terça-feira, agosto 31, 2010

O meu "barómetro da mobilidade"

«É justo: quem estava habituado a não pagar nada, passará a pagar o dobro!»
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SENDO verdade que, como em tempos ouvi Fernando Gomes defender (*), uma multa é uma espécie de uma taxa para poder cometer uma infracção, veja-se como, em Lisboa, a medida que em cima se vê anunciada já começou a ser posta em prática:

Na foto de cima, vê-se um carro estacionado numa paragem da Carris, na Av. de Roma, e que foi multado pela EMEL... duas vezes!


Na de baixo, vêem-se dois carros (de uma escola de condução - mas isso é um pormenor...) estacionados 'gratuitamente' numa paragem da mesma empresa, na Praça da Figueira.

Mais 3 fotos
[aqui]
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(*) Em entrevista televisiva, quando era MAI, e a propósito das touradas de morte de Barrancos que, ao contrário do que tinha anunciado, não conseguiu impedir. «Ah, mas vão pagar a multa!» - argumentou ele, perante a perplexidade do jornalista.

15 comentários:

Anónimo disse...

Além do mais, duvida-se que pague uma multa sequer.

Tanto quanto se diz por aí, só os totós pagam as multas da EMEL.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Sim. Como já aqui se mostrou, o chão de Lisboa está pejado dessas multas amarelas, que a malta atira ostensivamente para o chão (nem sequer para o lixo)!

Tenho aqui umas duas dúzias!
Há dias um varredor, ao ver-me apanhar uma, perguntou-me se eu fazia colecção e se queria mais!

J A disse...

Tentem escapar a pagar uma multa no Norte da Europa! Mas claro, problemas destes, só não os resolve....quem não quer.

Anónimo disse...

Eu continuo sem perceber que mão invisível faz com que a emel não se encha de dinheiro e, simultaneamente, resolva o problema do estacionamento em Lisboa!?

Pedrocontrospilaretes

Carlos Medina Ribeiro disse...

Segundo me disseram hoje, as multas não pagas vão passar a ser controladas nas Inspecções Periódicas Obrigatórias, de onde o carro só sai depois delas pagas.

Se assim for, já não era sem tempo, pois quando eu estive em Macau (em 1996/7) já era assim que lá faziam.

Anónimo disse...

Nãao estou a ver que um cidadão leve o carro a uma inspecção, a uma firma particular, e lá seja obrigado a fazê-lo.

Só vendo.

Mas parece-me que se anda a misturar alhos com bugalhos.

Qualquer dia lembram-se de o fazer quaando se for abastecer a uma estação de serviço...

Obviamente que não defendo com isto a actual impunidade.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Caro anónimo das 9h14m

O que eu digo (e julgo que fui claro) refere-se às Inspecções Periódicas Obrigatórias.

Os centros que as fazem são entidades privadas mas que estão sob a tutela do Estado.
O selo que elas (e só elas) estão habilitadas a colocar nos veículos é uma garantia de que o carro está em condições técnicas para circular.

Se a essas condições se juntarem as condições legais, eu, que pago tudo e mais alguma coisa incluindo o selo de residente, não tenho nada a opor.

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Adianto que isso já sucede em muitas outras circunstâncias:
Para revalidar o selo de residente tem de ter as coimas pagas.

As multas que a PSP e a P. Municipal passam vão também para uma base-de-dados, e numa operação STOP ou quando o carro é rebocado (ou mesmo só bloqueado) tem de pagar tudo.

Posso garantir que é assim, pois ainda há dias assisti a uma cena dessas: um comerciante da minha zona, que habitualmente não paga as multas, viu o carro bloqueado pela PM e já em vias de ser rebocado. Quando foi pagar a multa, mostraram-lhe a lista dos "atrasados"... O homem ia tendo um ataque!

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Há dias, tive na mão uma multa da Spark (empresa ao serviço da EMEL) em que indivíduo era informado de que tinha acumulado 432 coimas, num total de 2227,70 euros por pagar!

Anónimo disse...

Na minha opinião, a regularização na altura da inspecção obrigatória é de facto misturar alhos com bugalhos.

Porque não usar bloqueadores quando se constata que há mais de, digamos, 10 (ou 6 ou 12, por exemplo) multas por pagar? Com isso estaria de acordo.

