Ridículo, ridículo:
o testemunho da insanidade de António Costa e do governo. E inconstitucionalidade.
Hoje entre Oeiras e Cascais. E havia 3 ou 4 caminhos alternativos.
Era um grande homem, estive com ele em convergências e divergências na U.E.D.S. e estive já depois com ele em Castanheira de Pêra, sempre com grande cordialidade e sentido.
Marcou o sindicalismo e a política portuguesa pela sua integridade e ética. É uma referência, que hoje e bem Francisco Louçã recordou no seu excelente comentário político.
Recordo-o com menos 30 anos mas aqui uma bela fotografia da Câmara Municipal da sua terra de adopção:
Kalidás BarretoHoje, no dia de mais uma tontada do governo, e basta falar com algumas pessoas para perceber o disparate, fui ver um filme "Work or to Whom Does the World Belong", que me conduz ao fim do proletariado, já escrito há muito e à passagem do eleitor comunista (ou no caso dos States só de esquerda) directamente para o fascismo (ou o Trump).
A classe operária, seja isso o que seja é a base do pensamento mais troglodita e reaccionário dos tempos actuais, os sectores operários americanos votam 80% no Trump, na Europa o eleitorado comunista em França é sugado pela Le Pen, em Itália pelo Salvini, em Espanha o Vox começa a montá-lo e em Portugal com o fim do PCP irá todo, já circula para o Chega, as bases estão lançadas.
No comboio leio um livro curioso, na linha de outro que mais sério que estou a ler.
A cerveja, o álcool, como fonte da evolução. Curioso. Claro que o autor ignora o papel de outras drogas, a cannabis e os cogumelos....
mas somos, de facto, todos macacos, bêbedos."Os comunistas turineses devem manifestar a sua firme oposição a qualquer nova restrição aduaneira e exigir que a economia nacional se baseie nos caminhos da liberdade"
" o povo de que tanto falais é uma abstracção sociológica"
ao ler estes contos do que penso é o sardo mais notável olho com o maior desprezo para outros comunistas, que usam a língua de pau sem sequer saber do que estão a falar.
Os trabalhadores e o povo, conceitos abstractos que substituiram a classe operária e o campesinato, que se desvaneceram no quadro de uma economia que alterou as lógicas de produção e as contradições entre forças produtivas e relações de produção.Infelizmente nunca tivemos ninguém no movimento comunista português com a estatura intelectual e humana de Antonio Gramsci....que nesta recolha de artigos de juventude e de jornal se revela como um percursor de novos pensamentos.
Sou a favor de um chumbo do Orçamento.
Infelizmente, embora, nos últimos dias de tal se tenha falado este Orçamento é mais que números e contas, sendo que as habilidades e matreirices em relação a essas (de facto este atribui menos, muito menos guito ao S.N.S. que o do ano passado, acrescentando o suplementar) que não me cativam (as cativações são a espada em cima deste, também).
Mas um Orçamento não é só números, e eles lá estão, disfarçados para o BES/ Novo Banco, e bem à vista para o ourtro poço sem fundo que é a TAP, que devia fechar, com um plano e dando nascimento a outra mais pequena e racional. E também lá estão investimentos píblicos sem sentido ou lógica, e nem sequer estopu a referi o aeroporto do Montijo, paz à sua alma, mas o TGV Lisboa/ Porto, quando a prioridade é Lisbo Madrid e ligação por Evora a Badajoz/Sines. Construir de raiz uma linha Lisboa/Porto é não ter a mínima sobre o nosso país. O investimento necessário é (infelizmente deita-se $ à rua a melhoria (já lá vão 10 anos de obras!) do Lisboa Porto, sem outro.
O Orçamento, e saúdo o BE com quem tenho muitas críticas e divergências, por este passo corajoso a romper com o servilismo e o agachar de outros e a dar um muro na mesa.
Embora
lamente que oiça cada vez mais língua de pau nos seus dirigentes, além
da simpática picareta eléctrica, que não sabem explicar-se e não são
capazes de um discurso de ruptura. Continuam a abanar o rabo à espera do
osso, perdoem a comparação canina, mas este também é um partido que tem
o seu pior no animalismo, outra ilusão para ganhar nada e coisa
nenhuma, contra o ambiente e o bom senso.
Um artigo deveras interessante e que poderá desaparecer da face da Terra se....
https://www.commondreams.org/views/2020/10/21/scott-atlas-trumps-doctor-death
uma estória fascinante que mostra como a realidade ultrapassa, em muito, a pior, pior ficção.
