sexta-feira, maio 08, 2009

Acudam-nos ...

... que isto magoa a alma lusitana!!

Novas imagens do futuro Terreiro do Paço foram apresentadas hoje

- Desenho do arquitecto Bruno Soares

É uma praça cor de terra, com losangos, aquela que o arquitecto Bruno Soares desenhou para a Sociedade Frente Tejo e apresentou à Câmara de Lisboa para a renovação do Terreiro do Paço.

O projecto foi hoje finalmente dado a conhecer, depois de ter sido mantido em segredo durante mais de um mês, e inclui um substancial alargamento dos passeios e grandes restrições à circulação automóvel. A calçada à portuguesa desaparece do local, enquanto o Cais das Colunas surge transformado numa plataforma circular.

Até ao final do séc. XIX, o Terreiro do Paço não estava pavimentado: era, como o nome indica, uma praça de terra. Foi essa memória que Bruno Soares quis manter no trabalho que desenvolveu para a Sociedade Frente Tejo. A cor das fachadas dos edifícios mantém-se igual. Depois há um corredor de pedra que marca o caminho entre o arco da Rua Augusta e o rio - e que tem sido até agora, nas apresentações restritas que o arquitecto tem feito do seu projecto, o aspecto mais contestado. Há quem diga que divide desnecessariamente a praça ao meio. “Isto não é nenhuma passadeira esquisita. É um passeio em pedra em direcção ao Cais das Colunas”, disse hoje Bruno Soares em defesa da sua dama.

(...)

Sr. Arqº Bruno Soares, tem V. Exa. toda a legitimidade de defender a sua dama, e tanto quanto me é dado a entender e respeitar, elaborar os projectos mais sui generis - e que menos me agradem - que entenda, contudo gostaria de requerer à autarquia que não permita o assassinato da calçada portuguesa naquele local.

Em 2005 defendi que os passeios, os locais comuns de passagem em geral, deviam ser substituídos por piso em placas direitas, sem buracos ou desnivelamentos, para permitir a circulação normal das pessoas.
Manter-se-ia a calçada portuguesa nos locais de património nacional e/ou municipal - calçada em condições: sem buracos, ou remendos feitos à pressão, que possibilitassem a mobilidade pedonal.

No que toca a passeios, há já placas que imitam na perfeição a calçada portuguesa, e para os locais de património, há a colocação das pedras tradicionais em calcetamento condigno, e devidamente mantido.

Agora vem o Sr. Arqº arruinar a calçada portuguesa tentando transformar o Terreiro do Paço em terra e losangos.
De facto, já não estamos no Séc. XIX para termos terra no terreiro, e não estamos no Séc. XXIII para termos losangos ...

Haja muita calma e paciência para aturar todas estas violências.

44 comentários:

Anónimo disse...

Caro MP: mas qual calçada à portuguesa? O terreiro do Terreiro do Paço são actualmente placas de betão e há 30 anos atrás era asfalto de um belíssimo parque de estacionamento. Na realidade a calçada à portuguesa tem uma presença extremamente recente e perfeitamente marginal no Terreiro do Paço (no rebordo mínimo da placa central e nos passeios laterais). Sendo assim não há nada a arruinar. Por isso podemos dizer é que já não estamos na década de 80/90 para ter calçada à portuguesa no terreiro do paço. Em segundo lugar, ter 'imitação de calçada portuguesa' não é ter 'calçada portuguesa' como se vê... seja no terreiro do paço ou alhures. É no fundo aquilo que muitos centros comerciais oferecem.
Em terceiro lugar, devemos ter em conta que a calçada portuguesa, mesmo que feita de forma tradicional (se é que ainda alguém a sabe colocar realmente!) é extremamente desconfortável e permite tudo menos a 'circulação normal das pessoas'. Finalmente, se o Terreiro do Paço é verdadeiramente uma praça excepcional, como estamos todos de acordo, porque motivo terá que ter um pavimento igual a um passeio de Mem Martins?

MA, arquitecto

Nuno Castelo-Branco disse...

Exactamente, senhor arquitecto MA. O futuro Terreiro do paço será uma reles reedição do Martim Moniz que por si, é um horroroso aborto urbanístico.

Ricardo Gomes da Silva disse...

Gostaria de ressalvar este belissimo comentário do sr, arquitecto:

"Em terceiro lugar, devemos ter em conta que a calçada portuguesa, mesmo que feita de forma tradicional (se é que ainda alguém a sabe colocar realmente!) é extremamente desconfortável e permite tudo menos a 'circulação normal das pessoas'."

