sábado, março 21, 2009

A rocambolesca dos pilaretes

Quando escrevi sobre:

Os pilaretes e a indigência de carácter, e posteriormente Dtº de resposta e respectivo comentário, era a este fenómeno, absolutamente bizarro, que a seguir passo a ilustrar com fotografias, tiradas in loco, que me referia.

As fotografias foram todas editadas por forma a respeitar a privacidade daqueles que tenham ficado registados nas imagens, e também das matrículas dos próprios automóveis, condutores e acompanhantes.

Eis os pilaretes que faltam.

Um energúmeno a adentrar...

E mais outro ...

Ena, tantos ...!!!

E mais tantos ...

E as pobres crianças, Senhor? Estarão a salvo?

O que fez a Polícia? Os designados, agentes da autoridade?

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Talvez agora percebam o que estava a referir-me.

Addenda:
O nosso leitor, homo prontuarius, chamou a atenção para o erro de escrita no título (ver comentários), como está correcta a sua correcção ei-lo alterado.
Agradeço a atenção.

20 comentários:

Luís Serpa disse...

Recentemente a Polícia Municipal estava a multar, mais do que jsutamente, automóveis que sistematicamente atravancam o passeio da minha rua. Fui chasmar-lhes a aatençaõ para uma situação idêntica, a meia-dúzia de metros.

Primeiro hesitaram, apesar de ser claramente visível que o estacionamento era ilegal. Depois disseram-me que voltariam à tarde.

Adivinhe o que aconteceu.

Anónimo disse...

Um pequeno reparo quanto ao título deste post:

A palavra correcta é 'rocambOlesca' e não 'rocambUlesca', pois vem de "Rocambole", personagem criada por Ponson du Terrail.

MP disse...

Agradeço ao homo prontuarius a correcção; sempre alerta e atento este nosso leitor.
Isso é bom, auxilia a termos mais cuidado.

MP disse...

Caro Luís Serpa,

Sei, sei, o que aconteceu a seguir:
NADA.

É o mesmo que ocorre lá para os meus lados.
É vê-los a andarem de carrinho; nem põe o nariz de fora das viaturas, não vão os meliantes lembrarem-se de lhes partir o dito!!

Quem nos acode?!!

Filipe Melo Sousa disse...

Só gostava de saber onde o autor do post recomenda o estacionamento.

Aguardo a foto com um lugar de estacionamento vago nas proximidades.

Também fico contente com a fotografia de outro energúmeno: o vereador da CML que tem o pelouro da mobilidade.

Afinal de quem é a culpa quando se joga ao jogo das cadeiras? Daquele que colocou cadeiras a menos, ou daquele que ficou sem cadeiras onde se sentar?

MP disse...

Caro Filipe Melo de Sousa,

Eu recomendo que não estacione.
Se não tem lugar disponível para estacionar não estaciona em local de jardim.
Ou considera que vale tudo?
Olhe que não vale.
E um dia destes, quando as pessoas acordarem desta letargia passiva em que vivem imersas, acordarem, todas as viaturas que estiverem estacionadas em locais proibidos, quer por Lei, quer por bom-senso, começam a partir os carrinhos.
E é absolutamente justo.

Mas se quer efectivamente estacionar, e tendo em conta que só tem carro quem tem dinheiro, sugiro que estacione no parque de estacionamento do Páteo Bagatella.
Se não quiser pagar para estacionar, considerando ser o valor idêntico ao da EMEL, aconselho a que deixe o carrinho em casa.

Ou é daqueles que pensa que têm que existir lugares de estacionamento para todos os veículos em circulação?

Não havia espaço linear suficiente.

Quanto aos Vereadores de Lisboa, nem se quer são para aqui chamados, tendo em conta que estamos perante uma questão bem simples:

RECOLOCAR OS PILARETES NO SÍTIO, E COLOCAR OS AGENTES DA AUTORIDADE A AGIR CONFORME LHES COMPETE.

Cumpts

Margarida Pardal

Filipe Melo Sousa disse...

aham.. regresso ao passado. toca a apagar a revolução industrial. viva o blog dos velhos do restelo.

mais um comentário:
ordenado médio português 800€
parque do jantar para o págio bagatela: 6 €. em que mundo vivem?

MP disse...

Em que mundo vive o Filipe Melo de Sousa?

No mundo do vale tudo?

No do salve-se quem poder?

No do "em terra de cegos, quem tem olho é rei"?

Sabe o que é a auto-responsabilização, e o respeito pelos demais? Parece que não, só se preocupa em saciar um desejo imediato, nem que para isso, vá contra todas as regras de bom senso, respeito pela existência dos demais e respectiva qualidade de vida.

