A Câmara de Lisboa encontrou solução para mais de metade das 61 famílias identificadas na zona de risco da encosta do Bairro da Liberdade onde serão demolidas habitações, mas há ainda 23 por realojar.
Segundo o ponto de situação feito ontem pela vereadora da Habitação, Helena Roseta, entre estes 23 estão dez casos "mais complicados" porque as famílias estão a recusar as casas que lhes têm sido apresentadas pela autarquia.
"A Câmara está aqui a substituir-se ao senhorio e, com tantos casos de carência económica que há no concelho, é muito difícil quando nos dizem que não aceitam a casa porque não cabem os electrodomésticos", afirmou Helena Roseta, realçando que estas dez famílias têm um prazo até final do ano para deixarem as casas.
"É um caso de necessidade e de situação de risco. Mesmo para as famílias que prescindem do realojamento ou não se enquadram nos critérios para atribuição de habitação, a autarquia tem previsto, em último recurso, atribuir um ano de renda média como indemnização pelo sacrifício do bem", afirmou.
Helena Roseta sublinhou a urgência de ver resolvidas até ao final do ano as situações pendentes, alegando que no início de Janeiro serão consignadas as obras e até lá as casas terão de ficar livres.
A responsável pelo pelouro da Habitação deu ainda conta de algumas situações caricatas encontradas pelos técnicos da autarquia, como foi o caso de três famílias identificadas no bairro e que já tinham sido indemnizadas em 2006 pela câmara. Das 61 famílias identificadas, 21 já aceitaram a nova habitação e 12já têm as chaves
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