Um professor de grande, grande qualidade, que hoje já o posso confessar, seria o representante do então M.I.A. (extinto, embora me digam que tentou ressuscitar, com "outra" gente) se a visita ao Armazém Temporário de Individualizado (de armazenamento resíduos nucleares) tivesse sido séria e com um elemento independente. O Manuel, hoje um expoente das energias renováveis e solares, de formação é... nuclear. Por isso....
Vemos toneladas de revistas nas tabacarias, as chamadas caras e cús, então abundam sem sequer servir o propósito de limpar o dito, vivemos de facto os tempos da necro-política....
destas, assim com tantas outras de qualidade, nem rastos...mas a 10 kms da fronteira temos uma escolha de alta qualidade:
não que me pareça feliz a escolha do texugo de capa, mas esta, neste número menos, é sempre uma revista de interesse
além das sementes, sempre uma expectativa, esta tem sempre notícias de grande actualidade sobre todo o mundo da Planta, e estórias que se não existissem tinham que ser inventadas, ou o são mesmo.
E muita meditação....
Este panfleto, de uma colecção de panfletos da Gallimard " a nossa liberdade de pensar não se pode exercer exterior à nossa vontade de compreender" ou só "vivemos as palavras quando são justas", mas será uma palavra justa (ou justement un mot!?), é irrelevante, e com um título enganador, mas teve o mérito de me levar à escrita de um novo livro, que começo a estruturar.
#Porque razão não há movimento ecologista independente em Portugal?
Das origens à actualidade a história da captação, cooptação do associativismo pelo Estado, ou por interesses, das estruturas associativas.#
Quem, como eu desde 1975, com alguns desvios anteriores, está imerso no pensamento da ecologia e sociologia política, conheceu alguns dos principais protagonistas mundiais do movimento ecologista e todos, todos os nacionais, dos piores aos melhores, e tem acompanhado todo o movimento tem muito, muito a dizer....
Sou um dos 8 ou 9 milhões de portugueses que não instalou, nem tenciono instalar a app (aliás não instalo nenhuma app, no meu telemóvel!) do covid. E essa nem obrigado.
Duvido que se essa lei passar no Parlamento passe no Constitucional, para já não falar do chumbo liminar da Comissão de Protecção de Dados.
E cito Ana Isabel Sá Lopes:
#Imaginemos que esta obrigação era constitucional, o que não deverá ser. Está o Orçamento do Estado preparado para financiar a compra de smartphones para os tais segmentos da população que o executivo identifica? Ou o Governo acha que toda a gente tem smartphones compatíveis com a dita app? Comprar um telemóvel com memória suficiente passa também a ser obrigatório, como descontar para a Segurança Social, pagar o imposto automóvel e as portagens?#
claro que aproveitar esta pandemia e o medo que novamente se agiganta, convenientemente manipulado, para instalar um, mais um controle sobre a vida do zé povinho não é para desprezar.
Mas instalar (haverá mais umas centenas de milhar...a fazé-lo) é uma coisa, mas dar os dados sobre .... é outra, outra bem diferente.
Mais um tiro onde estava o pé do governo, onde estava o pé.....
Encontrei por mero acaso:
Quando don Benito, nel capitolo XII, cita l’esempio del disastro di Longarone che fece, con la rottura della diga, più di duemila vittime, sottolinea infatti: «Duemila persone: quante i Raganà che prosperano qui ne liquidano in dieci anni […]» Raganà è «uno di quei delinquenti incensurati, rispettati, intoccabili» che accompagna l’onorevole Abello, con il quale Rosello intrattiene rapporti di amicizia e quasi certamente anche di affari.
mas é um pequeno conto policial ou não estupendo!
Sigo a: https://www.greenpeace.org/brasil/
que merece apoio e carinho.
Hoje enviam-me esta foto deliciosa. Lá parece que é dia da criança (esta tudo trocado).
Desligo da covid, não que não continue a ouvir tudo e o seu contrário e sobretudo os propagandstas do medo e da ignorância, que palram sobretudo nas Tvs.
E conversas nos cafés onde se vê como a ideologia do trump vai penetrando ajudada pelo dito.
E ninguém, aparentemente sabe do que está a falar, tudo e o seu contrário. E a memória.
Hoje:
https://www.publico.pt/2020/10/09/opiniao/opiniao/palavras-vazias-letras-maiusculas-1934285
importante!
Dado queixas de alguns que não podem abrir, aqui envio o texto:
http://signos.blogspot.com/search/label/nuclear
Implanta-se a três quartos defronte do espelho, oculta a orelha sinistra, e lança ao mundo a suspeita de que, ele também, a terá cortado, possesso do etílico ciúme do génio comum. De olhos esbugalhados no pavor da fala, refugia-se na arrogância do perseguido, do anómalo, e do indecifrável. Pudesse a coragem ampará-lo, optaria pela fuga, de pernas e braços ensarilhados, insecto derrubado, e incapaz de se levantar. Na exiguidade do atelier defende-se do frio que nasce de dentro, e que ele enfrenta com sucessivos abastecimentos de ripas à salamandra.
