O desenho é de El Roto.
E trago-o aqui para referir que a burocracia continua a dominar, com os seus empenhos e envelopes, toda a estrutura da administração autárquica.
Envelopes, cunhas, alavancagens continuam a dominar o sistema da burocracia camarária a todos os níveis, com particular relevo no sector das obras e da habitação. Noutros também, nomeadamente os sectores do "retalho".
Tenho estórias exemplares, em maioria da C.M.L., dos últimos anos.
No melhor pano caí a nodoa. Deixar andar, não estabelecer quadros de funcionalidade claros e para esses obrigatoriedade de tempos de resposta, que permitam que a cidadania exista, dar confiança a quem não a merece, seja pela desqualificação seja pela política, é, infelizmente o que progride tentacularmente pela administração autárquica e a sua política.
( E também escreverei sobre a falta de cidade na cidade, ou como referiu João Seixas, a falta de urbe!, nas mãos de cimenteiros e outras lojas)
Novamente Muñoz Molina:
“somos líderes em sacanagem
por governos nacionais e regionais e câmaras gastando o dinheiro em nomeações e
gastos para o próprio bolso ao mesmo tempo que fecham bibliotecas, suprimem
revistas culturais e livros e carregam de impostos as indústrias culturais das
quais dependem milhares de trabalhos criativos e rendimentos”, este trecho que será central em próximo artigo meu.
Acabar com as assessorias, ou reduzi-las ao mínimo, reestrurar as autarquias, acabar com as paróquias eleitas, e agregar munícipios e dar-lhes massa crítica, nada disso é do interesse dos partidos que beneficiam de todos esse rolo para as suas finanças, as suas jotas as suas jotinhas.
E agora até querem manter ligados a suporte de vida espécies extintas!
Infelizmente os independentes hoje, salvo raras excepções que não deixarei de honrar aqui, são transfugas e vigaristas saídos dos partidos políticos, e era para trazer aqui nomes mas todos os conhecemos de gingeira.
Temos um sistema minado. E estamos todos a pagar por isso. Já imaginaram que vamos eleger mais 60.000 autarcas (e mais 20 ou 30 mil assessores, gente sem qualificação, aduladores e graxistas, carreiristas com cursos comprados ou nem isso...).
Será que não temos ninguém que dé um murro na mesa, que não seja um palhaço mais?
Infelizmente estamos cercados, sem uma réstea de independência com uma comunicação social amordaçada ou nas mãos de interesses "angolanos" ou desse jaez. Só aqui e ali se vai organizando e desenvolvendo cidadania e transmitindo testemunhos.
Mas fazer o que é justo não é justamente fazer?
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