quarta-feira, janeiro 17, 2007

Mistérios de Lisboa (cont.)

Tem-se falado muito dos 21 radares que a CML está a espalhar pela capital, algo que, segundo em tempos li, custará uns 2,5 milhões de euros. Mas, em princípio, não há nada a opor, pois tudo o que reduza a sinistralidade é bom. No entanto, como há gente que nunca está satisfeita, têm sido colocadas algumas objecções, tais como:
A escolha dos locais não corresponde aos de maior sinistralidade; a colocação dos aparelhos foi feita sem que fosse informada a PSP; as multas serão cobradas pela Polícia Municipal, apesar de ela se queixar de não ter efectivos nem sequer para multar os carros mal estacionados; fará sentido haver «zonas demarcadas» (do género da genial Tolerância Zero) onde o Código da Estrada tem de ser cumpido? etc.
De qualquer forma, atente-se nestas fotos (tiradas em 29 Dez 06):

As imagens são do Campo Grande (lado nascente), um dos locais brindados com esses novos radares. Só que estes dois placards não são a avisar da sua existência; não!, referem-se a uns outros que, supostamente, deviam lá estar.
Pergunta-se, então: onde páram esses "outros"? Alguma vez funcionaram?
Ainda funcionam? Se sim, para que são os novos? Se não, porque continuam a ser anunciados?
E, já agora: como os carros passam lá a velocidades de avião, quantos condutores foram, nos últimos anos, apanhados por estes radares-mistério?

3 comentários:

Anónimo disse...

realmente não percebo. Já tinha reparado nestes radares. isto nunca existiu, pois não?

E será que existem na Ponte Vasco da Gama?

Na Ponte sobre o Tejo de certeza que não, porque a avaliar pelos sinais de luzes e buzinadelas que levo, devo ser das poucas a respeitá-los

Carlos Medina Ribeiro disse...

Parece que a PSP ia para lá de vez em quando com radares móveis.

O ridículo é as placas ainda lá estarem e no estado que se vê, pois os carros já se estamparam contra elas depois de destruírem as protecções (que também continuam desfeitas).

No entanto, ninguém (ao menos!) as compõe nem retira.

Incúria? Ou prova de que quem decide destas coisas não anda a pé pela cidade?

Se calhar, ambas as coisas.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Este texto foi publicado no «Público/Local-Lisboa» em 9 Jan 07