Protesta um amigo que as escadas rolantes do Metropolitano (Baixa) não podem estar paradas mais de 3 semanas seguidas. Acrescenta: " Tanta linha vermelha e depois?" Linha vermelha essa que abriu 3 anos depois e custou mais 68 M€ ao erário público (a nós) do que o previsto, mas isso é normal.
De facto, é raro sair no Chiado e não encontrar (pelo menos) um lanço de escadas rolantes imobilizado.
"Os dirigentes não andam de transportes públicos", diz ele. Andam sim, digo eu. No dia da inauguração, com foguetório e discursos sorridentes, vulgo propaganda.
E nem um pedido de desculpas aos utentes...
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Ver também post do Medina Ribeiro "Apontamentos de Lisboa" sobre outras escadarias do Metro.
8 comentários:
Discursos completamente apalermados e sem qualquer sentido de Estado, como foi o do Ministro Jamé, na inauguração da tal linha, e em cuja cerimónia se referiu descaradamente ao programa eleitoral do PSD, como se estivesse num comício ou num debate da AR.
Desde já declaro que já nem me lembro da última vez que votei.
Comentador anónimo,
Com todo o respeito, então vai ser tempo de votar :) :)
Com todo o respeito:
1. Já era crescidinho quando do 25 de Abril e sei o que significa a democracia. Sei que há "direitos" e "deveres", entre estes o de votar. Compreendo que se não votar deixo outros escolherem por mim.
2. Mas não me revejo em nenhum partido dos 5 (sem falar nalgum simulacro de partido) que estão na AR. Aliás, cheguei ao ponto de descrer (embirrar) de (com) todos, por uma ou outra razão, que não vale agora a pena esmiuçar. Nem escolher um mal menor me anima. (Quanto aos que não estão na AR, não dá para estar a par).
3. Assim sendo, resta o voto branco ou nulo. Mas ir votar para votar branco ou nulo não justifica, acho eu, a deslocação. (Branco nem me parece boa ideia, porque na balbúrdia da contagem ainda uma cruzinha feita à pressa pode aparecer por milagre). E a classe política tanto se preocupa de facto com os votos brancos e nulos como com os abstencionistas, isto é, muito pouco ou quase nada.
4. Se teve a paciência de ler até aqui, obrigado.
Tive paciência sim.
Eu acho sempre que vale a pena ir votar. Mesmo sem cruz.
Quanto ao Ponto 2 do anónimo. Estas posições anti partidos são a base das ditaduras. E revelam falta de entendimento da vida, confundindo a realidade com o imaginário (que é sempre muito puro e no espectro partidário nunca se encontra nada tão puro como o que imaginamos). Mas concordo que não votar é uma atitude defensável e que exprime alguma coisa e quanto a mim justificável em certas stuações (exemplo: durante o salazarismo e marcelismo e não só).
Então ali o anónimo com falta de entendimento da vida explica sucintamente as razões porque não vota em nenhum dos 5 partidos da AR, ao contrário do que fazem as pessoas que não têm problemas desses.
O BE finca-se em causas que interessam a minorias muito minoritárias. Tem certezas sobre tudo. Um BE no governo seria desastroso para o investimento e para o emprego.
O PCP é um saudosista da URSS, um apoiante da Coreia do Norte, de Cuba, do Vietname, do Laos. Para mim, chega.
O PS e o PSD são o centrão da corrupção, das negociatas, do arranjismo, dos tachos para os amigos, os que afirmam uma coisa quando estão na oposição e o seu contrário quando estão no governo, os que prometem, chegam ao governo e lá foi promessa.
O CDS é o partido de Paulo Portas.
Isto é o que eu, confundindo certamente a realidade com o imaginário, entendo.
Mas que há por aí partidos bons, há: o do voto branco, o do voto nulo e o abstencionista.
Por sinal, o último é maioritário.
Caro Anónimo:
Reconheço que tem alguma razão mas acho que exagera. Assim nunca encontramos nenhum partido que achemos decente.
Mas, ao contrário da Isabel, acho que não ir votar é uma posição legítima e com significado político. Além dos exemplos que já dei e que não se aplicam aos tempos de hoje, dou-lhe outro que é actual: na constituição europeia. Se eu não votar como os sábios acham, eles dizem que me enganei e tratam de repetir até eu acertar como estão fazer com a Irlanda e já fizeram noutros casos. O que me apetece é nunca mais votar e mandá-los lamber sabão. Se eles é que sabem, eles que votem e decidam. O problema que vejo é que para isto ter significado político deveria haver mais gente a pensar e a mostrar que pensa assim. E até parece que há a avaliar pela abstenção nas europeias. No plano interno acho que estamos longe desta situação e, portanto, vou votar mesmo que não exista nenhum partido que me encha as medidas a 100%. E atenção, penso que muitas coisas vão mal não por causa dos políticos mas por causa dos eleitores. Estes é que preferem atirar com as responsabilidades para cima dos eleitos. Todos gostam de sacudir a água do capote o que se exprime em geral pela decisão de não ligar à política nem querer votar, chamando corruptos e incompetentes aos eleitos (que eles elegeram).
Pois é, agora o governo da Irlanda diz qu não pode garantir a vitória do sim no referendo. Apetece dizer que arranjem instrumentos legais para poderem garantir.
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