domingo, setembro 30, 2007

Chuva em Lisboa

Recordam-se das "7 pragas para 7 colinas?" Pois hoje de manhã recordei o que tinha escrito, aliás perfeitamente previsível: "Necessidade de Limpeza frequente dos bueiros".[sarjetas e bermas]
Clarinho como água: "Fonte da divisão de trânsito da PSP disse à Lusa que as chuvas que se fizeram sentir durante esta madrugada deixaram também «alagados os túneis do Campo Grande», onde, «apesar da água, o trânsito vai circulando».
O acesso para a Segunda Circular, na zona de Sete Rios, que esteve fechado ao trânsito desde as 07:30 devido a uma inundação, está em «em fase de desentupimento», segundo informou fonte da divisão de trânsito da PSP."
Portugal Diário
"A PSP tem ainda registo de inundações no final Calçada de Carriche, nas saídas para Odivelas e para a A8." Público
No entanto, o Serviço Nacional de Protecção Civil garantiu que "não há registo de bens danificados nem pessoas em perigo", afirmando tratar-se de "uma situação normal quando ocorrem as primeiras chuvas após o verão".
Fiquei mais descansada. Não liguem ao post. Foi de ter levado com água suja de vários carros que passavam, apesar de bem afastada das bermas.
Ou não será também a fragilidade de uma cidade que se vê com as primeiras chuvas?
(ISABEL G)

sábado, setembro 29, 2007

Critérios editoriais

Há anos que todos constatamos que para lá do futebol, pouco mais assuntos têm espaço infinito na comunicação social. Futebol e, ultimamente, o caso Maddie. São critérios editoriais. Um dia destes, Santana voltou à ribalta, limpinho de tudo o que deixa para trás, só porque pôs em causa os critérios editoriais da SIC Notícias.
Hoje venho eu pôr em causa os critérios editoriais que vigoram por aí. Conto o caso aqui, mas vou resumi-lo para si.
Imagine que você fazia um comunicado a criticar-me, o enviava às redacções e depois acontecia o inimaginável: as redacções contactavam-me, eu dizia de minha justiça, acabava a criticá-lo a si, autor do comunicado inicial, e depois o que aparecia nos títulos e nos textos era o inverso do sucedido: «José Carlos Mendes critica um leitor do blog tal».
Pois é... Critérios editoriais.
Uma coisa que devia ser bela e defender a independência das redacções face a pressões externas... Tudo às avessas, afinal.

"A caça à culpa"