1º-coloca-la é simples, basta pagar decentemente a quem a sabe por e não dar 5 euros por hora...tipo esmola

2º- pôr placas cor de terra é muito bom para quem fabrica as ditas placas...nem sequer é produção nacional

3º -falando na cor térrea...porque não por terra?...assim fica a originalidade

4º..originalidade de quem diz que caminhar sobre a calçada portuguesa é desconfortável...não só indicia que raramente anda a pé como diz muito de muitos passeios por esse pais fora com blocos de cimento, ou então aquelas câmaras que apenas pavimentam com alcatrão ou cimento

5º- julgava que o principal objectivo de um arquitecto fosse o bom gosto e a harmonização, mas vejo que ,como de costume, é apenas mais uma profissão subsidiada pelo Estado que justifica muitos bons negócios à conta do erário público

6º e por último, adiantando já as devidas desculpas ao bloguer pela linguagem que aplico, mas com arquitectos destes até se justifica reinventar os pelourinhos..é que já não há paciência para tanta arrogância e falta de sentimento do bem comum.
Com tanta empresa a precisar de trabalho estes fedúncios andam a dar de mão beijada trabalho a empresas estrangeiras destruindo a cultira portuguesa e ainda acham que têm razão!...já agora falar castelhano!

bem haja

Anónimo disse...

Já era bom que os autarcas se limitassem a gerir a coisa correntemente, sem quere deixar marca.

poupava-se tanto dinheiro e perda de tempo

Anónimo disse...

Chega-se à brilhante conclusão que este projecto tem tudo para não funcionar,,

Pavimento, eixos, extermineo dos carros da Praça e consequentemente do restante comercio junto da estação de Santa Apolónia.

Será que ninguém faz nada??

Alice in W

Ricardo Gomes da Silva disse...

No IDP tentamos com muito esforço, mas precisamos de mais gente:

http://idp.somosportugueses.com/site/

quem quiser é só aderir e passar a ideia, só a força cívica pode alterar o assalto dos partidos ao bem publico

bem haja

javali disse...

Há uns anos caíu o Carmo e a Trindade por causa do Centro Cultural de Belém. Estragava os Jerónimos, era um monstro magrebino, não tinha a repimpada filigrana da boa tradição portuguesa de criar sítios difíceis de manter e onde normalmente só se acumula o lixo, etc, etc, etc. Hoje é um dos melhores espaços da cidade e todos lamentamos que tenha sido dado ao Joe... O Terreiro do Paço é hoje um sítio horrível, cheio de buracos, sinais de trânsito, etc. Desde que não lhe chamem Praça Eng. José Sócrates ou Largo Cristiano Ronaldo, por mim arrisco a mudança.

Anónimo disse...

E porque não tirar de lá a estátua equestre e reinstalar o pelourinho? Serviria bem para lá amarrar e açoitar a luminária do arquitecto responsável por este projecto... E quanto aos losangos? Aposto que o padrão lhe ocorreu das camisolas de betinho que usa... De qqr das formas, o T. do Paço vai parar ao Tejo por terem mexido nas estacas de cedro de Leiria...

javali disse...

E ah, já me esquecia, aqueles nomes foleiros, à PS, do género "Alameda do Multiculturalismo" e outras politiquices semelhantes também não pode ser.

javali disse...

E bom, já agora... "Praça do Cidadão e da Cidadã" também não...

Anónimo disse...

Também quase já não há calceteiros - os que restam são moldavos e assim.

Anónimo disse...

nuno castel branco, "uma reles reedição do Martim Moniz"? não quer explicar melhor isso?

Ricardo Gomes da Silva disse...

O Martim Moniz, tal como o CCB são projectos mal feitos a que nos habituamos

O Martim Moniz , podemos agradecer aquele buraco a D. maria I que desviou o dinheiro para a basilica em vez de urbanizar , sempre foi um buraco....até a torre manuelina que sempre lá esteve aparece agora desprovida de contexto entre dois "mamarrachos"...aquele repuxo que indica o local da antiga porta da muralha..péssimo...já para não falar no mobiliário urbano

O CCB...um mamarracho colossal sub-aproveitado, mais valia terem aproveitado o dinheiro para recuperar a torre central dos Jerónimos.

O problema central aqui é que os poderes "eleitos" fazem o que querem sem sequer pedirem opinião

bem haja

Anónimo disse...

desculpe mas continuo sem compreender o paralelo (nem com o martim moniz, nem com o ccb do qual aliás gosto bastante).

já agora: desconhece o ricardo gomes da silva em que circunstância foi levantada toda a baixa pombalina? ("O problema central aqui é que os poderes "eleitos" fazem o que querem sem sequer pedirem opinião.") diminui isso o seu valor urbanístico? torna-o esse facto uma obra menor? ou a inspiração noutros modelos internacionais? (pode ler sobre isso à saciedade. a bibliografia está disponível em qualquer fnac.)

Anónimo disse...

"No que toca a passeios, há já placas que imitam (!?) na perfeição a calçada portuguesa, e para os locais de património, há a colocação das pedras tradicionais em calcetamento condigno, e devidamente mantido."

Desconhece o autor por acaso as mais elementares regras de intervenção (não as minhas, as aprovadas internacionalmente) no património a classificar? Um pouco mais de esclarecimento não faria mal antes de incendiar o debate, não?

