Por volta das duas da madrugada de novo o wrestling rodoviário, como alguém lhe chamou, atroa o bairro, transformando-o numa pista de alta velocidade. Ligo para a esquadra. Perguntam-me há quanto tempo ouvi o barulho das velocidades. Sou informada que já tinham recebido queixas nessa noite, que tinham enviado "pessoal" mas sem qualquer sucesso. Recordo-me vagamente de ter qualificado essa estupidez homicida com os piores qualificativos, mas dado o avançado da hora não me consigo recordar bem.
Mas afinal onde andam os radares? Alguém sabe? Um país tão pequeno, valha-me Deus, tão complicado, tão burocrático, tão cheio de poderzinhos, entropias e resistências. Não vamos a lado nenhum.
(Maria Isabel Goulão)
1 comentário:
Eu gosto dos carros desde que nao em excesso porque me transmitem a noção de que a cidade tem um movimento próprio muito para além da nossa vida. Já o mesmo nao se pode dizer da internet que temos que é super lenta! Aqui não são precisos radares!!!
por isso é que criamos o nosso blog, espreitem!
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