segunda-feira, agosto 03, 2009

Andar a pé....

Comerciantes com queixas da pedonalização das cidades-PUBLICO-03.08.2009
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Em Almada subsiste o conflito entre os comerciantes da zona central da cidade e a câmara, queixando-se que a pedonalização das principais ruas do centro e a consequente criação de estacionamento em zonas periféricas se têm revelado prejudiciais ao comércio tradicional. O mesmo está a acontecer em Torres Vedras.
"Quando os carros deixam de passar as pessoas deixam de comprar no comércio tradicional", refere Mário Reis, presidente da Associação Comercial e Industrial da Região Oeste que, acrescenta, só nos últimos dois meses fecharam seis lojas. Este líder associativo sublinha que é difícil ao comércio tradicional competir com os centros comerciais, quer com os construídos na cidade quer com os de Lisboa (a meia hora de Torres Vedras), sobretudo quando nas grandes superfícies o estacionamento é mais acessível.
Em Torres Vedras, a autarquia tem vindo a tornar algumas ruas pedonais e a criar zonas de estacionamento na periferia do centro histórico, a preços mais acessíveis e onde os consumidores conseguem chegar em menos de cinco minutos a pé. Existem cerca de dois mil lugares de estacionamento disponíveis e a autarquia tem efectuado várias tentativas para dinamizar o comércio tradicional. Ao criar parques na periferia a preços mais baratos, a câmara quer reduzir o número de viaturas no centro pelo que praticamente todos os lugares têm parquímetro.
A este estado de coisas, a Confederação do Comércio de Portugal considera que a criação de zonas pedonais nas cidades nem sempre teve resultados positivos para o comércio local porque os portugueses se desabituaram de andar a pé e existem constrangimentos de estacionamento.
A CCP defendeu à Lusa que a ordem de intervenção urbano-comercial nos centros das cidades tem que ser invertida: "Primeiro temos que ensinar as pessoas a voltar à Baixa da cidade e só depois equacionar a eficácia das medidas relativas à pedonização de certas artérias." A CCP refere ainda que os "centros comerciais de céu aberto" enfrentam a concorrência das "grandes áreas comerciais, com facilidade de estacionamento a custo zero".
Ainda segundo a CCP, "a ideia de que parte do problema dos centros urbanos com predomínio de zonas comerciais se resolveria pela pedonização destas áreas tem vindo a ceder lugar à constatação de que esta solução pode agravar a situação do comércio e serviços instalados".
Os comerciantes consideram que o estacionamento automóvel na periferia lhes está a matar o negócio

5 comentários:

Anónimo disse...

Não vivo em Almada nem conheço os seus problemas. Só posso contar que fui lá há pouco tempo e que para chegar ao meu destino, depois de deparar com a zona pedonalizada, andei por ruas e atalhos absolutamente caóticos, com um trânsito que manifestamente e de caras não estão preparados para suportar. Pareceu-me (e digo pareceu-me porque a minha experiência foi unicamente essa, que procurarei a todo o custo evitsr repetir), me levou a concluir que quem concebeu aquilo não estará lá muito bem da caixa das ideias.

Anónimo disse...

errata: evitar

Anónimo disse...

Que país sete com tanta gente preguiçosa e comodista.
E andam sempre a falar da saúde, do exercício e do preço dos combustíveis.
Tudo treta! Na hora das decisões é o que se vê.
TUU

Anónimo disse...

eu moro em ALMADA, a dois passos do centro e mesmo na minha rua, tenho muitas lojas ditas "tradicional". não compro nessas lojas, pois tirando uma ou outra excepção, os preços são elevadíssimos, pouca escolha e o mais importante: parecem ter ficado paradas no tempo. de tão velhas, até parecem SUJAS! assim, quem é que vai lá? querem clientes? modernizem-se, hoje em dia a competição é grande. nem a pé e nem de carro, o comércio tradicional não me atrai!

Anónimo disse...

O que o primeiro anónimo (eu) condenou foi ter chegado a uma zona pedonal e, para chegar ao seu destino, ter sido obrigado a andar por vias estreitas, de mau piso, com estacionamento caótico, manifestamente impreparadas para suportar o trânsito que agora lá circula (e imagino que os seus moradores, que agoram têm de aguentar aquilo, andem muito contentes e satisfeitos), mais nada.