Ricardo Gomes da Silva disse...

Caro Anónimo,

por partes:

«desconhece o ricardo gomes da silva em que circunstância foi levantada toda a baixa pombalina?»

Eu perguntaria como foi possivel aos arquitectos da Câmara de Lisboa terem deixado fazer aquilo que é hoje o maior monumento nacional (a Baixa Pombalina) edificios com o dobro dos andares, estruturações internas à revelia do projecto original, criação de caves numa zona onde não deveriam haver e acima de tudo a falta de uma alternativa rodoviária que desviasse o transito (em vez de por e simplesmente reduzir para metade a capacidade rodoviária sem pedir opinião)...é que demora-se uma hora para atravessar dos Restauradores até à zona ribeirinha...e não existe mais nenhum acesso!

Sabendo que é necessária a aprovação de um arquitecto da Câmara eu diria que ser-se arquitecto camarário é um "bruta tacho"

«"O problema central aqui é que os poderes "eleitos" fazem o que querem sem sequer pedirem opinião.") diminui isso o seu valor urbanístico? torna-o esse facto uma obra menor?»

Não senhor ...é crime corrupção activa e dá direito a prisão...e se fossemos uma Democracia a sério dava direito a retirar a carta profissional aos arquitectos responsáveis...querem brincar ao "lego" façam-no em casa ...pelo menos não custaria milhares de euros por dia em eficiência urbanistica

«a inspiração noutros modelos internacionais?»

Eu gosto especialmente deste argumento...porque não copiar os modelos urbanisticos do Cazaquistão?...é que como não existe qualquer outra cidade semelhante a Lisboa (em qualquer aspecto)qualquer exemplo serve, porque nenhum presta!
Não deixa de ser um bom argumento para quem não tem a coragem de defender o correcto...é melhor copiar!
Tá util como defender o uso da bicicleta num País que só tem uma cidade onde esse modelo é viável...Aveiro

Obrigado mas prefiro arquitectos que puxem pela originalidade do que copistas

«Desconhece o autor por acaso as mais elementares regras de intervenção (não as minhas, as aprovadas internacionalmente) no património a classificar?»

Gostava de saber quais são essas regras "internacionais" aplicaveis à estacaria que está debaixo de toda a Baixa Pombalina ...outra desculpa para não ter trabalho...é só ir à FNAC e copiar uma ideia de um arquitecto estrangeiro

Já agora gostava também de saber quais foram as regras que permitiram a construção das twin towers a 20 metros do caneiro de Alcantara...que além de estar mal contruido está em ruina arriscando a estabilidade das ditas torres...etc etc etc

sinceramente não percebo a razão de haver arquitectura qundo se prefere mandar abaixo um edificio arte nova para contruir um mamarracho...deve ser a mesma que ao pé do Tribunal de Loures decidiu arrasar um conjunto urbanistico romano para fazer uma estrada de acesso ao LIDL...ou a mesma que deu autorização para construir um edificio em cima do Teatro Romano (documentado desde o sec XVII)..o chato foi terem começado a aparecer colunas...que chatice !...ou a construção do parque de estacionamento da Praça da figueira (viram alguma recolha de vestigios do hospital de todos os santos?...eu vi muita coisa seguir no entulho)...já agora onde está a caravela que foi encontrada debaixo da Praça do Comércio quando foi feito o tunel do metro?...ou a documentação dos vestigios do hipodromo que está debaixo dos Restauradores?...ou a intervenção à frente do Convento do Carmo que para quem não sabe a praça frontal está em cima de um cemitério medieval..etc etc etc

bem haja

Anónimo disse...

prossigamos então:

o que refere em relação aos arquitectos da câmara, sendo discutível, não me parece aplicar-se ao autor do projecto (que, tanto quanto saiba, nunca esteve ligado aos licenciamentos mas apenas à elaboração de um pdm que, conhecendo bem o instrumento, penaliza até as intervenções ad hoc a que se refere).
em todo o caso, trata-se de um tema inteiramente distinto daquilo que o post se propõe comentar (e áquilo a que me circunscrevo).

em relação ao atravessamento da baixa: bom parece-me que a situação anterior seria insustentável a médio e longo prazo e que, parece-me consensual, é desejável a restrição ao seu atravessamento (mais não fosse por questões ambientais e urbanas). infelizmente não existe outro acesso - é de facto verdade mas que fazer? rasgar novas ruas? alargar as existentes demolindo os quarteirões? reabrir a rua augusta ao trânsito? bom, não tenho resposta para isso. não há, como deve saber soluções óptimas (e muito menos consensuais) mas acredito que reduzir a área de circulação automóvel é uma boa medida (lembra-se por acaso da auto-estrada que existia frente ao cais das colunas? ou da imensa faixa de alcatrão frente aos ministérios?) - e que reduzir a área para circulação automóvel significa sempre diminuir a capacidade das vias. não há nada a fazer.

