Lisboa tem vindo a perder os cinemas, quase todos.
E sobram poucos, muito poucos que não estejam convertidos em pocilgas de comedores de pipocas e sorvedores de líquidos infectos. Na verdade também há cada vez menos filmes de qualidade que nos façam mover as gâmbias para nos deslocarmos às salas de cinema, a essas.
O cinema Ideal, na rua do Loreto, herdeiro de um antigo cinema popular, que como outros (o Animatografo, ao Rossio, convertido num lupanar é uma vergonha!) esteve perdido, foi salvo e recuperado pela Midas filmes e passa, regularmente, filmes de excelente qualidade.
Está agora em exibição um filme absolutamente notável, diria uma quase obra prima, que nos conta, com carinho e cuidado, embora sem esconder as opções do realizador, a sua história do cinema francês.
Um filme de recortes, que nos deixam água na boca, e de grandes realizadores, filmes e actores. Imagens únicas, algumas para sempre gravadas na nossa memória e agora recordadas.
Três horas de deslumbre.
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