A protecção dos pais é compreensível: Portugal tem recordes verdadeiramente trágicos de mortes na estrada para qualquer grupo etário, mas são principalmente os mais jovens e idosos (os tais Lisboetas que não têm carta de condução) que são vítimas de condutores.
A tragédia é tanto maior porque as estatísticas mostram que quanto mais protegermos as crianças na sua exposição à cidade e ao tráfego, sem a gradual experiência e aprendizagem do perigo, mais probabilidades elas têm de morrer durante a adolescência.
A socióloga Helene Fretigné, no livro A Praça do Saldanha: Conflitos de uso no espaço público lisboeta (ed. Assírio & Alvim e ACA-M), ao medir as velocidades praticadas no Saldanha, detectou em quatros horas 69 infracções graves e 4 infracções muito graves. À noite "só um pouco mais de 30% [dos condutores] anda a uma velocidade adequada à requerida numa praça".
A socióloga Helene Fretigné, no livro A Praça do Saldanha: Conflitos de uso no espaço público lisboeta (ed. Assírio & Alvim e ACA-M), ao medir as velocidades praticadas no Saldanha, detectou em quatros horas 69 infracções graves e 4 infracções muito graves. À noite "só um pouco mais de 30% [dos condutores] anda a uma velocidade adequada à requerida numa praça".
2 comentários:
Sendo isso tudo verdade, e denunciado há anos e anos, vem à boca a inevitável pergunta:
E O QUE FAZ O ESTADO?
Que justificações têm para nos dar os sucessivos responsáveis por tanta impunidade - desde os agentes que só sabem falar da "falta de meios" até aos MAI que nem disso falam - passando pelos juizes que mandam em paz (e com a carta no bolso) os assassinos da estrada?
Como conseguem todos dormir tranquilos, sabendo que poderiam ter evitado mortes e estropiados - e não fizeram tudo o que podiam?
Eram dessas explicações que eu gostaria de escutar da boca dos piores políticos da Europa, que continuam a deixar Portugal comandar as estatísticas mais tristes, décadas após décadas.
Votos para incompetentes...NÃO !
JA
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