Isto porque até agora nunca nos disseram que a preocupação em fazer-se um novo aeroporto fora da capital fosse a de criar um espaço verde na Portela, eliminando-se assim o perigo de queda de um avião em cima dos moradores por debaixo das rotas de descolagem e aterragem dos aviões, combatendo-se por outro lado a inevitável propensão daqueles em contrair, hoje e amanhã, doenças do foro cancerígeno.
Mas também chega a ser ingénuo, senão cómico, o aparente esquecimento de algo essencial: no dia em que os terrenos do aeroporto da Portela deixarem de ser utilizados para esse fim voltarão à posse dos herdeiros dos proprietários de antanho, que foram na altura expropriados para o efeito, pelo que dificilmente seria plantado o tal «pulmão verde» ... só mesmo com um governo à Duarte Pacheco & Cia, portanto...
4 comentários:
Da mesma forma que o Novo Aeroporto vai atravessar vários governos, os terrenos da Portela vão atravessar várias vereações.
Embora palpites, desejos e intenções possam ser bem-vindos, tudo o que agora se prometa não passa (porque, por natureza, não pode passar) de conversa-fiada.
Não seriam só os herdeiros a pretender daqueles terrenos outra coisa que não um "pulmão".
Uma autarquia absolutamente falida, um Estado insaciavelmente sedento de dinheiro, uma "máquina pública" mais do que dependente e enredada na teia da construção civil, não tolerarão para aqueles terrenos - se de facto ficarem disponíveis - outra coisa que não seja uma densidade de construção absolutamente obscena.
Costa
«Atenção: o debate sobre Lisboa não deve nem pode cingir-se à Ota!»
Claro! No outro extremo, temos o AC que não quer que, na campanha para a CML, se fale do assunto!
Digamos: Não só, mas também.
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