QUANDO se esperaria que, num período de crise, se incentivassem os transportes públicos e lhes facilitassem a vida (e se fizesse o inverso ao individual, especialmente no coração das cidades), os sinais que são dados à sociedade são estes: aumentos de preços, faixas BUS e paragens da Carris atafulhadas de carros (repare-se, em cima, no agente da PSP que não pode fazer nada porque está de serviço a um estabelecimento...), e tolerância máxima para o estacionamento selvagem.
NOTA: ao contrário do que se possa depreender do que acima se lê, os carros que, na imagem inferior, se vêem a ocupar - e a destruir... - o passeio não estão em estacionamento ilegal: aquele aborto é um parque da EMEL, com parquímetros, risquinhos no chão e tudo!
NOTA: ao contrário do que se possa depreender do que acima se lê, os carros que, na imagem inferior, se vêem a ocupar - e a destruir... - o passeio não estão em estacionamento ilegal: aquele aborto é um parque da EMEL, com parquímetros, risquinhos no chão e tudo!
Mais pormenores sobre este e outros temas no blogue-arquivo No Reino do Absurdo [aqui], que acaba de abrir as portas.
7 comentários:
O 'aborto' só é 'aborto' porque, mesmo depois de devidamente colocada e creio que já preparada, alguém insiste em não reabrir a zona relvada ao público. Essa questão é que me surpreende.
A fotografia também ilustra outra coisa: preguiça que impede que as meninas se desloquem para o outro lado da rua (a maioria vem da estação Metro que também tem saída para o 'lado bom') e que a atravessem nos semáforos existentes no topo da mesma. Revelam também um gostinho pela sombra, que obviamente não censuro.
As quatro empresas públicas de transporte urbano - Carris, STCP e metros de Lisboa e do Porto – estão em falência técnica acumulando um endividamento combinado de 5,8 mil milhões de euros junto da banca, confirma um relatório do Tribunal de Contas (TC) citado na imprensa desta quarta-feira.
Aquelas empresas quase encontram-se totalmente descapitalizadas, sublinha o Correio da Manhã afirmando que, s ó em juros, pagam 172 milhões por ano aos bancos.
No relatório «Auditoria aos Transportes Públicos Urbanos nas Cidades de Lisboa e Porto», que analisa os sectores de autocarro e metro, o TC conclui ainda que, em Outubro de 2009, o Estado devia 95,8 milhões de euros à Metro do Porto, Metropolitano de Lisboa e à STCP. Só a Carris não era credora junto do Estado.
Da imprensa...,
Em todo o lado do mundo, os transportes públicos dão prejuízo, mas é algo que a sociedade aceita, porque é o preço a pagar para evitar algo muito mais gravoso: o bloquear das cidades pelo transporte privado, o que pode ter custos muito maiores (poluição, tempo perdido, etc).
É claro que a dimensão desses prejuízos empresariais pode ser maior ou menor, dependendo da competência de que gere essas empresas.
Por outro lado, a partir de certos valores, o aumento dos preços não contribui para a redução dos prejuízos, pois afasta os clientes.
A solução pode estar, ao invés, na redução (ou manutenção) de preços, como acaba de fazer a C. M. de Coimbra.
Tudo depende do "preço óptimo", que se estuda em Economia, e que não dá para estar aqui a explicar.
Ricardo:
Se clicar no link indicado, verá outras fotos: se os carros chegassem um pouco à frente (bastaria meio metro), já os peões passariam...
No 'link' indicado, podem ver-se fotos de um outro parque de estacionamento, ali mesmo por debaixo deste.
Tem 500 lugares (em 5 pisos de 100), e está com a percentagem de ocupação habitual - o piso inferior até está sempre encerrado, como uma das fotos mostra, e pude confirmar falando com funcionários de lá.
Coloquei aqui apenas uma foto para não estar a encher muito o blogue.
Podem ver-se outras, tiradas no mesmo local, p. ex. [aqui] e [aqui].
Caro Carlos: O meio metro à frente não se aplica a este caso porque os pilaretes desse mesmo estacionamento estão bem de pé (coisa rara e positiva).
À frente desses pilaretes encontra-se rede metálica em todo o perímetro da relva que impossibilita a passagem para a mesma e para o largo passeio que a limita.
Daquele lado, o ideal era o peão subir a Alameda entre os pilaretes e estes carros, mas o comprimento de alguns (como este em primeiro plano) não o permite.
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