continuando. concordo inteiramente - os arquitectos que cometem crimes devem ser exemplarmente punidos, mas não apenas (ou especialmente) os arquitectos, todos os que cometem crimes devem ser punidos. em todo o caso, o seu comentário continua desfasado.
a questão era - e parecia-me simples - se o facto da baixa pombalina ser produto de um regime não democrático diminuía em alguma medida o seu valor. é que a mim não. (talvez proponha, a reboque de um sim ímplicito, que se deite abaixo a alta de coimbra, o estádio nacional do jamor, ou mesmo mafra).

prosseguindo ainda:
que o processo de urbanização da baixa se inscreve em modelos internacionais (sendo inaugural nalguns dos seus aspectos) parece-me evidente (bem como a qualquer especialista destas matérias, arquitecto ou não). mas não é isso que está em causa, pois não? o que está em causa é uma proposta para a requalificação do espaço público de uma praça pré-existente. e, confesso, essa não sei o que copia (seguramente não o martim moniz ou o ccb pelo que as imagens publicadas permitem entender).

quanto ao comentário sobre intervenções em património classificado ou a classificar, dirigia-se ao autor do post que julgo não ser o ricardo gomes da silva (já que está assinado mp). mas já agora, e sem entrar em detalhes (até porque isso extravasa as minhas competências e vontade), não me parece minimamente credível a proposta de imitações de calçada. aliás sobre isto disse já - e conclusivamente - o primeiro comentador que "ter 'imitação de calçada portuguesa' não é ter 'calçada portuguesa' como se vê..." logo.

quanto ao resto da sua resposta: bom, é seu direito denunciar o que entenda por bem - não me interessa. em todo o caso não se refere certamente ao meu comentário.

Anónimo disse...

reparo agora que são também do ricardo gomes da silva os seguintes comentários:

"5º- julgava que o principal objectivo de um arquitecto fosse o bom gosto e a harmonização, mas vejo que ,como de costume, é apenas mais uma profissão subsidiada pelo Estado que justifica muitos bons negócios à conta do erário público

6º e por último, adiantando já as devidas desculpas ao bloguer pela linguagem que aplico, mas com arquitectos destes até se justifica reinventar os pelourinhos..é que já não há paciência para tanta arrogância e falta de sentimento do bem comum"

a atrocidade e crueldade das suas palavras e a generalização absurda e insultuosa de toda uma classe também devia ser punida. e as suas desculpas públicas alargadas a outros que não o blogger.

um arquitecto não subsidiado pelo Estado.

Anónimo disse...

Em relação aos comentários feitos ao meu breve texto no inicio pelo sr Nuno Castelo-Branco e Ricardo Gomes da Silva, posso apenas tecer as seguintes considerações:

Em primeiro lugar: estranho que se tenha lido o meu 'Mem Martins' como 'Martim Moniz'. Isto pode significar duas coisas: (i) que não se sabe sequer onde é Mem Martins e, portanto, desconversa-se; ou (ii) que se tenha um ódio tal contra o Martim Moniz e a seu miscelânea social e cultural que se fique cego ou algo disléxico perante um texto com a palavra 'Martim' ou derivados. É que, como se sabe, o Martim Moniz não tem calçada portuguesa, mas Mem Martins tem... não muito, porque os passeios são muito estreitos para aqueles lados da linha de Sintra. E era a propósito da calçada portuguesa que falava de Mem Martins. Neste sentido, sr. Nuno Castelo-Branco, continua por responder a minha pergunta: se o Terreiro do Paço é verdadeiramente uma praça excepcional, porque motivo terá que ter um pavimento no mesmo material de um passeio de Mem Martins?

Em segundo lugar, estranho também o tom patriótico assumido pelo sr. Ricardo Gomes Silva. Não sabia que uma intervenção na praça símbolo da internacionalização da cultura portuguesa e 'porta de entrada' da cultura estrangeira em Portugal (para já não falar da diplomacia estrangeira que atracou no cais da colunas ao longo dos últimos 2 séculos), tinha de ter como especial critério de intervenção que os materiais, empresas, mão-de-obra, martelos e pregos, fossem obrigatoriamente de origem portuguesa. Parece-me haver qualquer coisa deste discurso que não tem nada a ver com o terreiro do paço e cheira antes a nacionalismo xenófobo pré-republicano, ansioso que o projecto do terreiro do paço falhe o centenário de 2010 (para bom entendedor...).O discurso cheira, portanto, mal. O que talvez explique o ódio ao Martim Moniz; não?
Quanto a mim: há muito tempo que o ar desta conversa se tornou irrespirável.

Cumprimentos,
MA

Ricardo Gomes da Silva disse...