PUBLICO - 28.09.2007, Carlos Fiolhais
"O português gosta definitivamente de acelerar - só na estrada, porque no resto não acelera nada. Houve recentemente um grande coro de protestos porque os radares colocados em várias artérias da cidade de Lisboa estavam a registar demasiadas infracções. Em resultado, os limites de velocidade passaram nalguns sítios de 50 quilómetros por hora para 80 quilómetros por hora, um aumento de mais de 50 por cento. Tal mudança encorajará decerto algumas vozes que se têm levantado contra o limite de 120 quilómetros por hora nas auto--estradas nacionais.
A mensagem emitida vai no sentido errado. Em Portugal há desde há muito tempo um grave problema de sinistralidade rodoviária. Nas estatísticas de acidentes e de vítimas de acidentes estamos, na Europa, no grupo da frente.(...)
Mas o acelera tem razões que a razão desconhece. O português gosta definitivamente de acelerar (só na estrada, porque no resto não acelera nada, acelera até chegar ao trabalho para aí abrandar!). A fama dos automobilistas portugueses, apesar de ser proverbial em todo o mundo, continua a ser comprovada com espanto por todos os estrangeiros que nos visitam. O automobilista português considera, nas cidades, 50 quilómetros por hora a velocidade mínima e não máxima e, nas auto-estradas, 120 quilómetros por hora a velocidade mínima e não máxima. É proibido, mas pode-se fazer... Não admira, por isso, que os choques se sucedam. Admira, isso sim, que eles não sejam ainda mais numerosos. Já alguém disse que a rede de estradas nacionais é uma enorme pista de carrinhos de choque, com a diferença de que nas pistas das feiras se procura evitar o choque...
A acusação de "caça à multa" a quem pôs os radares a funcionar não passa de uma desculpa de mau pagador. Pela minha parte, acho muito bem que a multa seja "caçada". Uma sociedade civilizada - que é o que gostaríamos de ser - funciona impondo um conjunto de regras e essa imposição passa necessariamente por sanções a quem não as cumpra. Pode não se concordar com as regras e até tentar mudá-las exercendo pressões de vária ordem (foi, aparentemente, o que se passou em Lisboa). Mas, uma vez fixas as regras, a tolerância devia ser pequena. Aliás, com regras adequadas, a tolerância devia ser nula (em Portugal a "tolerância zero" nas estradas, o cumprimento normal da lei, foi apenas uma campanha temporária). As autoridades que façam a "caça à multa", pois estão para isso devidamente autorizadas. O que precisamos, além disso, é de fazer a "caça à culpa"...
E de quem é a culpa? Não é seguramente dos automóveis, que são cada vez mais seguros (só falta equipá-los com um dispositivo automático que impeça velocidades loucas). E também não é das estradas que estão cada vez melhores (com excepções, nomeadamente os troços em obras das auto-estradas, que são um autêntico perigo e que deviam dar direito a descontos nas portagens).(...) Muitos portugueses guiam como se acreditassem que, por milagre, as leis da física se pudessem suspender no último instante antes do choque.(...)
Ou, para dar uma imagem inspirada na lenda, têm o que se pode chamar "síndroma de D. Fuas Roupinho", isto é, acreditam que, tal como o cavalo de D. Fuas no sítio da Nazaré, os muitos cavalos do motor se podem subitamente empinar por cima do abismo. Mas os números de vítimas aí estão, como um banho de água fria, a confirmar que não há milagres! Professor universitário (tcarlos@teor.fis.uc.pt)
"
(ISABEL G)

sexta-feira, setembro 28, 2007

Mercado Biológico em Lisboa

JARDIM DO PRÍNCIPE REAL
SÁBADOS, 8.00 - 14.00 H


O Campo vem à Cidade, trazendo à mesa dos lisboetas produtos mais saborosos e saudáveis

Com o objectivo colocar os produtos de Agricultura Biológica mais perto do consumidor, a Câmara Municipal de Lisboa, com a colaboração da AGROBIO, deu início a estes mercados de rua biológicos em Lisboa.

Convidamo-lo a visitar este mercado. Nele encontrará, entre outros produtos, hortaliças, frutas, vinhos, cereais, azeite, pão, etc., produzidos em Agricultura Biológica. Faça as suas compras à porta de casa!

Aproveite o passeio e forneça à sua família produtos de qualidade, sem pesticidas e sem adubos químicos de síntese, saudáveis para si e para o ambiente!

- AgroBio

E, notícia de 25.03.06 do DN:

Fiscalização "obsessiva" ameaça mercado biológico

Esperemos que, entretanto, tenha passado esta fiscalização frenética!

Alvíssaras:



A quem souber informar sobre o real estado de coisas relativo ao empreendimento do no nº 77-79 Rua Artilharia 1 (promotor? projecto? aprovado? por quem? em que termos? quem falta aprovar, o quê? e o chalet? aquela rua, quem a autorizou?, etc.). A gerência agradece!

Fotos: FJ

Isto é uma vergonha, Srª Ministra da Educação!


Não bastavam os assaltos na zona, o fecho da esquadra, os atentados ao património num bairro (Arco do Cego) em vias de ser classificado, para agora ainda chover dentro das salas de aulas do Filipa?


