sexta-feira, dezembro 27, 2019

Um animal impressionante:
o Bos taurus descendente do Bos primigenus, elemento de culto em inúmeras religiões e que se continua, ritualizado ou não nas festas que envolvem mais de 2 milhões de portugueses cada ano:
https://www.publico.pt/2019/12/26/sociedade/noticia/numero-espectadores-touradas-2019-1898480
e que justificam a continuidade de muitas terras e dão base para muita economia. Além. é claro, de serem um elemento da nossa ruralidade e da sua, cada vez mais difícil é certo, seja pelos discursos higienistas e animalistas seja pela uniformização e industrialização do mundo rural.
O tempo da ligação da cidade ao campo, das esperas e encierros que se realizavam um pouco por todo o país, e que era um momento de ligação (em Lisboa seria interessante recuperar esses percursos) re-ligação do paraíso, perdido com a urbe, que no final dos anos 20, no tempo da ditadura nacional ( há sempre um ditador atrás da intolerância) deixou de ter, nos centros urbanos (que no interior, por todo o lado, os toiros eram mortos na arena, pois como não, iriam ser comidos, embora só em Barrancos haja o registo, a partir dos anos 40, de sorte suprema contínua).
A pieguice de urbanitas que desconhecem a vida dos animais e a ruralidade vai-se impondo, hoje no IVA ( que poupa os torturados bicharrocos aprisionados nos apartamentos citadinos), amanhã sabe-se lá....
Não será no meu tempo que se extinguirá este momento, este tempo de temple, de zen.

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