Obviamente que não pretendo ofender a totalidade da classe, é apenas uma generalização grosseira
Mas eu penso que deveriam se os arquitectos os primeiros a ponderar seriamente para onde caminham as acções de alguns nas consequências para todos os restantes.

Quando se olha para a blogosfera e conta-se pelos dedos as pessoas que estão a favor é porque se calhar o projecto é mau e mal estariamos se todas as classes profissionais funcionassem em funçaõ dos seus próprios interesses

Digo que é subsidiada, a profissão de arquitecto, porque qualquer projecto com mais de 400 m2 necessita de um arquitecto e , acredite, os arquitectos camarários são das maiores máfias que por ai andam (e aqui a generalização não é exagero)
Sempre parti do principio que uma classe profissional não deveria em caso algum ceder à tentação de legislar a necessidade de existir.Atitudes semelhantes só provocam a existência de corrupção e distorção da livre concorrência.

Quanto à Praça do Comércio, foi feita por um regime totalitarista, mas à história o que a ela pertence, não devemos em pleno sec XXI proceder como se os cidadãos fossem ausentes ou ainda usasse-mos peruca e rapé.A Praça é o eixo viário entre o marquês de Pombal e a via que corre paralela ao Tejo circundando Lisboa desde a IC2 e N10 até Cascais...não há alternativa!.Em plena fidelidade com as bacias hidrográficas de Lisboa, a Praça do Comércio é o centro natural da cidade e fecha-lo ao trânsito é condenar 80% do comércio lisboeta à morte e 2 milhões para o desemprego, só na baixa existem 600 mil empresas e todas elas dependem da rodovia, já para não falar no turismo.

Se me perguntassem se a Praça estava bem como estava na decada de 80, cheia de carros e pavimentada...não, mas não há como alterar essa realidade, Lisboa precisa como qualquer outra cidade de dinâmica económica e mais do que a maioria das cidades europeias, Lisboa tem uma toponímia complexa e de dificil resolução que dificilmente passa pela proibição da circulação de carros...até que Lisboa tem sorte no facto de ter uma praça tão extensa no seu centro, a maioria das cidades europeias não a tem.

Porque não se incentivou o uso de carros pequenos ou a retirada de alguns serviços públicos da zona ribeirinha? até o Marquês projectou a Praça do Comércio, para comércio e está hoje apinhada de serviços que poderiam estar noutro lado

A minha visão é a de que o que diferencia os arquitectos dos engenheiros é esta perspectiva abrangente, mas quando olho para o fecho da Praça do Comércio não vejo nada disso...vejo apenas miopia e falta de senso económico
As cidade podem ser bonitas ,mas devem ser primeiro habitáveis e eficientes, só as ditaduras é que produzem utopias e todos nós sabemos como elas acabam

bem haja

Ricardo Gomes da Silva disse...

Lisboa deve ser das únicas cidades europeias que não tem porto de rio...o que não deixa de ser irónico

Anónimo disse...

ricardo gomes da silva, é de opiniões assim fundamentadas, isto é, com fundamentos do calibre da sua, que a blogosfera está infelizmente cheia.
é que - por oposição a debitar opiniões avulsas - conduzir uma reflexão séria é algo árduo e que exige trabalho. e, assim, infelizmente o que poderia e deveria ser um espaço de debate e de cidadania torna-se sobretudo - com meia dúzia de excepções - um espaço de maledicência, opiniões rasteiras, intelectualmente desonestas e infundadas(de que o exemplo maior é o fórum do jornal público). enfim, em boa verdade, o retrato de um certo país que reclama uma classe política melhor sem verdadeiramente a merecer.

não posso deixar de notar de resto a forma como não se desculpa pelas suas palavras - a ligeireza com que refere ser "apenas uma generalização grosseira" atesta bem a impunidade com que em portugal se despreza o trabalho dos outros e se julga leviana e sobranceiramente os outros.

pense pois nisto antes de voltar a opinar.

javali disse...

Ricardo, creio que queria dizer topografia em vez de toponímia... E Lisboa não tem porto de rio? Então o Porto de Lisboa é o quê? A cooperativa agrícola do Fundão?

Mais, este tipo de projectos deve estar livre de considerações ideológicas e revisionismos políticos. É de urbanismo e arquitectura que as cidades modernas precisam hoje - não de republicanice barata (também não há outra, em boa verdade) ou aristocracia de pé descalço.

javali disse...

Já agora, se o arquitecto que desenhou o projecto me estiver a ouvir - torne pública mais informação sobre o projecto. Eu, e creio que toda a gente, quer ver as maquetes, 3D, imagens grandes. Não vale a pena estar aqui a discutir sem se ver primeiro como a coisa vai ficar e como vai funcionar. Obrigado.

Anónimo disse...

Então e o Cais das Colunas, inaugurado com pompa pelo Costa e o ministro Jamé, pouquíssimo tempo antes de começarem as «novas» obras do Terreiro do Paço, agora vai ser transformado numa "coisa" semi-circular?

