NA IMAGEM de cima, Rodrigo (cartunista do Expresso) comenta as dificuldades financeiras dos transportes públicos. Nas duas seguintes, documenta-se uma situação habitual na Praça de Figueira, uma das zonas mais policiadas de Lisboa: uma escola de condução usa habitualmente uma das paragens da Carris como parque operacinoal), com as consequências evidentes para a circulação dos transportes públicos - mesmo no coração da capital. Finalmente, em baixo, uma notícia dá-nos conta de como os gestores da coisa pública resolvem este género de problemas.
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NOTA: as fotografias são do passado dia 20, e absolutamente semelhantes a outras já apresentadas há dois meses (do mesmo local e da mesma 'escola'). Para não atafulhar o blogue, omite-se uma dúzia de outras, tiradas na mesma tarde, que mostram a faixa BUS da Rua do Ouro a ser utilizada, de uma ponta à outra, por viaturas particulares e das mais variadas empresas (às 2 e às 3, de cada vez!), perante a mais completa inacção daqueles a quem os contribuintes pagam para que isso não suceda.
4 comentários:
Numa altura em que tanto se fala de falta de dinheiro nos cofres públicos, repare-se que estas situações configuram um duplo absurdo, pois deixam bem patente que as autoridades não se mostram interessadas - nem em AUMENTAR RECEITA (aplicando as multas que os infractores estão, manifestamente, dispostos a pagar), nem em REDUZIR DESPESA (cortando, em 100%, o ordenado da multidão de incompetentes que permitem que isto suceda, bem debaixo dos seus narizes).
Infelizmente, não consegui localizar uma notícia, recente, que nos dava conta da estimativa das horas perdidas por autocarros e eléctricos da Carris por causa do estacionamento selvagem.
Como é evidente, não são só os veículos dessa empresa que são afectados, mas todo o trânsito na zona (aqui onde moro, é frequente ver-se um único veículo conseguir bloquear 2 km de avenida, e correspondentes transversais).
Mas, pior do que esses factos em si mesmos, o que, para mim, é verdadeiramente repugnante é o ar auto-satisfeito da corja de incompetentes a quem o trânsito de Lisboa está entregue.
E o que dizer do alheamento da Oposição que, pelo menos nesse aspecto, é como se não existisse? Alguém ouve Santana Lopes (vereador eleito por Lisboa, recorde-se!) a pronunciar-se sobre os problemas da cidade?
Não dá de todo para entender para que raio esse cromo da política aceitou ficar como vereador.
Quando aparece e quando abre a boca é invariavelmente para falar de assuntos não relacionados com o cargo para que foi eleito.
Sim, Santana Lopes é encontrável numa coluna do «SOL», na TV (a falar de Orçamento de Estado, de futebol, etc) e mais não sei onde.
Só não damos por ele a defender os interesses dos lisboetas que votaram nele e lhe pagam o ordenado para o fazer.
Possivelmente, porque os problemas que, actualmente, infernizam a vida dos lisboetas já lhe mereceram (quando era Presidente da CML) a mesma atenção que merecem a António Costa: ZERO-VÍRGULA-ZERO.
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