segunda-feira, setembro 01, 2008

A propósito de São Domingos de Benfica


É revoltante ver-se os milhões e milhões do erário público (sim, são contrapartida do casino mas, por isso, mesmo, devem ser aplicados em prioridades de Lisboa, e não em frivolidades) que o Governo quer esbanjar com um novo museu para os coches (há quem assegure que o arquitecto que assinou o projecto do novo museu está já pelos cabelos com o Sr.Patrão, assim como há quem assegure que Vila Viçosa está em pré-polvorosa com a anunciada saída da sua colecção de coches), e depois, coisas como o antigo Teatro Tália, que é, recorde-se Imóvel de Interesse Público (signifique isso o que significar em termos lusitanos...) desde 1974, continuar uma imensa fachada entaipada, e, imagine-se, propriedade da Presidência do Conselho de Ministros, adstrito, neste momento, ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O mesmo que, imagine-se, ainda, a única coisa concreta que propôs até agora foi um projecto de tornar o antigo teatro em arquivo morto do ministério, ao que o ex-IPPAR, disse não, e muito bem.


Ai!, outro dia, mirando um programa de Vitorino d'Almeida, do antigamente, a dado passo, dizia ele que tudo mudaria quando se discutisse Mozart e Schubert no café da esquina, em vez do livre directo que deu em golo, a 30m da baliza, etc. Estamos na mesma passados 40 anos sobre o programa. Ena! Curioso será ver se haverá alguém na reunião descentralizada que se lembre de falar do Tália (que poderia ser um pólo incrível para Benfica, Carnide e Sete-Rios...), a destoar dos 90% que irão, invariavelmente, falar do lugar para estacionar o pópó.

1 comentário:

J A disse...

Calma, calma.....cultura em Benfica e redondezas? Ora deixa cá ver: Colombo, Estádio da Luz, Fonte Nova...humm, deve haver mais alguma coisa, mas não me lembro.


JA