Hoje estive numa agradável e amistosa sessão, na praia da Ortiga da Rede Tejo.
Revimos velhos amigos e ouvimos alguns discursos, uns maiores do que se justificava e acabando por se tornarem chatos e obsoletos, enfim... nem todos tem artes para o teatro, como me referiu uma jovenzinha......
Lá fiz a minha discursata, depois de ter referido a enorme vitória, pouco reconhecida pela nossa comunicação social que é o não definitivo à mineração de urânio na nossa fronteira sobre o Guadiana, em modo dirigível, começando pelo Dom Quixote que honra os olhos de água do Tejo em Albarracin, e um comentário sobre a alteração necessária do paradigma do transporte aéreo, segui e passei sobre a central nuclear de Trillo, e pelo transvase Tejo-Segura e o desastre ambiental que é o regadio no Levante espanhol e o fio de água em Toledo, pairei sobre Almaraz e as duas centrais e critiquei, novamente a nefasta atitude do nosso ministro do Ambiente que ao retirar a queixa em Bruxelas sobre o Armazém Temporário abriu a porta ao prolongamento da vida dessas. Esperemos que não!
Sobre Vila Velha do Ródão vi outras nuvens negras e a acção exemplar do nosso camarada Arlindo Marques que apoiamos 100%.
Debrucei-me sobre o aeroporto do Montijo, com argumentos que também estão exposto em post abaixo.
Corria a reunião agradavelmente, quando um "espécime" contra o qual já tínhamos sido subliminarmente avisados, que fui informado ser militante responsável do Bloco da Esquerda, fez uma intervenção a defender os projectos de várias barragens, ao arrepio das posições já tomadas pela Pró Tejo, e que foram pelo Paulo Constantino e outro companheiro desmascaradas.
Mas teve ele ainda a lata de vir com invenções e anedotário à mistura e dados falsos, que nem nas fake news teriam lugar.
Tive que intervir novamente e desmascarar o Trumpa, o Bolsa, o Orban e também esse senhor.
Ao contrário do que ele disse sempre apresentámos alternativas para este desastre que antecipámos em todos os seus aspectos terríveis, nomeadamente a degradação de solos que a agricultura intensiva está a gerar, as indústrias altamente poluentes e instaladas nos locais mais inadequados, a irrisória produção de electricidade, e o facto de ao contrário do que esse militante do Bloco afirmou, nem uma gota de Alqueva chegar aos beiços de um alentejano que seja.
A água deste, completamente degradada, por agro-tóxicos, escorrências dos sistemas de esgotos e pela proliferação do calamote só serve para a irrigação intensiva, que todos pagamos.
Tive ainda que falar das perdas arqueológicas, dos suicídios (que ultrapassa duas mãos na Aldeia da Luz) e da desertificação massiva que este empreendimento de fins múltiplos só para alguns continua a provocar.
Por mau caminho vai o Bloco quando aceita aventesmas destas a falar, em seu nome e representação.
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