sábado, outubro 31, 2009

No seguimento do 'post' anterior

NÃO SE PENSE que eu estava a criticar o agente da PSP que referi no post anterior. Na realidade, quando eles são requisitados para fazerem determinados serviços, não estão autorizados a fazer mais nada. Um caso típico é o que se passa na esquina da Av. de Roma com a Av. João XXI (na foto), onde há sempre um polícia de serviço à ourivesaria:

Mesmo ali ao lado, os carros estacionam na paragem da Carris sem que eles intervenham - ou façam um sinal, sequer.
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Há um par de anos, na Av. de Berna (à porta da Embaixada da R. P. de Moçambique), perguntei ao agente que lá estava de serviço porque é que não fazia nada em relação a um carro que acabava de estacionar em cima do passeio, mesmo "nas suas barbas".

Deu-me uma explicação curiosa: os agentes da DT da PSP tinham ordens para deixar a repressão do estacionamento selvagem ao cuidado da CML!
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NOTA: Acerca deste problema, ver o texto Segurança Especializada - [aqui].

Pois há...

29 Out 09
Esquina da Frei Amador Arrais
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30 Out 09
(idem)
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31 Out 09
Esquina da Óscar Monteiro Torres
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31 Out 09
Esquina da Infante D. Pedro
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QUANDO HOJE vi este senhor, de cadeira de rodas, a circular em plena faixa de rodagem da Av. de Roma, ainda comecei por pensar que ele queria atravessar para o outro lado. Nada disso! Ele prosseguiu por ali fora, e imagino que o tenha feito pelos motivos que todos conhecem.
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Curiosamente, encontrei ali perto um agente da DT da PSP, que estava a acompanhar os trabalhos de uma camioneta de mudanças. Fui ter com ele, e meti conversa ainda a tempo de lhe mostrar o inválido, que seguia pela avenida acima, e explicar-lhe os motivos por que isso sucedia.

«Há coisas extraordinárias!» - comentou ele - «De facto, há coisas extraordinárias!»

E mais não disse nem pôde fazer pois, como se sabe, os agentes que estão de serviço a uma determinada tarefa não podem (nem devem...) desviar-se dela.

sexta-feira, outubro 30, 2009

"Facturar uns cobres" ou "resolver o problema"?

TEM-SE AQUI referido, e sempre em termos elogiosos, a medida (que só peca por tardia) de colocar pilaretes nos estacionamentos para motociclos, impedindo a sua utilização abusiva por carros. E também se referiu o caso estranho do parque junto ao Vá-vá (onde, ao contrário do existente junto ao Luanda, isso não foi feito), e onde a Emel... multa.
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Esta foto foi tirada há um par de dias no parque para motociclos existente junto à piscina municipal do Areeiro, um outro local "esquecido".
Fica a eterna questão: o que será melhor: impedir ou punir?

Ou antes: se, nestes casos (e como se tem provado), é possível resolver o problema do estacionamento abusivo de uma vez por todas (libertando estes meios repressivos para onde, de facto, fazem falta), porque é que isso não é feito?

quinta-feira, outubro 29, 2009

A Tomada de Lisboa

No Domingo Ilustrado-----------------------(clicar nas imagens)

E agora? (2)




Estes candeeiros pindéricos, de fancaria, substituiram muito recentemente (aproveitando a recente campanha eleitoral) os de marmorite da Rua João Villarett e os que estavam junto ao Cinema King, prosseguindo assim uma empreitada que paulatinamente tem vindo a destruir património histórico de Lisboa (que é disso que se trata), ano após ano, bairro a bairro - lembro que a coisa começou há mais de 10 anos, mas tem vindo a agudizar-se mais recentemente, na zona da Av.Cinco de Outubro, por exemplo, para depois ser suspensa (por 3 vezes foi suspensa e por 3 vezes voltou a reacender-se, até que o foi definitivamente até há dias) na zona do Areeiro.

As desculpas tinham/têm sido sempre as mesmas: equipamento obsoleto, não respeito por normativas europeias, ameaça de tombarem sobre a via pública, portinholas estragadas com os fios à vista e, por fim, iluminam mal.

