Estive até tarde no dia 24 a jogar às cartas, conversar e beber uns copos com uns amigos, em minha casa. No dia 25 fui acordado por um deles, o José Carlos Vieira de Andrade, hoje Professor Catedrático de Direito em Coimbra, a anunciar-me o que se estava a passar em Lisboa e que ouvira na rádio. Éramos de direita e anti-marcellistas, muito spinolistas. Abri de imediato uma garrafa de vinho do Porto “Lacrima Christi” e saudámos a mudança. Fui para a Faculdade de Direito dar uma aula (era jovem Assistente Universitário) e foi decidido que as aulas seriam interrompidas. E foi assim que se passou ... a passagem de dia e de regime.
José Miguel Júdice
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