quarta-feira, agosto 27, 2008

«Povo que lavas no rio»

Não bastavam as palermices pegadas e os desperdícios de dinheiros públicos que são querer-se construir um terminal de cruzeiros para paquetes junto a Santa Apolónia (quando existem os de Alcântara e da Rocha Conde d'Óbidos, bem situados, bonitos e funcionais, apesar das inerentes alterações de pormenor para melhor funcionalidade), ou quadriplicar a volumetria da actual Estação Fluvial Sul-Sueste do Terreiro do Paço (há assim tanto tráfego fluvial??) - projecto, ao que parece, das descendentes de Cottinelli Telmo (talvez por isso a 'carta branca' de que parecem gozar); eis que as 'mentes brilhantes' encarregues do auto-proclamado Documento Estratégico Frente-Tejo / Reconversão da Frente Ribeirinha, propõem a alteração radical das linhas de eléctrico entre Santos e o Cais das Cebolas, metendo, a escopro e martelo, 6 curvas em quase ângulo recto, e retirando o carro eléctrico donde ele faz falta, ou seja, junto às lojas e aos serviços da Rua da Boavista, Arsenal, etc. Fica(ría)mos com tram with a view. Isto anda tudo maluco, é o que eu acho.

1 comentário:

Anónimo disse...

Por falar em tráfego fluvial.

Há umas semanas (poucas) resolvi fazer o percurso ida e volta no ferry-boat entre Belém e Cacilhas.

O estado do ferry é de pura obsolescência e desmazelo.

Não levava carros nenhuns (inclusivamente, transportou sempre um automóvel, que presumo pertencesse a algum dos membros da tripulação).

O percurso Belém-Cacilhas (e vice-versa) é óbvio que não servirá a ninguém, salvo algum turista, como eu fui na ocasião. Foi anunciado como provisório e assim permanece há meses e meses. Aquilo é uma tristeza (assim como é uma tristeza o estado da margem sul do Tejo junto a Cacilhas: ainda pensei desembarcar e passear por lá, mas do ferry via-se perfeitamente o estado lastimoso daquilo, pelo que desisti).