Bom, esqueceram-se/esquecem-se sempre de dizer que o equipamento nunca foi objecto de manutenção (nem sequer a companhia que o fabricava, e fabrica, foi contactada alguma vez para fazer a manutenção), os candeeiros de marmorite cumprem com os requisitos da Norma EN 40- Part 4-2005 (incluindo o requisito referente ao impacto, com um IK normalizado de 0,8), nunca houve qualquer registo de candeeiros a cairem sobre a via pública (mesmo com abalroamento de carros, eles resistem mais do que os de chapa galvanizada), as portinholas podem ser substituídas por modelos actualizados segundo os mesmos critérios das DMA-EDP, e aplicáveis a todos os candeeiros (basta para isso pedir a sua reparação), todos os modelos de mamorite (moldes de colunas e respectivos acessórios) têm vindo a ser adaptados na linha de montagem com vista a poderem ser introduzidas novos equipamentos eléctricos ("coffrets”, luminárias, etc…) de acordo com as DMA-EDP actualizadas, e que nos locais fora de Lisboa onde essa manutenção tem sido feita a população tem sido a primeira a elogiar.

Mas, esqueceram-se do essencial, sempre: os candeeiros de época são património da cidade e de todos nós. São além disso parte integrante do bairro em que se inserem. E isto tantos e aplica a candeeiros, como a colunas como a consolas. Há que ter respeito, bom senso e cuidado, portanto, quando se intervém na iluminação pública.

Lisboa está cheia de aberrações a esse nível: Praça Afonso de Albuquerque, Príncipe Real, Avenidas Novas, Alvalade são exemplos recentes.


Fotos: TMS

Articulem-se

E agora, que políticas públicas? Para já, uma certeza: os recursos são dramaticamente escassos dado o pouco que produzimos. Tudo isto sai agravado pelo muito que importamos, quase tudo. E esta realidade limita o êxito das necessárias políticas públicas sociais.

A desarticulação das várias políticas públicas, quando não o próprio antagonismo entre elas, ainda que sob o chapéu do mesmo Governo, tem sido uma constante dos últimos anos, o que explica muito do desnorte que o País vive.

Não tem havido maturação suficiente para articular, por exemplo, as Finanças com a Economia e o Ambiente, nem a Educação com as verdadeiras necessidades de recursos humanos do País. Basta olhar para o número de licenciados no desemprego, sem necessidade, aqui, de análises mais profundas, num País em que ainda se faz tudo para ter o direito a um "sr. dr." (que no resto da Europa só cabe mesmo aos médicos) e que aqui de pouco vai servindo, apesar do deslumbramento de uns tantos com o dito título.

Pensar nas razões do abandono escolar, com taxas muito elevadas e oferecer cursos profissionalizantes, seria importante. Qualificar as Universidades também (não temos nenhuma nos rankings internacionais).

E já que somos tão bons na arte de improviso, talvez não fosse mau dar um incremento à Investigação em vez de destruir instituições reconhecidas que a faziam.

Saber o que produzir, aproveitar os clusters marinhos que estão abandonados. Investir muito nas estruturas e equipamentos de proximidade, o que baixa os custos, ao invés do investimento só em monstruosos equipamentos longe das populações, o que aumenta os custos.

Mas, insisto, tudo isto tem de estar articulado. Não é cada Ministro para seu lado, como se um Programa de Governo não tivesse de provar essa necessidade de articulação. Definitivamente, o que não basta é o mero elencar daquilo que cada Ministro pretende fazer, como é hábito.

Aliás, infelizmente não foi com espanto que ouvi um Ministro recém-empossado afirmar que cumular duas pastas seria quase antinatural, porque o responsável pelas Finanças deve dizer não... aos demais responsáveis.

É esta cultura que nos leva a lado algum. Se houver um programa articulado, há que dizer não ao que não está no programa e sim ao que nele está, se o programa for sério, claro está, mas essa já é outra questão, embora seja pressuposto de tudo o que aqui vai escrito.





In Correio da Manhã

Charutada desavergonhada?

A Havaneza devia ter vergonha e ter colocado, sim, no seu pomposo site o que está a fazer ao interior da sua loja do Chiado. Que eu saiba, o que ela tinha visto ser aprovado na CML, tinha sido um projecto de alterações única e exclusivamente para a sua montra (Proc. Nº 744/EDI/2007). Mas o que se vê neste preciso momento dá a ideia de estar a ser levada a cabo uma DESTRUIÇÃO TOTAL DO SEU INTERIOR. Ilegal, portanto. Ainda por cima, o que lá estava (armários em madeira, de formas arrendondas e em óptimo estado) era de afamado arquitecto. Como é?



