É um tema cheio de controvérsias e que alimenta muita gente, linguistas, etno~linguistas, socio-linguistas, pseudo linguistas e uma imensa quantidade, maior em quantidade que as línguas que estudam, muitas vezes inventam e tentam ou não preservar. É que há formas de as preservar que são a sua morte, por exemplo converter uma linguagem, um linguajar de contacto, que resulta de inúmeras fusões e isolamentos, que tem uma história ligada à oralidade em escrita e ensino livresco é aniquila-la completamente.
Não que a recolha e até a invenção (mas com base em quê? na sonoridade, na vocalização? na aspiração? nos usos?) não seja positiva.
Sou desde há muito, e recordo conversas e polémicas com o Amadeu Ferreira sobre o mirandês, herdeiro do galaico-leonês e com uma estrutura organizada, um defensor das várias, muitas línguas e das suas expressões dialectais, ou fonéticas (o minderico por exemplo ou o nizouco ou o barranquenho).
Sendo de origens barranquenhas vejo com expectativa este trabalho, na continuidade, embora rompendo com a lógica desse, de Leite de Vasconcelos sobre o Barranquenho que será apresentado agora:
e aqui deixo um desafio, alguém, algum linguista, eventualmente, que compile e desenvolva o Alfacinha, que abunda (como o tripeiro e todas as outras especificidades do nosso país, felizmente algumas, muitas já documentadas e sei que também já temos trabalho "alfacinha") em expressões únicas.
O isolamento articula-se para criar palavras que ganham com o cosmopolitismo, é assim o barranquenho e continuará a ser, resistindo à institucionalização.
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