Jardim Zoológico de Lisboa
Fundado em 1883 e inaugurado em 1884, o Jardim Zoológico de Lisboa foi o primeiro parque com fauna e flora da Península Ibérica. Foram vários os seus fundadores, como os Drs. Pedro van der Laan e José Thomaz Sousa Martins e o Baraão de Kessler, que contaram com o apoio de várias personalidades, como o Rei D. Fernando II e pelo conhecido zoólogo e poeta José Vicente Barboza du Bocage.
As primeiras instalações situaram-se no Parque de São Sebastião da Pedreira, que foi cedido gratuitamente pelos seus proprietários. Em 1905, foram inauguradas as novas e definitivas instalações na Quinta das Laranjeiras.
As inúmeras remessas de animais vindos de África e do Brasil contribuíram para que, ao longo dos anos, o Jardim Zoológico tivesse uma das colecções de animais mais vasta e diversificada. Destacaram-se, na realidade, alguns governadores das ex-províncias ultramarinas no contributo para o enriquecimento da colecção zoológica com exemplares de espécies exóticas, pouco conhecidas e atractivas.
Em 1952, a Câmara Municipal de Lisboa galardoou esta Instituição com a Medalha de Ouro da Cidade.
A queda do regime ditatorial em 1974 e a consequente independência das antigas colónias em África, significou a quebra do forte apoio prestado ao Jardim Zoológico pelas autoridades na diversificação e renovação da colecção animal. Por esta altura, o número de visitantes também diminuiu de forma substancial e ocorreram cortes radicais dos subsídios estatais. Assim, foi necessário desenvolver e implementar uma nova estratégia de gestão para o Jardim Zoológico, adequando-o aos valores e necessidades da época.
Em 1990 a nova política de gestão adoptada pelo Conselho de Administração que tomou posse tinha por objectivos a modernização do espaço do Jardim, assim como dos serviços. Deste modo, foram criadas áreas de trabalho específicas com objectivos próprios, para melhorar a colecção e o bem-estar animal, a sua alimentação e os cuidados médico-veterinários. Em paralelo, foram criados serviços comerciais, de marketing, relações públicas e imprensa, de modo a dinamizar o Parque como parceiro privilegiado das empresas. Promover a educação para a conservação junto do público visitante era, também, uma das principais preocupações, que rapidamente mereceu a criação de um serviço próprio, o Centro Pedagógico.
Hoje em dia, o Jardim Zoológico é um importante espaço onde aliada à conservação e à educação está uma forte componente de entretenimento e diversão. No parque habitam várias espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Das cerca de 360 espécies do Jardim Zoológico, 54 são EEP's.
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4 comentários:
Provavelmente o último sítio que visitaria em Lisboa. Quem já viu um gorila enjaulado em poucos metros quadrados com um olhar profundamente triste, pode sempre pensar.....de que lado da jaula é que está o animal? Sorry, mas o conceito desse jardim, quase que não cabe no século passado.
Existem outros métodos (sítios) para manter animais em captura, para conservação e fins reprodutivos. Quanto a "colecção", "entretenimento" e "diversão": Para o primeiro um museu, e para os seguintes há muito à escolha.
JA
Eu recuso-me a visitar o ZOO. é a prova de que há muitas pessoas sem a minima sensibilidade e respeito para com os animais.
Caro JA, pois os gorilas (não os do lado de cá da jaula, apenas os de lá) têm agora, segundo sei, um espaço novo, a Gorilândia (outra vez o mesmo,... é para os do lado de lá), aliás, um espaço que foi como que «obrigatório» pela UE(aliás, tb, o que seria da gente, do lado de cá, sem essas directivas ... digo eu, claro), com espaço verde, etc.
Gosto particularmente deste Zoo, embora tenha muito ainda a melhorar, a começar pelos espaços dos felinos, e ... naquele espaço de cá, dos cafés e afins, verdadeiros focos de animais racionais (?) que ali urram e sujam.
Mas gosto deste Zoo, que acho estar muito melhor do que há 10-15 anos, por ex. Com o tempo vai;-)) Mas tenho saudades do urso polar que se foi ... e não irão todos, a começar pelos do Árctico? ... e do orangotango velhote, que na velha jaula anquilosou aqueles ossos durante décadas e décadas.
Caro Paulo....estamos totalmente em desacordo. E ainda me fez lembrar desse pobre urso. Será que ele gostava dos verões de Portugal?
E o hipopótamo...ainda lá está, naquela banheira? E os pobres macacos em constante stress. No parque Kolmården na Suécia existe uma parte chamada "Safari"....visita-se somente de autocarro. Tudo para que os animais vivam num "habitat" espaçoso, e o mais natural possível. Acredito que o Jardim tenha melhorado muitíssimo....mas o
espaço para os animais nesse sitio, é, e será sempre insuficiente (tirando os golfinhos que se divertem bastante !)
JA
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