Mostra de doces conventuais no Mosteiro de São Vicente de Fora por António Marujo
A partir de amanhã, e até domingo, dia 6 de Junho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, decorre a 1.ª Mostra de Produtos Conventuais. Bolachas, compotas, licores e também objectos religiosos, ícones, pinturas, esculturas, artesanato e outros estarão à disposição dos interessados em conhecer o que se faz nos mosteiros e conventos portugueses.
Para já, são 14 as ordens e congregações religiosas (mais um seminário e um centro de espiritualidade) participantes nestas Artes do Claustro. A ideia começou por ser pensada só para a área de Lisboa, mas rapidamente foi alargada a todo o país, se bem que ainda a um âmbito reduzido.
"Vamos ver e, se correr bem, será para continuar", diz ao PÚBLICO Sandra Costa Saldanha, directora do Serviço de Património do Patriarcado de Lisboa. O ritmo anual e o alargamento da participação ao maior leque possível de mosteiros e conventos são as duas ideias em perspectiva.
A mostra será inaugurada às 12h30, está aberta todos os dias (excepto segunda) das 12h às 22h (sextas e sábados até às 24h). Nos dias 29 de Maio, 1, 3 e 5 de Junho, haverá chá no mosteiro, às 17h, servido pelo Convento dos Cardaes. Sábado, dia 5, às 19h30, há um concerto de cravo com Flávia Castro e na sexta-feira, dia 4, um outro com o coro da Universidade Católica.
Amanhã e sábado realiza-se o colóquio Mosteiro de São Vicente de Fora - Arte e História, que inclui a apresentação de uma monografia sobre o mesmo. A publicação resulta de uma investigação sobre o património e a história do mosteiro - que na época filipina era definido como "hum dos mayores e magníficos templos não só de todo o Reyno mas da Europa".
Reunindo um conjunto de investigadores, este trabalho pretende ser a primeira obra de referência sobre São Vicente de Fora. O colóquio, com vários dos especialistas que colaboraram no livro, incluirá não só conferências formais, mas também visitas guiadas aos próprios espaços.
Além da história do mosteiro, serão analisados temas como a arquitectura, os mármores, a pintura, a azulejaria, os retábulos, a escultura e os panteões. O livro é apresentado amanhã, às 18h30, pelo bispo e historiador D. Carlos Azevedo
1 comentário:
Para quando uma doce novidade sobre a abertura do templo?
Passados dois anos sobre o encerramento da Igreja de São Vicente, impressionante monumento nacional ex-líbris da cidade de Lisboa, não só pelo seu estilo artístico mas sobretudo pela forma como se impõe com as suas proporções grandiosas, dominando a cidade e o Tejo, temos todos de reconhecer que independente do momento de dificuldades financeiras que todos vivermos terá de haver aqui também veladamente falta de competência e uma total falta de responsabilidade. Este gesto retira aos milhares de visitantes desta amada cidade a possibilidade de um encontro com esta magnifica jóia da arquitectura.È UM o grave atentado que se está cometendo com este prolongado encerramento da Igreja mais emblemática do Centro Histórico de Lisboa.
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