Foto

E muita atenção ao projecto de revitalização da Estufa Fria!


Apresentação do Projecto de revitalização da Estufa Fria, disponível aqui.

Todos são convidados a contribuir, opinando sobre a matéria, que é como quem diz, sobre:

"-Construção de uma nova estrutura na Estufa Fria;
- Reparação profunda na Estufa Doce;
- Reabilitação da estrutura existente na Estufa Quente;
- Reabilitação de patologias detectadas na Nave Central da Estufa e adjacentes.»




Foto

quarta-feira, outubro 28, 2009

A propósito do 'post' anterior

Cartaz na fachada da Piscina Municipal do Areeiro...
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... com um curioso pormenor...

E agora? (1)

Uma vez que os concursos públicos para as empreitadas das piscinas municipais de Areeiro, Campo Grande e Olivais ficaram desertos, que é como quem diz, sem concorrentes, espera-se que o novo executivo não se esqueça das piscinas, nem que seja ela própria a fazer os projectos e as obras.


Foto

28 OUTUBRO 2009: 7 ANOS DO ENCERRAMENTO AO PÚBLICO DO ARQUIVO HISTÓRICO DA CML


Só mesmo em Portugal!

Há 7 anos que estamos privados de consultar o Arquivo Histórico da nossa capital, só porque andam à espera de implementar um novo imóvel para o Arquivo (projecto Aires Mateus ... who else?).

A ideia é tanto mais estúpida e contraproducente quanto se sabe que há imensos hospitais/conventos em vésperas de ficarem devolutos. O seu aproveitamento para o arquivo, não seria a solução correcta?

sexta-feira, outubro 23, 2009

Na terra das Leis-da-Treta



Av. de Roma e Av. da República
22 Out 09
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NÃO ADIANTA encherem-nos os ouvidos com conversas da treta acerca das vantagens dos transportes públicos se as respectivas faixas e paragens - sistematicamente - não estiverem desimpedidas.

Na imagem do meio, vê-se um carro que bloqueou, durante intermináveis minutos, o andamento de vários autocarros, que se foram acumulando atrás dele.
A de baixo dispensa comentários - à parte o ar natural de toda aquela gente que era suposto nem ali estar (só há uma faixa, e essa é BUS).

Para não misturar assuntos, as fotos de motos, carros e carrinhas em cima do passeio, ali ao pé, ficam para outra altura...

No Reino do «Deix' andar»

21 Out 09
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22 Out 09
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COMO SUGERIU um leitor quando, da última vez, se afixou aqui uma foto do buraco que se vê na imagem de cima (e há um outro a menos de 10m, para norte), vou ver se arranjo pachorra para escrever para a CML - até porque a situação se arrasta há uma eternidade, e o número de paralelepípedos soltos já vai em 15!

Mas não retiro uma palavra ao que escrevi - no que toca ao que eu esperaria que fizesse o pessoal da CML, que por ali passa a toda a hora...

quinta-feira, outubro 22, 2009

quarta-feira, outubro 21, 2009

Imunidade diplomática?

Um 007 estacionado numa paragem da Carris
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HÁ DIAS, referiu-se aqui que mais de metade dos protagonistas de estacionamento selvagem em Lisboa são profissionais: carros, carrinhas e camionetas, conduzidos por pessoas que acham que, como estão a trabalhar (e "é só um minutinho"), podem fazer o que aos outros não é autorizado.

A esses, há que juntar os "007", evidentemente!

terça-feira, outubro 20, 2009

Assunto resolvido:

Manuel Salgado achou tarefa “impraticável”
CML decidiu esquecer projectos suspeitos porque eram quase mil
O vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, decidiu não cumprir uma deliberação unanimemente aprovada pelo executivo municipal em Janeiro de 2008 por a considerar “impraticável”.
A deliberação visava esclarecer uma das conclusões mais intrigantes da sindicância então concluída aos serviços de Urbanismo: Entre os dez arquitectos que asssinaram mais processos de obras particulares submetidos à aprovação da CML entre 2004 e 2007, duas tinham “ligações familiares ou outras a antigos funcionários do município”, sendo que uma tinha apenas 31 anos, e dois eram octogenários. Acontece, acrescentava a magistrada sindicante, que alguns destes quatro autores “ultrapassavam gabinetes de arquitectura que mobilizam dezenas de trabalhadores”.

