segunda-feira, janeiro 29, 2007

A esplanada do São Carlos


Isto é tudo muito bonito mas o efeito prático, concreto e verificável diariamente, in loco, da «esplanada com capacidade para 100 lugares sentados» é este, que um lisboeta ferrenho denunciou há dias à Junta de Freguesia dos Mártires, à Câmara Municipal de Lisboa, ao Ippar e à Associação Turismo de Lisboa «para que tomem todos um papel mais activo na promoção de boas práticas de utilização dos espaços públicos nos bairros históricos da nossa cidade.»

Acrescento que não só acho que uma esplanada destas seria impensável defronte à fachada principal do La Scalla ou da Ópera Garnier, como acho que esta esplanada, tal como está, desfigura por completo a estética da praça, para já não falar da loggia do teatro, que vê a quase totalidade dos seus arcos tapados pela esplanada.

Seria bom, portanto, que o Grupo Silva Carvalho, que se esmera tanto pela aparência do seu site, resolvesse da melhor forma este problema.

(Foto: Perusio)

P.S. O mesmo se aplica à esplanada do Teatro Nacional Dona Maria II, com a agravante da esplanada estar virada para os gases lançados pelos tubos de escape dos milhares de carros que ali passam. É compreensível que face à toxicodependência das novelas televisivas e dos jogos de futebol os directores das salas de espectáculo optem por juntar o útil ao agradável; simplesmente, há regras a cumprir.

2 comentários:

C.M. disse...

Desculpem-me, mas adoro a esplanada em frente ao São Carlos. Mais vale isso que o deserto...ou queremos que Lisboa seja apenas um local de passagem, sem recantos para repousar, e poder admirar, sentados, e com um copo de bom vinho português na mão, a nossa cidade?

Há certos fundamentalismos que conduzem ao nada...

Em tempo:independentemente desta questão, quero deixar aqui expresso o meu agrado pela vossa excelente "folha". Dedicada, certamente, aqueles que amam Lisboa...

Paulo Ferrero disse...

Não se trata de fundamentalismo nas apenas respeito por um monumento nacional. Ninguém gosta mais de esplanadas do que eu, acredite. Volte sempre!