Não há quem interne a gente a quem ocorrem estas ideias mirabolantes???

Ricardo Gomes da Silva disse...

«não posso deixar de notar de resto a forma como não se desculpa pelas suas palavras - a ligeireza com que refere ser "apenas uma generalização grosseira" atesta bem a impunidade com que em portugal se despreza o trabalho dos outros e se julga leviana e sobranceiramente os outros.»

Acha isso mais grave do que um projecto que põe em causa milhares de empregos e empresas da Capital?
Acho de uma piada grosseira

O caro "Javali" afirmou que o Porto de Lisboa é um porto de rio....mas não é, basta pensar onde estão os barcos tipicos do Tejo...o Cais das colunas era um desses portos...agora vai ser um disco..melhor do que a situação de esgoto a céu aberto que foi a sua situação nos últimos anos
Sabem porque é que não se realizam eventos de vela em Lisboa ,como o American Cup?...é que graças ao iluminados arquitectos que temos não existem pontos de amarração suficientes para tornar qualquer evento de monta financeiramente sustentável...nem 10% da média europeia temos
E Porto de Mar devia ser na margem sul não em Lisboa

Mas não!... zona ribeirinha e os eixos rodoviários são para fazer hoteis e praças inuteis sem sequer calcular o impacto económico que semelhantes acções têm

O caro anónimo falou de trabalho de opiniões avulsas mas a verdade é que não se exige qualquer plano de impacto económico para mexer nas estruturas da cidade...de um momento para o outro, por decisão de uma única pessoa obrigam-se milhares de pessoas a demorar mais 40 minutos ou ir para o desemprego

No meu ponto de vista, opiniões avulsas têm sido os projectos urbanos que se têm visto em Lisboa.
No tempo da ditadura os arquitectos eram bons para propaganda politica...diria quase necessários.
Hoje são uma profissão...curiosa profissão onde nem se aprende matemática a sério ou sequer engenharia...graças ao cimento (e betão por arrasto) que aumentou as capacidades da engenharia exponencialmente qualquer palerma com um pc é arquitecto e basta desenhar o que se quiser que o betão faz o resto.

Como o caro javali afirmou, a republicanisse rasca e a aristocracia do pé descalço, mas lembrando um certo arquitecto que fez o modernissimo Capitólio e poucos anos depois estava a fazer a praça do areeiro ao puro estilo Estado Novo, prefiro o pé descalço que tem espinha suficiente para não precisar de ser o propagandista mor de partidos e regimes para sobreviver.

Nesse aspecto o povo português é bastante aristocrata e suficientemente nobre para distinguir o que é bom e util do rasca e acessório
O projecto para a raça do comércio é rasca,inutil e vai ser mais uma divida que os portugueses vão ter de assumir, pois força civica não temos

bem haja

Anónimo disse...

ricardo gomes da silva, a ligeireza (anedótica) com que arrisca dizer que o projecto põe em causa "milhares de empregos e empresas da Capital" é tão grande como a sua ignorância no que refere aos impactos que uma operação deste género (independentemente da calçada ou dos losangos) - e maior ainda neste caso porque presume sem a mínima pesquisa de uma assentada que os seus impactos não foram estudados (que foram, recorrentemente e de todos os pontos de vista), e que uma operação desta natureza (que transcende de resto o projecto de desenho urbano para o terreiro do paço)surge de um conjunto de decisões e compromissos que não se podem confinar à decisão arbitrária de uma única pessoa como pensa poder acontecer - melhor ou pior para si, vive numa democracia e as coisas não são, felizmente, como quer descrever.
a sua arrogância em relação aos arquitectos só tem paralelo na sua ignorância no que refere a estas questões.
de resto, termino aqui. creio que o tempo que lhe dispensei vale bem mais do que a sua obstinação em acusar tudo e todos. o inclassificável arrazoado que se segue na sua resposta demonstra-o com a maior clareza possível.
um pouco mais de estudo e reflexão e um pouco mais de humildade não lhe fariam mal.

Ricardo Gomes da Silva disse...

Caro anónimo,

«foram, recorrentemente e de todos os pontos de vista), e que uma operação desta natureza (que transcende de resto o projecto de desenho urbano para o terreiro do paço)surge de um conjunto de decisões e compromissos que não se podem confinar à decisão arbitrária de uma única pessoa como pensa poder acontecer»

ok!...onde está esse estudo?
Para começar os comerciantes desconhecem a intenção da Câmara em reduzir de 40 para 11% a utilização rodoviária da Praça..os lisboetas também não foram achados nem perdidos no processo.

Onde está o estudo?..números ,estatisticas, conversações com a svárias associações com interesses no processo....onde?, quem?

Os politicos que para o ano já lá não estão?..os participantes no capital da Frente Tejo (que não são conhecidos)?
O debate publico sobre o projecto...onde está ele?

concurso público para fazer o projecto?

