Alterações aos semáforos de Lisboa em estudo
Por Marisa Soares
Medida avança quando a Carris reestruturar a rede, diz o vereador com o pelouro da mobilidade, Nunes da Silva
O vereador com o pelouro da Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Nunes da Silva, anunciou ontem a possibilidade de implantar um novo sistema de semáforos na cidade, que dê prioridade aos autocarros em alguns locais e diminua o tempo de paragem. A colocação do novo sistema depende agora de um acordo entre a autarquia e a Carris, bem como da disponibilidade financeira, dado que é "um investimento pesado".
O novo sistema será semelhante ao que existe na margem sul do Tejo: quando o autocarro se aproxima de um cruzamento com semáforos, envia um sinal e o programa do semáforo é "refeito" para que seja accionada a luz verde. "Queremos associar isso à reestruturação da própria rede [da Carris] para que não se esteja a investir em eixos que neste momento não se justifiquem", explicou o vereador à Lusa, acrescentando que não faz sentido aplicar o novo sistema no eixo entre as avenidas da República, Fontes Pereira de Melo e da Liberdade por haver uma "boa oferta de metropolitano".
Nunes da Silva aproveitou para criticar a falta de reestruturação efectiva da Carris na Baixa, onde há 71 circulações de autocarro por minuto e duas linhas do metropolitano. O autarca refere que a CML alertou a empresa para o facto de a sua oferta estar "em cima" de duas linhas do metro, o que "descura ou diminui a oferta" em outros locais mais necessários.
Contactado pelo PÚBLICO, o secretário-geral da Carris, Luís Vale, remeteu quaisquer esclarecimentos para os dados do mais recente relatório e contas da empresa. Sublinha, ainda assim, que "a Carris não fez qualquer crítica à câmara sobre o esquema de circulação na Baixa".
Porém, no relatório lê-se que as alterações à circulação naquela zona penalizaram o transporte público, nomeadamente durante o período de encerramento da Av. Ribeira das Naus para as obras de saneamento. O aumento dos tempos de circulação no atravessamento da Baixa e a alteração dos locais de paragem resultaram numa "penalização dos passageiros em termos de acessibilidade e conforto", refere o documento.
Quanto ao novo sistema de semáforos, Luís Vale aplaude o anúncio do vereador, já que o assunto tem estado em cima da mesa nas reuniões entre as duas partes. com Lusa
Por Marisa Soares
Medida avança quando a Carris reestruturar a rede, diz o vereador com o pelouro da mobilidade, Nunes da Silva
O vereador com o pelouro da Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Nunes da Silva, anunciou ontem a possibilidade de implantar um novo sistema de semáforos na cidade, que dê prioridade aos autocarros em alguns locais e diminua o tempo de paragem. A colocação do novo sistema depende agora de um acordo entre a autarquia e a Carris, bem como da disponibilidade financeira, dado que é "um investimento pesado".
O novo sistema será semelhante ao que existe na margem sul do Tejo: quando o autocarro se aproxima de um cruzamento com semáforos, envia um sinal e o programa do semáforo é "refeito" para que seja accionada a luz verde. "Queremos associar isso à reestruturação da própria rede [da Carris] para que não se esteja a investir em eixos que neste momento não se justifiquem", explicou o vereador à Lusa, acrescentando que não faz sentido aplicar o novo sistema no eixo entre as avenidas da República, Fontes Pereira de Melo e da Liberdade por haver uma "boa oferta de metropolitano".
Nunes da Silva aproveitou para criticar a falta de reestruturação efectiva da Carris na Baixa, onde há 71 circulações de autocarro por minuto e duas linhas do metropolitano. O autarca refere que a CML alertou a empresa para o facto de a sua oferta estar "em cima" de duas linhas do metro, o que "descura ou diminui a oferta" em outros locais mais necessários.
Contactado pelo PÚBLICO, o secretário-geral da Carris, Luís Vale, remeteu quaisquer esclarecimentos para os dados do mais recente relatório e contas da empresa. Sublinha, ainda assim, que "a Carris não fez qualquer crítica à câmara sobre o esquema de circulação na Baixa".
Porém, no relatório lê-se que as alterações à circulação naquela zona penalizaram o transporte público, nomeadamente durante o período de encerramento da Av. Ribeira das Naus para as obras de saneamento. O aumento dos tempos de circulação no atravessamento da Baixa e a alteração dos locais de paragem resultaram numa "penalização dos passageiros em termos de acessibilidade e conforto", refere o documento.
Quanto ao novo sistema de semáforos, Luís Vale aplaude o anúncio do vereador, já que o assunto tem estado em cima da mesa nas reuniões entre as duas partes. com Lusa
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* Quando me lembro do sururu que foi para dar mais uns segundinhos ao atravessamento de peões nas avenidas da Liberdade e República, ainda me dá vontade de rir!
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