Deixamos aos grupos ecologistas e ambientalistas as questões sobre o sistema de locomoção municipal, a sua electrificação, o transporte público e os sistemas dissuasores do veiculo privado, deixamos também para outros, as questões dos mercados de proximidade e da tarificação dos serviços, assim como a lógica de desenvolvimento de estruturas verdes urbanas e hortas sociais, assim como os incentivos ao desenvolvimento da biodiversidade nas áreas urbanas.
Mas não podemos deixar a outros as questões que se articulam com a nuclear e os projectos e processos que continuam em curso afectando o nosso país e os municípios nas áreas da sua competência.
Lisboa, 1 Setembro 2017
Já está na rua, há muito tempo, a campanha eleitoral autárquica. Embora
o foco seja muitas vezes exterior a esta vimos equacionar o quadro de
competências dos candidatos nesse quadro e no âmbito das nossas actividades.
Este ano o estado lamentável das nossas florestas, articulado com
florestações erráticas e deficiências
nos sistemas de vigilância, além do despovoamento do território, articularam-se
com as alterações climáticas e os extremos meteorológicos e a também errática
estrutura de protecção civil e falta de lógicas de combate e gestão de fogos,
para com a imprevidência do tempo/momento,
causaram as enormes tragédias que vivemos.
Todo este filme estava anunciado, como o está um possível, provável
acidente, novo e mais grave acidente nuclear. O filme é o mesmo. As vítimas
somos as mesmas.
Vem o Movimento Ibérico Anti-nuclear (M.I.A.), através da comunicação
social, questionar os candidatos à gestão autárquica sobre o seu papel na
preparação e prevenção das situações articuladas com os problemas
rádio-isotópicos.
Agradecendo desde já a vossa atenção e divulgação, com os melhores cumprimentos,
António Eloy
Perguntas do M.I.A. (MOVIMENTO IBÉRICO ANTI-NUCLEAR) aos candidatos a
autarcas, e sobretudo aos candidatos a Presidente dos executivos
camarários nas eleições de 1 de Outubro
Sendo que nos termos da lei a coordenação das ações de socorro é
assegurada pelo (a) presidente da Câmara Municipal que enquanto Autoridade
Municipal da Proteção Civil, dirige a atividade de Proteção Civil do Município,
Sendo que segundo o relatório confidencial,
mas que vos poderemos fornecer, encomendado pelo governo português para
analisar o A.T.I. de Almaraz, não foi previsto, mas é possível que venha a ocorrer, como nesse está escrito um grave,
muito grave acidente em Almaraz, seja no quadro do seu funcionamento dito
normal, seja no quadro de alguma anomalia que afecte as duas unidades de
produção e o agora, a ser construído em zona geologicamente não analisada,
conforme também é nesse relatório referido, armazém de resíduos, e não tendo
sido conforme o mesmo também analisadas as consequências de rupturas de
barragem a montante ou os impactos dos excessos de calor no sistema de
refrigeraçã), sendo que como também referiu publicamente um ex-secretário de
Estado da Energia nacional é possível um
grave acidente.
Vem o Movimento Ibérico Anti-nuclear indagar
V.Exa na qualidade de candidato à Presidência da Câmara Municipal, sobre:
1- Se está informado da situação da central
nuclear, dos 2 grupos em potência e agora do armazém em construção, do facto de
além do mais a sua vida útil ter chegado ao fim, e do impacto que algum
acidente pode ter no nosso país e no território a que é candidato?
2- Se o território a que se apresenta candidato
é na bacia do Tejo, se está informado das consequências do funcionamento de
Almaraz na poluição radioactiva do rio e se tem previsto formas de controle e
eventual minimização dos efeitos dos cúmulos de trítio nos sedimentos e também
se considera instalar medições e divulgar registo nesse concelho?
3- Sendo que um acidente além das consequências
para o rio será certamente na atmosfera e sua contaminação que está o maior
risco, pelo que vimos perguntar-lhe se pensa adquirir e ter prontas para
distribuição, a exemplo do que acontece em toda a Bélgica, pastilhas de iodo
para a população do concelho?
4- O maior risco é todavia o sistema de proteção
em si mesmo. A necessidade de instruções claras, de caminhos de evacuação que
não apresentem riscos, de estradas desimpedidas, de bombeiros e outros agentes
da proteção civil adequadamente preparados, e articulados com o serviço
nacional. Sabemos que nada ou quase nada disso está feito ou sequer preparado.
Qual é a sua posição e qual a resposta que irá dar caso seja eleito para obviar
a esta situação, no quadro do projecto lei, apresentado pelo Verdes e aprovado
no dia 19 de Julho, por unanimidade no nosso Parlamento, que
prevê a inclusão do planeamento de emergência nuclear nos planos
municipais e distritais?
5- Está em curso projecto de iniciar a mineração
de urânio em Espanha, Retortillo (Salamanca), a escassos quilômetros da
fronteira portuguesa. O impacto será sobretudo na zona sua envolvente,
incluindo vários concelhos em Portugal de Trás-os-Montes e da Beira Alta. Caso
seja candidato nalgum dos concelhos dessa zona qual será a sua posição no
quadro da análise de impacte ambiental trans-fronteiriça que se deverá
realizar, a não ser que haja cedência ou desatenção do governo nacional nessa
matéria.
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