A “reapreciação jurídico-técnica” dos processos apresentados pelo grupo dos quatro foi restringida pela deliberação camarária [que aprovou numerosas outras medidas destinadas a corrigir as ilegalidades e falhas detectadas pela sindicância] aos últimos três anos, por ser este o prazo de “prescrição do procedimento disciplinar”. A sindicante chamara a atenção para o facto desta concentração de trabalhos em tão poucos projectistas poder resultar numa “distorção da concorrência, pela orientação da procura de serviços [pelos promotores] para pessoas determinadas em razão de prévias ligações ao município”.

Outra das hipóteses sugeridas era a de haver “simulação de actividade”, através de asssinaturas de favor, por parte de técnicos da Câmara que estão legalmente impedidos de fazer projectos em Lisboa e que pagam a quem não esteja impedido e assine por eles. No cerne da reapreciação aprovada pela CML estava assim o apuramento de situações que poderiam envolver não só responsabilidade disciplinar dos funcionários, mas também a prática de crimes como a corrupção, o tráfico de influências, o abuso de poder e a prevaricação.

Questionado pelo PÚBLICO sobre os resultados da reanálise desses processos, Manuel Salgado respondeu por escrito no dia 18 do mês passado: “Medida considerada impraticável atendendo ao elevado número de processos em causa, cerca de mil”. O autarca acrescentou depois que o total de processos daquele tipo entrados anualmente na CML era de “cerca de 1200” – o que permite concluir que ao grupo dos quatro cabia quase um terço, com perto de mil em três anos, num total de 3600. Salgado salientou que a reapreciação de todos aqueles processos conduziria à “paralização dos serviços” e que se concluiu que, em geral, “eles não eram muito relevantes”.

Muito por apurar
A constatação de que duas arquitectas ligadas a técnicos camarários falecidos e aposentados e de que dois octogenários estão entre os mais produtivos dos autores que submetem projectos à CML revela apenas uma parte de uma teia comum a quase todas as câmaras. Em todo o caso, há factos que a sindicância não apurou, mas que muita gente conhece. A trabalhar com alguns dos quatro há pelo menos dois irmãos de uma das arquitectas citadas – um está também nos primeiros lugares do ranking dos arquitectos e outro é técnico da autarquia. Os três são filhos de um desenhador da CML já falecido
PUBLICO
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A confusão é total quanto à realidade do domínio do “grupo dos quatro” no ranking dos projectistas que mais processos de obras apresentaram à CML em 2005, 2006 e 2007.
Público

segunda-feira, outubro 19, 2009

No Reino do Absurdo




AS DUAS fotos de cima mostram o estacionamento para motos existente à porta do Café Luanda, antes e depois do arranjo-cinco-estrelas que lá foi feito - com os pilaretes que impedem a sua utilização abusiva.

As duas de baixo mostram o equivalente, desta feita à porta do Vá-vá, do outro lado do largo. Aí, um arranjo idêntico não foi feito, e o estacionamento indevido continua a ser o que sempre foi.

A última foto, tirada por volta das 12h30m de hoje, mostra um carro que lá estacionou - acabadinho de ser multado pela EMEL. Não está em causa a legalidade da coima - mas... há qualquer coisa, nisto, que não bate muito certo, não acham?

domingo, outubro 18, 2009

"Entaladas"








«Aos novos edifícios que em Lisboa ultrapassaram determinado valor de construção, aquando do Plano de Urbanização e Expansão da Cidade, Duarte Pacheco impôs que ostentassem uma obra de arte na fachada, tanto mais cara quanto a importância do edifício» ... só que quando o espaço era diminuto, «as figuras em relevo apresentavam-se reclinadas, transmitindo a sensação de não se poderem levantar».

Daí que Keil do Amaral tenha glosado a situação num texto intitulado «Sobre as Mulheres Entaladas e a Intervenção dos Artistas Plásticos (...)».



Fonte: Publicação da CML/Recantos da História
Fotos: TMS

sexta-feira, outubro 16, 2009

100% competente, e a custo ZERO! (Ver actualizações em rodapé)

Ontem
Passeio obstruído, como habitualmente
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Hoje, à mesma hora
O mesmo passeio, mas "limpo", graças ao pino de plástico
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PELA PRIMEIRA VEZ em muitos meses (ou anos!), e pelo menos durante algumas horas, os peões desta zona de Lisboa tiveram direito ao uso do passeio!!!

