sexta-feira, maio 04, 2007

Enquanto o pano cai, mente-se à descarada no Campo Pequeno


De nenhuma árvore a abater (2005) para 54, por motivos de ordem fitossanitária provocados pelas obras da praça de touros (2006), para logo depois voltarem a dizer que nenhuma seria abatida, até que por fim, há 3 semanas, anunciam em nota de imprensa, a uma 6ªF à tarde que serão abatidas 97 plátanos «com tronco oco e em riscos de cairem» (sic). O abate começa na 2ª F seguinte, dia 15.

Protestos e mais protestos: onde páram os estudos? ninguém avisou? constata-se no local que a maioria das árvores está de boa saúde. As obras são suspensas. Até «desmistificação» em reportagem televisiva. Pedem-lhes o estudo de laboratório de patologia vegetal; pedem-lhes a publicitação do protocolo CML/sociedade gestora do Cp.Pequeno. Até hoje, nada. Donde vêm as árvores novas? Donde vem o dinheiro para pagar a «reabilitação»?

Anteontem, constatação no local: já vão em 145 árvores derrubadas, e dizem-me que serão 200. Isto é uma vergonha! A fotografia acima, que remonta ao tempo das obras na praça de touros, já não é realidade: foram-se as copas mais altas, quase todas. Logo, logo, o que teremos no Campo Pequeno será um imenso deserto de palitos. Para inglês ver.

Foto: António Nunes (morador no Cp.Pq.)

9 comentários:

Rosa disse...

Só se for para Inglês rir, os Ingleses sabem bem o que é uma árvore.
É realmente uma vergonha muito grande.
Rosa Casimiro

Anónimo disse...

Queria aqui manifestar o meu apreço por finalmente estar a ser recuperado o jardim Marquês de Marialva.

Quanto às árvores tenho pena. Mas saúdo a coragem de fazer o que é preciso para repôr a situação saudável do jardim.

Quanto às críticas confesso que estou farta. Vocês são uns fundamentalistas. Mas são inconsequentes. Tive oportunidade de ouvir os técnicos da câmara foram eles que decidiram. E bem.

Ana

Rosa disse...

Técnicos da quê???? Recuperar jardins não é abater árvores.

Fundamentalistas??? mas que palavra tão grande, inconsequentes, outra palavra enorme, confesse lá Ana, você gosta de árvores e palavras grandes, não é?
rosa

Maria Lua disse...

Ana (Anónimo),

sou uma pessoa muito bem educada mas quando me chamam fundamentalista/inconsequente por estar contra este CRIME tenho de responder como deve de ser. Por isso vá para o raio que a parta com o seu comentário!
Deve fazer parte da lista dos ditos técnicos que fizeram esta m...! E que vão ganhar alguma coisa com isso!

Anónimo disse...

Quem é que define afinal o que é a 'situação saudável do jardim'?

E, como aceitar que para tal se cortem árvores adultas à custa do sofisma, de um suposto mau estado sanitário, que na maioria dos casos, deve corresponder a um resfriamento dos 'responsáveis' por tal massacre!

Quem o faz não pode gostar de árvores nem se apercebe que é o tempo que as torna mais dignas da nossa admiração - e não os acessórios cromados de mobiliário urbano, escolhidos num catálogo da moda, em papel couché...

E este processo não começou aqui, sublinhe-se. Já atarvessou a Av. EUA, onde para além dos cortes cegos, da rasia completa, retiraram elementos contemporâneos da urbanização, como foi o caso de um espectacular 'foguetão', tal qual o do Tin tin, que deleitou o imaginário de gerações, serviu de recreio infantil durante dezenas de anos...enfim, é mesmo triste!

AB

Anónimo disse...

i.é, 'atravessou', ou seja não se ficou/ca por ali/aqui, senão se puder termo a tal destruição.

AB

Anónimo disse...

(...) puser!

rui disse...

Custa a crer de tão grave. Que se cometa o crime de cortar árvores sãs descaracterizando completamente na passagem uma praça emblemática, ou de se ter deixado chegar as árvores a esse ponto de degradação.
Numa ou noutra hipóteses, temos uma garantia: não há responsáveis.
Talvez que as árvores sejam caras de manter, talvez que ocupem espaço necessário para estacionamento ou para montar roulottes. Talvez que façam concorrência desleal aos vendedores de toldos.
E o pior é que atrás não virão "palitos", virão mais miseráveis "intervenções" em betão, mármore e metal.
Em resumo... parece ser um processo daqueles feitos à medida para justificar os receios dos "fundamentalistas" como lhes chama a Ana sabe-se lá porquê.
Seria interessante que alguém organizasse um dossier em que todas essas oscilações de humor dos técnicos aqui descritas fossem documentadas.

paulu disse...

A mim doi-me em particular porque nasci e cresci perto do Campo Pequeno, trabalho no Campo Pequeno, e tenho de ver diariamente o espectáculo miserável daqueles plátanos decepados.

Hoje descobri lá um cartazinho da CML a dizer que as ditas árvores não tinham sido abatidas "discricionariamnete", mas porque apresentavam "risco eminente de queda". Pois...

Entretanto, no mesmo cartaz, é feita a promessa de que plantarão no mesmo local, em substituição, 153 plátanos, 3 jacarandás, 5 olais e 6 tílias. Não dizem, claro, é quando, nem mostram qualquer plano de arborização. Entretanto o executivo camarário caiu e está-se mesmo a ver o resto do filme.