que motivou protestos das organizações ecologistas activas na altura, Amigos da Terra e Terra Viva, nos finais dos anos 70, mas também das autarquias e especialmente a de Miranda do Douro, presidida por Joaquim Meirinhos.
E o cemitério de AldeaVila que empenhou o então secretário de Estado do Ambiente (Carlos Pimenta), a malta dinamizada pelo João Joanaz e as câmaras e comissão europeia por mim envolvidas.
A queixa apresentada em Bruxelas e a sua tramitação e a posição muito firme do governo de então foram essenciais em que ainda hoje o lixo nuclear continue onde é produzido.
Outros momentos juntaram os dois governos e associações, lembro os enterramentos de resíduos na fossa Atlântica...
Agora que Almaraz se transformou na Espada de Democles sobre os povos da Extremadura e Portugal é hora de sermos firmes, muito firmes.
Todos temos que agir. O Tejo é todos os dias usado para esfriar o núcleo do reactor...
E amanhã, uma das heroínas do ambiente ibérico, vai continuar a procurar a praia sob as pedras da calçada.
A minha querida amiga Paca Blanca, de que já aqui falei, é uma força da natureza que aponta sem medo os podres desta sociedade e o caminho da sustentabilidade.
Aqui:
Parabéns Paca! Continua que estamos contigo.
Vai ou não o governo português, ao abrigo do acordo sobre a nuclear, firmado em Julho do ano passado (isso não foi dito!), intervir junto do Estado Espanhol para encerrar Almaraz, e cancelar o seu prolongamento de vida actualmente em curso, com os problemas que ainda esta semana foram denunciados nos circuitos de refrigeração, que já levaram ao funcionamento do backup de emergência, vai ou não o governo português agir?
Os riscos aumentam, muito, com o envelhecimento das centrais e Almarz, os dois grupos desta, já passaram o seu limite inicial, há muito.
O Estado português tem intervido diversas vezes (e durante o fascismo até esteve associado ao espanhol no projecto de construir uma nuclear, na falha sismica onde acabou o desastre ambiental da barragem de Alqueva! ) e pressionado o Estado Espanhol em relação à nuclear.
Desde a prevista central nuclear de Sayago que motivou protestos das organizações ecologistas activas na altura, Amigos da Terra e Terra Viva, nos finais dos anos 70, mas também das autarquias e especialmente a de Miranda do Douro, presidida por Joaquim Meirinhos.
E o cemitério de AldeaVila que empenhou o então secretário de Estado do Ambiente (Carlos Pimenta), a malta dinamizada pelo João Joanaz e as câmaras e comissão europeia por mim envolvidas.
A queixa apresentada em Bruxelas e a sua tramitação e a posição muito firme do governo de então foram essenciais em que ainda hoje o lixo nuclear continue onde é produzido.
Outros momentos juntaram os dois governos e associações, lembro os enterramentos de resíduos na fossa Atlântica...
Agora que Almaraz se transformou na Espada de Democles sobre os povos da Extremadura e Portugal é hora de sermos firmes, muito firmes.
Todos temos que agir. O Tejo é todos os dias usado para esfriar o núcleo do reactor...
E amanhã, uma das heroínas do ambiente ibérico, vai continuar a procurar a praia sob as pedras da calçada.
A minha querida amiga Paca Blanca, de que já aqui falei, é uma força da natureza que aponta sem medo os podres desta sociedade e o caminho da sustentabilidade.
Aqui:
Parabéns Paca! Continua que estamos contigo.
quarta-feira, fevereiro 10, 2016
Já tenho entre os "meus" o livro de Jean-Yves Loude sobre #Cap-Vert, notes atlantiques# de 1997, recordo ainda o ter lido trabalhava na Expo'98, mas até hoje tinha-me escapado este:
que tem a mesma linhagem superlativa de qualidade e envolvimento.
