Temos uma sem classe política, resultante do
alapamento das estruturas democráticas por máfias nos partidos políticos que
vão criando uma crescente ruptura entre os sentimentos, as aspirações e o bom
senso da população e a direcção e gestão da coisa pública.
Julgo que o sistema eleitoral autárquico, de
que já aqui falei é um dos responsáveis pelo apodrecimento da transparência,
pelo crescendo da corrupção, pela degradação do território e perda da
identidade das gentes.
Embora na lógica do mudar alguma coisa para
que tudo fique na mesma os sem classe alapadadores da coisa pública decidiram
“limitar” a eternização dos alcaides no seu poleiro, com o rasto de
traficâncias, golpadas, envelopes e assessores, jotas, jotinhas ou jotões. E
com os compadres das cacicagens a ganharem a vidinha.
3 é suficiente (note-se que alguns já vão em 7
ou 8!).
Eu optaria por um sistema à brasileira 1
mandato e pronto (aumentaria para 5 anos o mesmo).
Mas alguns engraçadinhos acharam que podiam
voar, qual Ichtyornys (dinossáurios voadores) e ei-los pimpões a candidatarem
(arrastando toda a sua máfia!) no município ao lado.
Já aqui referi que se vão meter numa
embrulhada e se chegarem ao fim, já a saber que podem ser candidatos (poderá
acontecer, no limite que o sejam, e depois deixem de o ser!, conhecendo a
morosidade da nossa justiça, e os recursos, e mais recursos que podem submergir
o direito, e torná-lo torto) poderá ser tarde para serem mais que humilhados
pelo povo, que está farto destas brincadeiras os deverá votar ao desprezo.
Mas dizem-nos as “vox populis” que estas
fraudes eleitorais já tem outros poleiros...
Hoje foi o Seara. Não se falará nas próximas
semanas, várias semanas, talvez meses, se não no falso candidato, aqui ali e
acolá e os jornais amplificarão a “coisa”,,,
Talvez porque essa manobra de diversão,
previsível, muito previsível, sirva para elidir a falta de ideias, de projecto,
de programa para as cidades onde agora essa gente quer poisar.
E a desgraça que é o facto dos partidos não se
terem entendido não só na clarificação de matéria da sua competência, mas
também serem incapazes de reformular o poder local e poupar-nos talvez 4 mil
milhões de cargos e incompetências.
Mas mantenhamos a cabeça erguida, e com
atenção aos buracos da rua.
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