Não é a Praça um monumento?...um bem público?..recorre-se a habilidades juridicas como a criação de sociedades para evitar as regras do concurso publico?

Que democracia é esta?
Então decide-se o bem publico em privado sem revelar dados?
"um conjunto de decisões e compromissos"...compromissos?

Quanto à arrogãncia ,eu não escrevo como "anónimo" ,não queira fazer dos outros idiotas.
Que me digam e aos outros onde estão esses estudos que fundamentaram a decisão radical de reduzir radicalmente o trafego urbano, pois até agora não vi um único número...nada!

Não julgue o meu caro anónimo e os restantes participantes desse processo que não se conhece o que andam a fazer e até quase que apostaria que esse projectozinho nunca vai ver a luz do dia, não porque não tenham sido feitos quaisquer estudos, mas porque , por e simplesmente não vai haver dinheiro e a população lisboeta vai-se opor sériamente a isso

e mais uma..pode ter a certeza que vai haver petição e isto vai seguir para a AR

bem haja

Ricardo Gomes da Silva disse...

ah...e mais uma coisa, não tenho nada contra arquitectos em geral, não fosse o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles um vulto na área...da arquitectura, não do "desenho" (que é a verdadeira actividade da maioria)

leiam isto:
http://www.somosportugueses.com/modules/news/article.php?storyid=1689

as palavras de um arquitecto "a sério" que antes de pensar no bolso pensou sempre e primeiro em Portugal, coisa que ainda faz com 89 anos


bem haja

Anónimo disse...

é incrível como o seu ódio cresce com a diferença de opinião e a realidade dos factos. o seu comentário - com as suas ameaças, que me passam completamente ao lado - dispensa qualquer comentário. as suas palavras estão aí para qualquer um avaliar por si.

vejo agora que o que o ricardo gomes da silva procura não é o esclarecimento ou uma razoável contra-argumentação - é apenas protagonismo e a oposição pela simples oposição.
bom para si e para mim que vivemos numa democracia republicana que atende petições. pena é que ela não tenha conseguido elevar um pouco mais o debate público.

não confunda arrogância com anonimato por favor. é uma questão de decência. que diferença faria chamar-me pedro ou paulo? retira isso alguma credibilidade a alguém ou às suas palavras e argumentos?

Ricardo Gomes da Silva disse...

Então exercer a cidadania é uma "ameaça"!...curioso

Por acaso não terá um interesse neste projecto?

Quanto ao debate publico...ainda não o vi..de acordo com as suas próprias palavras o que se passa na blogoesfera são apenas "bocas"...o que até encaixa na ideia da petição ser uma "ameaça"

Se acha que chamar-se Pedro ou Paulo é a mesma coisa , já agora vou passar a trata-lo por maria, uma vez que vejo que a identidade e a diferença são inutilidades para si, meu caro...ideia estranha para quem defende a "democracia republicana" (que nunca existiu, a não ser que o Estado Novo tenha sido uma democracia e eu seja marciano...lol)

devia ter dito "ética republicana" que por acaso até defende a individualidade e muito bem

Não posso deixar de sublinhar o facto de nada ter dito sobre estudos ou números..o que não é novidade para mim, porque efectivamente eles não existem.

..também, não os compreenderia se os tivesse à frente, de forma que vai dar ao mesmo

bem haja

Ricardo Gomes da Silva disse...

..os compreenderia..o meu caro anónimo, não eu que a minha área são exactamente ,números

Anónimo disse...

por acaso tenho, mas como cidadão e morador da baixa - não como insinua. ou julga que todos os que possam estar interessados em debater verdadeiramente ideias e que possam estar de acordo com a intervenção são todos uns malfeitores?
- lembra-se como começou a nossa conversa?

por mim, é-me indiferente a forma como me trata mas se me chamar maria não me julgue ofender.

Ricardo Gomes da Silva disse...

Então sabe tanto com o os outros...que é nada

Não sabe se houve estudos, não sabe como foi feito o processo de escolha....não sabe!

Como todos os outros "come o que está à frente"
Sabe, eu até gosto da ideia da Praça totalmente livre de trânsito, discordo sim da supressão da rodovia pelos transtornos que vai trazer (e são muitos, chegaria a ser crime aquilo que se quer fazer e se-lo-ia se fossemos uma democracia a sério)e da forma com o foi feito...nenhum democrata e cidadão pode alguma vez aprovar um projecto feito ás escondidas por uma empresa de capitais anónimos,se carácter de urgência,em cima de um monumento nacional na principal Praça da Capital e principal eixo viário desta
...nunca desta forma!