Tem muita coisa que já não existe, apesar de ser de 2003, mas tem registos que também partilhei, memórias e sons e sabores e cheiros e toques que fazem esta Lisboa de todas as cores.
Na livraria das Viagens, a S.Bento, onde se pode viajar para todo o mundo e também para Lisboa, agora negra!
que tem a mesma linhagem superlativa de qualidade e envolvimento.
Tem muita coisa que já não existe, apesar de ser de 2003, mas tem registos que também partilhei, memórias e sons e sabores e cheiros e toques que fazem esta Lisboa de todas as cores.
Na livraria das Viagens, a S.Bento, onde se pode viajar para todo o mundo e também para Lisboa, agora negra!
terça-feira, fevereiro 09, 2016
É um dos mais activos grupos em defesa do Tejo e do seu património:
agora tem um blog, com fotos fantásticas e informação abundante:http://tajotoledo.es
agora tem um blog, com fotos fantásticas e informação abundante:http://tajotoledo.es
segunda-feira, fevereiro 08, 2016
Mão amiga entregou-me estes documentos, fundamentais para a estória de Lisboa e a História:
depois tenho andado a formigar, por aqui, por ali, por acolá. E por Aqui.
Ver mais documentos em:http://www.signos.blogspot.pt/
depois tenho andado a formigar, por aqui, por ali, por acolá. E por Aqui.
Ver mais documentos em:http://www.signos.blogspot.pt/
sábado, fevereiro 06, 2016
O Carnaval foi-se transformando. Hoje vivemos num torvelinho de máscaras e meninas com muito frio nos corpinhos.... que não estamos em país tropical... as festas transformaram-se em "pastiches" de samba e tudo é cada vez menos genuíno e mais artificial. As poucas colectividades que mantêm algumas referências ao passado vão-se reformando, com o passar dos tempos.
Pelo país, interior, que não os Carnavais televisionados e disformes, de Loulé, Torres ou Ovar, ainda se vai mantendo alguma coerência com o tempo, que era sobretudo um momento religioso, de carne vai, que antecedia a Quaresma, que deixou completamente de existir, mesmo para os que seguem a doutrina.
Aqui:
ainda parece haver ancestralidade e algo endógeno.
Pelo menos os caretos...
Enfim vamos esperando pelo enterro ... do bacalhau.
Pelo país, interior, que não os Carnavais televisionados e disformes, de Loulé, Torres ou Ovar, ainda se vai mantendo alguma coerência com o tempo, que era sobretudo um momento religioso, de carne vai, que antecedia a Quaresma, que deixou completamente de existir, mesmo para os que seguem a doutrina.
Aqui:
ainda parece haver ancestralidade e algo endógeno.
Pelo menos os caretos...
Enfim vamos esperando pelo enterro ... do bacalhau.
quarta-feira, fevereiro 03, 2016
É em Lisboa, na Sidónio Paes, onde está instalada a A.P.R.E.N., talvez até seja o carro de alguém da Associação, mas cada vez mais se vão vendo carros electricos, no âmbito de melhorias significativas do seus sistemas e acumulação de energia nas baterias.
Agora com o problema da baixa do preço do petróleo esperamos que o investimento neste hoje, ainda nicho, não seja abandonado.
Também estamos num período, dado o inverno muito suave, de descida do consumo de electricidade, na semana passada voltámos a um pico na exportação desta comodidade...
E, como habitualmente, aqui vão os dados da produção de algumas renováveis no distrito (que raio é isso!?) de Lisboa:
Carregar para melhor leitura.
Agora com o problema da baixa do preço do petróleo esperamos que o investimento neste hoje, ainda nicho, não seja abandonado.
Também estamos num período, dado o inverno muito suave, de descida do consumo de electricidade, na semana passada voltámos a um pico na exportação desta comodidade...
E, como habitualmente, aqui vão os dados da produção de algumas renováveis no distrito (que raio é isso!?) de Lisboa:
Carregar para melhor leitura.
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