E, sr. CMR, chamo a atenção para que a primeira inspecção de um carro é aos 4 anos, depois de 2 em 2 anos e só com uns bons anitos em cima passa a ter de ir cada ano.

E imagine que faz a inspecção em Lagos: será que lá lhe vão obrigar a pagar as multas da EMEL? É daquelas coisas que me custa a acreditar que funcionem...

Anónimo disse...

Caro anónimo das 13:09,

Tem razão quanto aos pormenores - mas não percebo porque não? É mais um controle - queres selo de residente, paga; queres a inspecção, paga? Queres uma declaração das finanças, paga; queres, queres, queres... mais tarde ou mais cedo se cai nas "malhas que o império tece".
É uma constante a relação das pessoas com a Administração - e com os meios informáticos cada vez mais potentes, e consequentes cruzamentos, seria a coisa mais fácil que a multa da emel fosse paga em lagos - pois se eu posso pagar a segurança social à sombra de uma palmeira no Vanuatu!! É só emitir um pagamento para uma referência.

pedrocontrospilaretes

Anónimo disse...

Eu entendo que não porque se TRATA DE UMA INSPECÇÃO AO FUNCIONAMENTO DO AUTOMÓVEL.

Nessa inspecção, acho eu, não têm nada que ver se foi pago o DUC, se o condutor tem a carta dentro do prazo de validade, se o bilhete de identidade caducou, se tem seguro obrigatório válido, se aparece com um olho negro, se parece com alcoolemia em excesso, etc, etc.

Isso são funções das entidades policiais, na minha opinião.

Anónimo disse...

Mas qual é o problema?
Não está de acordo que se multe?
Se está, porque não fazê-lo, também, por esta via?
E vistas bem as coisas, até tem a ver (mesmo que não tivesse!) - incumpriu as regras do catatau, e agora quer que lhe meta o seu carro a circular? Tenho para mim que é tão perigoso uma pessoa ter o pisca avariado, como ser um condutor perigoso e incumpridor.
Percebe?

pedrocontrospilareteseagoraafavordopagamentodemultasnoactodainspecção

Anónimo disse...

Adenda:

Falei em Lagos não pela dificuldade de fazer lá um pagamento (também já os tenho feito no Algarve - e noutros locais - quando lá estou de férias), mas sim quanto ao aspecto de TODOS OS CENTROS DE INSPECÇÃO AUTOMÓVEL TEREM CONHECIMENTO DAS MULTAS DEVIDAS PELO CIDADÃO QUE LÁ APARECE COM O SEU POPÓ, NÃO SÓ À EMEL COMO A OUTRAS EMPRESAS DE ESTACIONAMENTO, À BRISA, À LUSOPONTE, FUTURAMENTE AOS CONCESSIONÁRIOS DAS ACTUAIS SCUTS, ASSIM QUALQUER OUTRA ENTIDADE INDÍGENA QUE LHE TENHA APLICADO MULTAS QUE ESTEJAM POR REGULARIZAR.

Já me diz desta dificuldade?

Anónimo disse...

Respondendo à pergunta anteriormente feita: o problema é que, para mim, entidades policias são entidades policiais, dispõem desses poderes, têm competência e formação que os inspectores automóveis não têm, nem devem ter, assim como as funcionárias das caixas dos Centros de Inspecção muito menos, de maneira alguma.

E agora boa tarde, que a discussão já vai longa.

Anónimo disse...

Meu caro,

Se você imaginasse a quantidade de informação que aparece numa base de dados do estado, metendo um pequeno n.º de contribuinte - com uma matrícula daria para fazer exactamente a mesma coisa.
A questão aqui não é tanto a prática - que, tal como lhe refiro, é a mais fácil de superar -claro que tem de haver uma ressalva - estou a falar de organismos do Estado ou na sua esfera (a inclusão de empresas privadas já teria de ter outro tipo de enquadramento).
Era isso que agradavelmente discutia consigo - o princípio - e essa é a questão que não consigo entender!? Se se consegue, porque não? Que direito, de quem prevarica, acha que está a ser lesado?
Eu e você é que somos lesados por este não pagamento!

Cumprimentos
pedrocontrospilaretes

Anónimo disse...

Quanto às "caixas do centro de inspecções", se fossem elas a passar a multa isso deixar-me-ia preocupado - mas não se aflija, elas apenas cobram o que foi decidido por uma "entidade policial competente"!

pedrocontrospilaretes