Urânio
Hoje estive
a fazer contactos e a mobilizar o “povo” para a grande acção ibérica contra os
projectos de exploração de urânio em Zahinos, quase em cima da fronteira e a
escassos quilómetros de Mourão. Sobre a mineração deste minério não há nada
mais a dizer, não é comparável a nenhum outro, seja ao ouro, que produz
contaminação por mercúrio e para pouco serve, seja aos petróleo e outros
fósseis que devem ficar onde estão porque o clima não os aguenta mais e porque
os problemas de vertimentos são desastrosos, seja o carvão com os problemas de
contaminação atmosférica e também dos trabalhadores e população no entorno.
Todas as
minerações, mesmo que arautos do progresso e do crescimento as defendam, tem custos
ambientais e sociais. A questão é da sua compatibilização com a história....e
essa é difícil....
Mas o urânio
destrói as suas áreas de mineração, por lixiviados para recuperar o
concentrado, que são altamente radioactivos e vão para os freáticos e cursos de
água e por o seu movimento libertar gases radioactivos, nomeadamente o radão,
que se espalham junto à superfície e contaminam solos, gado e populações (Canas
de Senhorim continua a ter toda, toda a sua população abrangida por medidas
preventivas/paliativas do câncer!).
Este urânio,
que não vale nada, além de deixar toneladas, toneladas de resíduos, tem que ser
enriquecido, sujeito a bombardeamentos atômicos para aumentar a sua potência de
produção de calor ( isotópica) e essa
tem que ser feita em unidades industriais que não há, neste momento na nossa
zona ....e depois serve para a produção electro-nuclear ou para armamento, seja
enriquecimento das armas clássicas seja outras.
Pois o
urânio deve ficar onde está, debaixo da terra, isolado e sujeito a controle, ou
nos armazéns, depósitos onde está acumulado, na Urgeiriça, vigiado e sujeito a
protecção e nunca, nunca vendido (como foi em tempos a algum ditadordezo do
norte de África ou do Médio Oriente!).
Na próxima
5ª feira iremos estar juntos con nuestros hermanos extremenhos a dizer bem
alto, que assim nos entendemos, Dehesa Sin Uránio!
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