Foi eleito deputado municipal, quando o Gonçalo, com a lista alfacinha, tirou a maioria absoluta ao Kruz Abecassis, que logo a teria novamente pela mão do P.S....
Mas já era um "enfant terrible" do movimento ecologista e um jornalista altamente empenhado, que não renegava as suas opiniões no que escrevia.
Muito antes do 25 de Abril já era conhecido pelo seu desamor a quem não defendia o ambiente e o ordenamento do território, e o seu desafecto aos que defendiam minudências sem enquadramento global.
Depois foi um dos fundadores do (legítimo) Movimento Ecológico Português (que posteriormente os Verdes se aborbotaram), da secção portuguesa dos Amigos da Terra (Friends of the Earth), e do Comité Anti-nuclear de Lisboa (C.A.L.).
Escreveu alguns livros, recolhas de investigações sobre várias lutas ambientais e foi um adversário feroz da eucaliptação do nosso país.
Sempre com o nariz (título de um dos seus livros de poesia) ao alto e nunca vergando a mola, o Afonso era também, podia ser irascível e com uma fina, muito fina ironia.
Tenho com ele muitas estórias e partilhas.
Hoje que a sua alma nos deixou, não quero deixar de aqui referir que continuamos a sua luta, o seu empenho e assim honramos a sua memória.
Obrigado Afonso Cautela.
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