Olhe, só quem tem dinheiro é que compra carro, e isso implica sustentá-lo, o estacionamento inclusive.

Está a chamar-me "Velha do Restelo", e eu agradeço-lhe penhorada, é que pelo menos ainda tenho consideração pelas outras pessoas, coisa que parece faltar-lhe.

Cumpts

Filipe Melo Sousa disse...

lamento, mas as considerações que está a tecer em público são tudo menos inocentes. ao levar ate a ultima consequencia aquilo que defende, está a retirar a muitas pessoas o meio de se deslocar ao trabalho sustentar, transportar os filhos, e ter uma vida decente.

o que é triste, é que as suas visões rocambolescas conseguem encontrar algum eco entre os autarcas, e prejudicar a vida às pessoas. tira o pão da boca das pessoas por motivos estéticos e ainda fala de respeito? tenha vergonha

MP disse...

Vergonha?!

Lamentável é a sua atitude irresponsável, que tenta mascarar uma atitude de falta de princípios e auto-responsabilização, em uma questão de "ganha-pão".

As considerações que estou a tecer em público são assumidas, de forma voluntária, pessoal e assinada, auto-responsável.
E olhe que não são inocentes, são veementes.

Aquilo que pretende é que me cala, e que deixe que pessoas como o senhor continuem a ocupar e violar um direito que também é dos outros: à vida, e à qualidade de vida. Ah, e os outros é que são os "velhos do Restelo"!

Tirar o pão da boca das pessoas?!! Por motivos estéticos?!!
Faço votos para que não se encontre e/ou filhos seus neste ou em outros jardins onde estas coisas sucedam.

Termina por aqui a nossa conversa.

Filipe Melo Sousa disse...

só desejo que deixe os seus filhos passear de transportes públicos sozinhos por lisboa, e que não lhes aconteça nada. a cidade é tão segura e pacata, não é verdade?

Diogo Moura disse...

Concordo plenamento consigo. Mas mais do que CML a actuar ou a Policia, isto é, népias, temos de perceber que as pessoas não são civilizadas nem respeitam o próximo.
Então é por não estar um pilarete que toca a estacionar em cima do passeio? Mas estamos a falar de condutores burros que não sabem que é proibido estacionar naquele lugar?
Muita da culpa é do Estado, mas também de quem estaciona abusivamente.
Afinal, se fossem civilizados nem havia necessidade de inventar pilaretes, certo?

MP disse...

Diogo,

Certíssimo.

Continuo a querer que sejam lá recolocados os pilaretes que faltam, porque se não forem, os vândalos vão continuar a agir como se vê!

Pilaretes no lugar, é o que se pede

António C. disse...

Os pilaretes são pequenos monumentos que se erguem por todo o lado para tornar inolvidável a falta de civismo de um povo.

MP disse...

Infelizmente é verdade, caro António C., mas há que agir, e a única maneira de defender de forma imediata a integridade física, do património e da natureza.

Já o civismo, esse, deve em primeira instância residir em cada pessoa, e depois ser incutida pelos progenitores, familiares, etc.

É a maturidade de um Povo que assim pode ser, ou não, aferida

Filipe Melo Sousa disse...

o civismo inventa lugares quando uma pessoa chega a casa e não tem onde estacionar?

Luís Serpa disse...

A ideia de não ter carro porque não tem onde estacionar não lhe atravessa o espírito, caro Filipe Sousa?

Talvez devamos mudar a perspectiva da discussão, do civismo para o bom-senso e para ows direitos dos outros.

Devido às dificuldades inerentes ao automóvel eu decidi não ter um - e agora suporto os inconvenientes dos automóveis dos outros: carros estacionados em tudo quanto é sítio, buzinadelas permanentes porque os automobilistas têm o (para mim)incompreensível hábito de bloquear os automóveis uns dos outros, poluição física e estética.

Ora eu penso que os inconvenientes ligados a uma dada opção devem suportados opr quem a escolheu, e não por terceiros.

Não concorda?

Filipe Melo Sousa disse...

A ideia de não tem carro não pode ir ao emprego não lhe atravessa o espírito?

Ou vive num mundo utópico em que todas as casas e todas as empresas têm transporte à frente?

Marco Sousa disse...

E que tal senhor Filipe, para quem nao tem carro e transporte a frente de casa (que nao e' o caso destas pessoas, pois tem o metro do Rato a 5 minutos), porque nao andar de bicicleta?

Pois isso e' chato e cansa, e ainda para mais nao mostra nenhum status social.
Isto nao tem nada a ver com trasporte para o trabalho ou coisa nenhuma, simplesmente conforto e status.

Filipe Melo Sousa disse...

caro amigo, nem toda a gente trabalha na mercearia da esquina. Lisboa é.. grande