Câmara e APL investiram 200 mil euros para criar o espaço verde em 2005- DN
O Jardim das Cerejeiras Japonesas, inaugurado em Março de 2005, junto ao Museu de Arte Popular, em Belém (Lisboa), está oficialmente morto. O projecto custou à autarquia e à Administração do Porto de Lisboa 200 mil euros, mas a verba de mil euros que a câmara deveria atribuir todos os meses à Associação de Amizade Portugal-Japão (AAPJ) para a manutenção do espaço verde só chegou em Maio deste ano. Tarde de mais. "Um jardim é um ser vivo e não se compadece com atrasos", diz Leonilda Alfarrobinha, directora da associação.
As árvores e a relva secaram, mas a AAPJ promete fazer uma segunda tentativa para recuperar o jardim construído na Primavera de 2005 com o objectivo de comemorar a chegada dos navegadores portugueses ao Japão, em 1543. A verba - cerca de 40 mil euros - disponibilizada agora pela autarquia servirá para a associação começar tudo de novo: "Neste momento estamos à procura de viveiristas em Portugal que nos possam fornecer variedades semelhantes à cerejeira japonesa para deste modo iniciarmos uma nova plantação."
Mas desta vez, explica Leonilda Alfarrobinha, as regras vão ser diferentes. À associação caberá a tarefa de reabilitar o espaço localizado à beira do rio Tejo, mas a sua manutenção ficará entregue à Câmara Municipal de Lisboa. No entanto, ver o Jardim das Cerejeiras florido é um espectáculo que tão cedo não será possível: "Entre Novembro e Dezembro deste ano, contamos iniciar a plantação das árvores e, por isso, só a partir da Primavera de 2010 é que as cerejeiras poderão estar floridas."
Cerejeiras em flor foi aliás um fenómeno que nunca aconteceu com a maioria das 181 árvores que vieram de Itália e foram plantadas no Jardim Japonês de Lisboa: "Apenas meia dúzia delas floriram", conta a responsável da Associação de Amizade Portugal-Japão. Segundo a directora da AAPJ, o facto de as árvores terem sido sujeitas a um longo período de espera antes de serem enxertadas naquele espaço contribuiu em "grande parte" para o fracasso de um projecto que esteve orçado em 600 mil euros e nunca chegou a ser concluído. "Temos esperança de que ainda seja possível recuperar alguns dos exemplares, mas só na altura é que saberemos se isso é possível", esclarece.
Ângelo Mesquita, director municipal de Ambiente e Espaços Verdes da Câmara de Lisboa, está convencido de que parte do insucesso do jardim japonês se deve ao facto de se terem seleccionado na altura espécies incompatíveis com o clima da cidade, tendo as condições da plantação também contribuído para a actual degradação do espaço.
Contudo, o responsável admite que a segunda fase das obras nunca chegou a avançar e nem sequer há previsões para isso. O projecto inicial incluía outras duas etapas, que previam a instalação de paliçadas de bambu e a criação de lagos com nenúfares. A construção do jardim só ficaria concluído com a criação de um pavilhão japonês.
É o desperdício total e completo do erário público camarário!!
Ninguém sabe o que anda a fazer, e o dinheiro sai a rôdos para alapar-se nos bolsos de uns quantos duques e arquiduques instalados nos serviços do mastodonte lisboeta.
Haja cidadania e intervenção no que toca às péssimas decisões do executivo e serviços camarários.
Falta de vergonha, é o que é.
Ler o artigo que João Pinto Soares escreveu a propósito do Jardim, no Forum Cidadania LX
2 comentários:
Pois mas tambem esqueceram-se de dizer que o Jardim NUNCA FLORIU, pois as arvores escolhidas não se deram com o clima de Lisboa.
Um pouco mais de informação e menos demagogia , por vezes não fazia mal .....
Hummm deve ser o/a anónimo/a de cima.
Faça V. Exa. o favor de ler até ao fim, e já agora, aproveite e siga os links que tem à disposição.
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