As práticas são antigas. O pior é que assim continuarão por muitos e bons anos. Enquanto houver logradouros livres e um regulamento estúpido que continue a obrigar a determinada capitação de estacionamento por área e tipologia de habitação. É o que se retira do novel PDM, por ora ainda só se discute mas que, excepção feita aos logradouros de edifícios constantes do Inventário Municipal, aponta para a permissão total de esventramento desde que não se ponha em causa a «preservação de espécies arbóreas relevantes» (art. 30º) -todos sabemos quão oportuno é o aparecimento de determinado parecer fitossanitário defendendo a inevitabilidade de determinado abate. E que dizer das moradias, onde a área permeável mínima agora defendida é de 30% desde que num total inferior a 130m2! Não deveria ser antes de 70%? Para todos os outros logradouros a sentença parece estar traçada: «Os logradouros DEVEM ser preferencialmente ocupados com áreas verdes permeáveis» (ponto 1 do art. 45º). Entre o dever ser e o ter que ser vai toda a diferença. Chega-se a chamar “área verde” ao revestimento vegetal que se venha a “plantar” em cima de coberturas e terraços de betão, «vis a vis» o PP Parque Mayer!
A hipocrisia vai ainda mais longe, uma vez que, a breve trecho e ao abrigo dos sucessivos planos de urbanização e de pormenor que aguardam implementação, iremos ter mais impermeabilização dos solos, mais construção nos logradouros e mais estacionamento subterrâneo. Em relação a este último, só para a Av. Liberdade o PUALZE prevê 3 parques subterrâneos, e nas intervenções da Ribeira das Naus e em redor da R. da Boavista (PP Boavista Nascente) prevê-se a construção de outros 2 parques (agências europeias e Pç. Dom Luís I) e 8 caves para estacionamento em outros tantos blocos de apartamentos. Boa lição para maus alunos, portanto.
1 comentário:
Meu caro Paulo Ferrero,
Atente por favor neste meu post:
http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/4020968.html
Um abraço do Pedro Quartin Graça
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