O artigo irá ser publicado na Gazeta das Caldas, mas desde já:
# Um Orçamento errático!
O Orçamento Participativo de Portugal é uma
ideia brilhante, não original de cá, mas mal, muito mal executada.
Se o procedimento de candidatura e as regras
são transparentes, logo alguém mete a foice em seara alheia, desde alteração
dos títulos dos projectos a manuseamento dos mesmos. ERRADO!
Depois se a votação digital tem lógica o
processo a seguir à mesma raia o absurdo. O titular (individual, mesmo que
articulado como foi o caso com o Conselho da Cidade com um colectivo!)
desaparece,
No caso do Centro de Interpretação da Lagoa, o
Centro Ciência Viva contactou a anterior direcção da Liga, e segundo
informações que tenho o “concurso” publico não teve mais concorrentes! Então
ninguém avisou a PATO ou o GEOTA?
Bom adiante, depois de uma gestão da Liga que
a lançou para o pior, o pior mesmo do seu já longo passado, o meu querido amigo
Eugénio Sequeira à frente de um grupo de
magníficos e de jovens voltou a colocar a LPN entre os grupos que contam e não
mero gestor de projectos e dinheiros.
Mas este que a Liga apresenta ainda vem do
outro tempo.
Não adianta, agora o Conselho da Cidade dizer
que está, pois então não?, envolvido. O projecto, já feito e não susceptível de
alteração, como foi insinuado nesta reunião, a não ser com contributos no seu
âmbito, é globalmente mauzinho.
Uma barraca com uns cartazes e uns donativos
do povo, e mais de um terço para pagar as técnicas, as viagens, refeições e
estadias das mesmas, quase 40%, dos cerca de 100.000 do projecto.
Não vai ser um Centro de Interpretação que
interprete, como foi manifesto na reunião, o estado comatoso da Lagoa, que
exerça, no âmbito informativo a função de espinho nos poderes vários que a tem
deixado morrer, esgotos mal ou não tratados, dragagens mal feitas e bem pagas,
florestação absurda, empreendimentos turísticos deslocados, delapidação do
património por construções ilegais, etc, etc.
Não irá ser um centro com recurso a novas
tecnologias, seja no procedimento da construção, que deveria ser ele próprio
inovador e usando tecnologias passivas e alternativas e ter, e não me digam que
é caro, quais 30.000 euros chegavam e pagava os custos do trabalho, para ter dois
ou três écrans interactivos para usufruto dos visitantes e poderia, esse sim
ser um ex-líbris para a Lagoa.
Vamos ver se com a nova direcção da Liga, e
irei informar pessoalmente o seu Presidente, com mais empenho do Conselho da
Cidade que não pode remeter-se à passividade, e com as energias que encheram a
Biblioteca numa noite muito chuvosa, isto vai para a frente.
E como me dizia o meu velho amigo José Carlos
Faria o que é preciso é salvar a Lagoa ou não haverá nada para interpretar! A
velha contradição entre as forças produtivas e as relações de produção!#
E não esqueçam, há outro Orçamento em vista:
e o vosso voto é fundamental!
Depois, depois se verá!
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