O motivo está à vista na foto de baixo:

Alguém, revoltado com a falta de civismo de
quem aqui estaciona (algo que só tem paralelo na inoperância de quem deixa que isso suceda), resolveu ali colocar, esta madrugada, um velho pilarete de plástico, que tem tanto de mau aspecto quanto de eficácia pois, pelo menos há 10 minutos, ainda cumpria a sua função - mil vezes melhor e infinitamente mais barato do que 'aqueles que nós sabemos'...
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Actualização (26 Out 09 / 9h10m): até ao momento, o "pinchavelho" tem cumprido, heroicamente, a sua função, já tendo completado 10 dias de trabalho honesto!

quinta-feira, outubro 15, 2009

Abaixo com o ex-DIAP da R. Gomes Freire!


Chegado por e-mail:


Bom dia a todos,

Há já muito tempo que sigo os vossos blogs, e apesar de nem sempre concordar com as opiniões que expressam, considero que ocupam um papel importantíssimo e insubstituível de divulgação de assuntos fundamentais para a cidade de Lisboa. Os meus muito sinceros parabéns pelo vosso trabalho, e pela perseverança e dedicação com que o fazem.

Com base nisto, resolvi enviar-vos este e-mail com uma ideia: porque não lançam uma campanha para requalificar/demolir o prédio do antigo DIAP (prédio à esquerda na foto em anexo)?

Este edifício está totalmente desintegrado da malha urbana em que se insere, e que se encontra relativamente preservada. Tem o dobro da altura dos edifícios que o rodeiam, e a sua arquitectura, além de ter uma qualidade, a meu ver, mais do que duvidosa, é muito agressiva. Tanto quanto sei, o edifício ficou vazio aquando da saída das instalações do DIAP para o novo Campus da Justiça no Parque das Nações, pelo que esta me parece a altura apropriada para debater o seu futuro. E já agora permitam-me uma pequena "farpa": em vez de tanta energia gasta na polémica em torno do que fazer com o Tribunal da Boa-Hora, seria a meu ver muito mais proveitoso, do ponto de vista urbanístico, empenharmo-nos em fazer desaparecer este mamarracho da cidade.

Espero que este meu repto tenha um bom acolhimento junto de (pelo menos alguns) de vós.

Com os melhores cumprimentos,
Luis N. Filipe
LISBOA / PORTUGAL

Não há fome que não dê em fartura!


14 Out 09
Av. de Roma
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Foto de cima: 5 minutos antes da cena da ambulância, aqui referida, pude ver esta outra: um agente da PM, depois de multar uma vespa (e de se debater com a inerente dificuldade de "onde afixar o papelinho?"), multa um jipe, ambos estacionados na paragem da Carris junto ao Centro Roma.
Foto de baixo: às 21h40m, já noite cerrada, a EMEL prepara-se para rebocar um carro. Deu algum trabalho (pois foi preciso virá-lo), mas lá conseguiu.

Tudo bem. Quando puderem, então, dar um saltinho ali perto, à Av. dos EUA, haverá quem agradeça...

A Sangue frio

Sobre o Terreiro do Paço, aqui fica um belo texto de Fonseca e Costa:

Sou completamente avesso a intervenções de arquitectos que desfigurem obra patrimonial de grandes construtores do passado - como é o caso da Praça do Comércio, obra genial de um dos mais maiores arquitectos de Lisboa.

Imagine-se que passava pela cabeça de um pintor contemporâneo propor uma intervenção que tornasse mais "modernas" AS TENTAÇÕES DE SANTO ANTÃO, ou pela de um cineasta minimalista cortar dois planos e introduzir um feito agora num filme do Chaplin ou do Hitchcock. NINGUÉM DE BOM SENSO ESTARIA DE ACORDO.

Porquê então haver quem pense que é legítimo amputar, remodelar, alterar o que tão rigorosamente foi planeado e construído por um grande arquitecto, autor de uma das mais belas Praças do mundo ?

Acabe-se de vez com a sanha interventora dos senhores arquitectos.

Mexer na Praça do Comércio é não entender a lógica da sua colocação naquele exacto ponto da Baixa Pombalina, onde de Norte se sai pelo rio para sul ou daqui se chega a Lisboa e, pelos flancos, se liga o Oriente a Ocidente.

A Praça do Comércio abre e liga Lisboa a novos Mundos.