Vigia o fogo com tanta frequência que a fuligem lhe impregna a camisola, ora verde, ora marron, consoante a intensidade da luz da tardinha. Com um pedaço amachucado do Diário de Notícias improvisa a mecha para reacender o cachimbo, instrumento que lhe atenua a raiva, lhe desfaz a confusão, e lhe elimina a cefaleia.
As paredes apertam-no num abraço letal, movidas pelo ronco do cláxon dos automóveis, pelo assobio do vento nas tílias, e pelo frigir da telefonia do vizinho do terceiro direito. Quem como ele não consegue reunir a maquia bastante, e tirar do prego a ensebada gabardine, compensa a vergonha com o contorno rigoroso dos lábios. Mas ao atribuir-se a seriedade do adolescente bem comportado, e ainda não despedido da criança mimalha, cristaliza na mirada que lhe atraiçoa o propósito, e que o traz sob a ameaça do presídio, ou do manicómio.
Não conta com a solidariedade do irmão, nem com a estima do amigo. Admiram-lhe o talento de que duvidam, e festejam-lhe a excentricidade de que troçam, recusando subsidiá-lo por receio da fraude que os desautorize. A esclerótica de uma das vistas, mais patente do que a da outra, se não lhe denunciar o excessivo estrabismo, acusará a noite mal dormida, a ceia de açorda sem jaquinzinhos, ou a aturada frequência da girl do Parque Mayer. Quando a manhã desperta a pequena tela, expondo valores que ele próprio não considerara, a corda do pesadelo apaga-se-lhe da lembrança, e apercebe-se do cachecol colorido, tricotado pela assistente da galeria de Berlim.
O auto-retrato quase completo dissocia-se das imagens da mulher e do filho, afastados na impossibilidade de arrostar com o homem da casa. Exauridas as economias que as amesquinham, acabou-se-lhes o acesso aos luxos pelintras, um par de meias de vidro, ou uma bandolete doirada, coisas que as reconciliam com o galão antes de se deitarem.
Sem emprego para a sua negra energia, e pressentindo a inexplicável certeza da conclusão da obra, consente-se o devaneio da escuta da Singer da rapariga do rés-do-chão, uma perliquitetes que se ri dele, sempre que o encontra no átrio, constrangido no fato gasto, e largando o cheirinho da água-de-Colónia favorecida pelos chulos, e pelos inscritos na Legião Portuguesa. Internam-no no Hospital do Telhal, trémulo diante de facas e torniquetes, máscaras e relógios, e agulhas hipodérmicas. Procura às apalpadelas o cachimbo que deixou, de fornilho atascado de tabaco ardido, no peitoril da janela.
Continuamos afogados em notícias de treta e em conversas de chacha.
A questão da regulamentação das drogas e nomeadamente da Maria, aparentemente desapareceu, também temos os partidos que temos e o seu espelho que é a sua repercussão.
Hoje embrenhei-me na leitura deste, excepcional livro, ainda que muito sobre o institucional:
o desafio do cannabis, da maria, da maconha, do haxe, da pedra, da merda, da erva, sei lá quantas designações encontramos para a formosa planta.
Coordenado por Araceli Majón-Cabeza, autora de um livro notável sobre o proibicionismo, que aqui já devo ter comentado " A legalização das drogas, a solução" Ed. Debate (Espanha) e aqui com uma vasta e excelente equipa que nos conta diversos casos.
Infelizmente temos os partidos que temos e a comunicação social que os alimenta e os comentadores que temos e, e, e,
Viva a República, mas atenção quando se usam palavras com maiúscula,
temos que ter cuidado com elas. A URSS era uma República, o Estado Novo também, até Itália do Mussolini o era (Republica de Saló). Usar a maiúscula não quer dizer nada, como nos diz Simone Weil, o que conta é a existência do Estado de Direito, as liberdades cívicas e políticas, a democracia efectiva, a separação de poderes. República, pois claro!
O texto acima é de Simone Weil!
Nos anos 70, em Paris e por toda a França, o Libé não tinha distribuição em quiosque. Era vendido militantemente ( o próprio Sartre o fazia!) pelos cantos, por ex-68s e outros.
Meti conversa com alguns deles e cheguei a ter a esperança de assinar nele.
E sou Charlie, desde 1974, pelo menos....
ainda guardo alguns exemplares históricos do Libé, e claro muitos Charlies....
Fico feliz com este número, histórico, que guardarei!