domingo, setembro 09, 2007

«PASSADEIRAS PARA QUÊ?»

Por duas vezes ia sendo hoje atropelada. Eu, que me gabo tanto de ser uma peã exemplar, que procuro sempre as passadeiras, que olho para a esquerda, para a direita, para cima e para baixo antes de atravessar, que respeito todos os semáforos (correndo o risco de às vezes me perguntarem se por acaso eu estou à espera que passe o carro que acabou de sair do Bombarral...), que até ajudo as velhinhas a atravessar o Rossio — eu, repito, ia sendo atropelada por duas vezes esta tarde. (...)

Começa assim uma das crónicas de Alice Vieira, tão elucidativa quanto revoltante, que pode ser lida na íntegra no blogue onde as publica [v. aqui].

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