Os arquitectos contemporâneos que intervenham naquilo que andam fazendo.

Já se esqueceram da vergonha que foi a destruição do Eden Teatro, dessoutro grande arquitecto de Lisboa que foi Cassiano Branco ?

Aprendam a descobrir Lisboa e a luz vinda do rio-mar em que se envolve, esse Rio Tejo misteriosamente aberto num mar mediterraneo a seus pés, um mar que começa exactamente no mais belo cais com que uma cidade ao mar se possa juntar.

Só que este foi o mar que nos levou a outros mundos e também não se conhece outro cais como o Cais das Colunas - essa nossa "saudade de pedra" cuja configuração ninguém tem o direito de alterar sob pena de estar a apunhalar Lisboa.

A sangue frio.



José Fonseca e Costa

Walk21 NYC: World Pedestrian Leaders Take Manhattan

Walk21 NYC: World Pedestrian Leaders Take Manhattan
Site

quarta-feira, outubro 14, 2009

O que foi que ele disse?

Av. dos EUA, junto ao Centro de Tratamentos existente no N.º 57
14 Out 09
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ESTA FOTO, tirada hoje mesmo, mostra uma cena revoltante mas habitual (e já aqui referida por várias vezes): uma ambulância chega, encontra ocupado o lugar que lhe estava reservado, e tem de parar na faixa de rodagem.

Ora, quando eu estava a fotografar a cena, um dos tripulantes dirigiu-se a mim (como se documenta), e interpelou-me. Alguém imagina em que termos o fez?

NOTA: haverá um prémio (um exemplar de Cidade Escaldante, de Chester Himes) para quem se aproximar mais da resposta certa.

Actualização (11h01m): o passatempo terminou. Ver o comentário das 11h00m.

Punir, dissuadir ou impedir?

Fiada de carros bloqueados (devido ao estacionamento em cima do passeio)
Rua do Museu Militar - 13 Out 09
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QUANDO, uma vez por outra, o estacionamento selvagem é punido, já não é mau. Mas, para que a punição seja dissuasora, ela teria de ser a regra, e não a excepção. No entanto, quando se quer, de facto, impedir esse comportamento (e não apenas puni-lo), a solução é o recurso a obstáculos físicos (que podem ter muitos aspectos, e não necessariamente pilaretes).
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A pergunta que esta imagem suscita é, pois, a seguinte: se, do lado ascendente da rua, isso foi feito (resolvendo o problema de uma vez por todas), porque não, também, do outro?

Com 3 dias de atraso...

14 Out 09
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QUEM conhece esta zona de Lisboa, sabe bem que a impunidade sempre foi a regra: carros em cima do passeio (nesta esquina) e em 2ª fila (no início da rua Frei Amador Arrais) - a ponto de ter sido criado um Prémio ad hoc para quem mostrasse a EMEL, a PM ou a PSP a actuar - ver [aqui].

Pois bem, o prazo para reclamar o prémio terminou às 20h do passado dia 11 (sem ter sido atribuído), e a foto é de hoje...

NOTAS:
1 - Repare-se na perplexidade do senhor com o saco (não é o condutor).
2 - Um par de pilaretes teria, há muito, resolvido este problema. Nesta freguesia colocam-nos em todo o lado, menos ali - ninguém percebe porquê...
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Actualização (15 Out 09): Precisamente 24h depois, a situação era sensivelmente a mesma - a única diferença era que, onde aqui se vê um carro, estavam dois.

13 de Outubro... e vão 13...



13 Out 09
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QUASE TODOS os dias, há mais um paralelepípedo arrancado junto ao N.21 da Av. da Roma. Ontem, já eram 13 (a imagem de baixo mostra 9, havendo mais 4 do lado norte - ao pé de um gato morto que, ao fim de dois dias, lá foi removido...).
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Volta a colocar-se a questão: a toda a hora passam ali agentes da Polícia Municipal.
Seria pedir-lhes muito que avisassem "quem de direito" acerca de anomalias deste género (não me refiro ao gato...)?
É que esta, mesmo à porta da AML, já tem meses!

terça-feira, outubro 13, 2009

Vandalismo de Estado na Sé?






Operação de "restauro" ... em curso na Sé de Lisboa, sob a batuta "especializada" da Direcção-Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo. Ou dão explicações rapidamente, ou é caso para pedir a demissão de tão eminentes responsáveis.



Fotos: GCS