se efectivamente reduzirem a Praça a um único acesso com duas vias a Baixa fica bloqueada o que irá levar ao encerramento da Baixa a partir dos Restauradores.Deixa de haver acesso á baixa a partir da zona oriental de Lisboa e que quiser ir ao Chiado vai ter sérios problemas.Sabendo o que aconteceu ao comércio dos bairros históricos de Lisboa depois de os terem encerrado ao trânsito já se vê o que vai acontecer à baixa...ainda por cima num momento de crise séria.
Obviamente que muitos moradores gostariam de ver a Baixa sem carros e sem poluição...mas sem carros entra em colapso económico, deixa de concorrer directamente com as superficies comerciais levando à falência as lojas e comércio que ainda sobrevivem...sabendo que a Baixa só tem uns meros 300 habitantes já se adivinha o aumento exponencial da marginalidade

Isto não é democracia, é apenas abuso de confiança e gestão danosa do erário público e do bem comum.

bem haja

Anónimo disse...

sei o que pude ver na apresentação pública do esquema de mobilidade da câmara, na estação do rossio, e o que me foi dado a conhecer pelos jornais. tal como, imagino, o senhor. por isso mesmo, por saber pouco - que é bem diferente de nada - permito-me ter uma opinião, diferente da sua certamente, mas com os mesmos dados. e é precisamente por isso - por não saber tudo - que faço uso de uma certa prudência que me parece razoável antes de andar por aí a atacar tudo e todos.
acrescento que isso não faz de mim estúpido como insinua - o seu: Como todos os outros "come o que está à frente" é no mínimo insultuoso (como aliás é já habitual em si sempre que manifesto alguma reserva ao que diz) - talvez esteja habituado a ser aplaudido e cortejado sempre que exprime uma opinião. eu, felizmente, não. agradeço o diálogo franco e a troca de impressões bem como a crítica. mas recuso-me a aplaudir quando não encontro razão no que diz e na forma como o diz.

passe bem.

(para que conste: nunca votei ps).

Iletrado disse...

Caro Ricardo Gomes da Silva
Só um esclarecimento: porque razão dizes que é "Tá util como defender o uso da bicicleta num País que só tem uma cidade onde esse modelo é viável...Aveiro"? Além de arquitecto és uma sumidade em bicicletas? Ou só porque as tuas pernas não têm a força suficiente para deslocar a máquina consideras que mais ninguém a terá?

MP disse...

Perdoem-me a intromissão, o debate e a discussão estão excelentes, e os ânimos muito exaltados, será da adrenalina?

Ao primeiro anónimo, não se trata de O, mas sim de A: Margarida Pardal de minha Graça.

Fiquem bem, e debatam modelos e projectos de calçada tradicional portuguesa, com desenhos tradicionais portuguesas, para o terreiro.

Agradecida

javali disse...

Mas esperem lá, não houve concurso para este projecto?

Ricardo Gomes da Silva disse...

Não porque a frente ribeirinha foi atribuida a uma "sociedade" para remodelação...logo foge aos critérios do concurso publico

Este é o primeiro de muitos projectos que os lisboetas apenas vão conhecer tardiamente

A questão das bicicletas....Portugal é dos únicos paises da Europa ocidental que não é plano, a maioria das cidades tem uma geografia coincidente com as necessidades defensivas da idade média, logo não é possivel importar modelos de cidades que têm topografias assaz diferentes.
Nem se trata só das bicicletas, até os materiais escolhidos para as condutas de esgotos são baseadas naquilo que se aplica ,por exemplo em Berlim..que é totalmente plana
Não é por isso de admirar que estejam sempre a partir-se
Não sou arquitecto...economista


bem haja

H. P. disse...

O facto de ser uma sociedade gestora a quem é entregue uma determinada área urbana não implica que todas as intervenções (sobretudo as de este calibre) esteja isenta de concurso público - a sua área de intervenção é o espaço público, os dinheiros são públicos e, neste caso particular, o património em causa é Monumento Nacional. Eu não desgosto do projecto, na verdade e até acho que é impossível agradar a gregos e a troianos (com árvores, sem árovres, com calçada, sem calçada), mas o que verdadeiramente irrita é a falta de transparência destas coisas. Se os Portugueses são paranóicos e estão sempre a dizer que houve trafulhice, não é por acaso: é porque o Estado e os seus gestores são obscurantistas e deixam muita muita margem para a suspeição.

Anónimo disse...

A "nova" praça do comércio, hedionda, medíocre e provinciana, é o resultado de uma tentativa frustrada de (re)escrever a história com lápis de cera sobre papel pergamihno...

Anónimo disse...

Com tantas necessidades que há por essa Lisbao fora. Quando se pode investir em pessoas. Estamos sempre a restruturar e a gastar dinheiro nas mesmas obras. Cada um pior que o outro. O Importante para esta gente é dizer que fez obra .........irrrrraaaaaaaaaaaaaa.

Julio Amorim disse...

Parabéns MP...43 comentários deve ser "all time record Carmo e Trindade" (o pessoal ficou foi um bocado assanhado). É melhor não dizer nada, pois ainda levo com um losango na cabeça....

MP disse...

Ora bem, caro Júlio, porque é que acha que eu não digo? :))