E a DREL, que nem sequer atende os pais dos alunos. Mais uns quantos pormenores do vergonhoso estado de coisas neste liceu público de Lisboa:


«O refeitório foi encerrado após visita da ASAE, visto que na cozinha caía estuque sobre os alimentos além de haver escorrências de água da chuva. Existem apenas 2 casas de banho, uma para rapazes outra para as raparigas, com apenas 5 sanitas cada, para turnos de 500 alunos.»


«Não existem pátios onde os alunos possam estar durante os intervalos e entre os tempos lectivos dos turnos da manhã e da tarde. Existe um pátio interior onde se pretende futuramente colocar os alunos do 5º ano, mas que ainda não tem condições seguras para os receber dado o estado de degradação em que se encontra, com vidros partidos caídos das janelas, pedras soltas, etc, pelo que estes permanecem nos corredores.»

28 DE SETEMBRO DE 1866

(Teatro Apolo)

Pertencente a Francisco Viana Ruas, fazendo esquina entre a Rua da Palma e a rua da Mouraria, é inaugurado em 1866 o Teatro do Príncipe Real, em homenagem ao futuro rei Dom Carlos. Dois pobres e uma porta, em 3 actos e, Muito padece quem ama são as comédias apresentadas na inauguração. Em 1906, Palmira Torres é a actriz principal da peça A Severa, de Júlio Dantas. O regime republicano altera-lhe o nome para Teatro Apolo. Agulha em Palheiro, primeira revista original após a instauração da República, é aqui representada logo em 1911. Apesar dos inúmeros sucessos, o teatro foi demolido em 1957.

quinta-feira, setembro 27, 2007

AINDA O IMI

Ao Miguel Carvalho e ao Paulo Antunes: não mudei de argumento. Acrescentei outro. A irracionalidade económica desta medida resulta directamente do excesso de impostos. Claro que para um socialista o excesso de impostos é uma coisa desejável e eu diria até inevitável. Para quem acredita na economia de mercado, eles prejudicam-na, porque adiam os problemas em vez de os resolverem. Eliminam poupança, dificultam o investimento reprodutivo, logo, dificultam a criação de emprego e o aumento da riqueza. E este é o caminho que eu penso que traz mais progresso à sociedade. E a economia faz sempre o seu caminho. Há exemplos históricos que o demonstram. Quanto à propriedade privada claro que já sabemos como ela é desprezada pelo Estado e maltratada pelo fisco. O proprietário em Portugal, seja de um reles automóvel, de uma casa ou de um terreno existe para pagar pelo que tem, de preferencia até não ter nada. O Estado é guloso e a sociedade é invejosa. A fiscalidade automóvel e a fiscalidade na habitação são bons exemplos de voracidade fiscal. No fundo o miserabilismo ancestral e a crónica dependencia do Estado para tudo inveja que tem alguma coisa de seu. O melhor mesmo é torturá-lo, se necessário com impostos. O ideal seria mesmo pagar cem vezes a mesma coisa. Só que isso é injusto. Pelo menos para mim. E só por mim falo. Mas está certo: o socialista ganhou, o socialista governa, o socialista taxa, o socialista gasta, o socialista faz pela sua vida de socialista. Os cidadãos, se quiserem, que façam pela vida, nas próximas eleições. Depois não se queixem.
(publicado no Tomar Partido)

EU BEM DIZIA...

Mónica Andrade em comentário a esta entrada: "Um fogo devoluto no centro da cidade é um verdadeiro crime económico e social." Sempre é um primeiro passo para alterar o Código Penal e transformá-lo também num crime jurídico. É a visão soviética do proprietário: um criminoso a eliminar.
(publicado no Tomar Partido)

MUITOS MAIS INIMIGOS DA ECONOMIA

MAIS INIMIGOS DA ECONOMIA

(publicado no Tomar Partido)

Nem de propósito:

Hoje à noite poderá ser dado o primeiro passo para que, finalmente, este histórico chalet de Lisboa saia da agonia das últimas décadas, e possa começar a ser recuperado com vista a ser utilizado e aberto aos lisboetas. Também aqui funciona há demasiados anos a lógica da especulação, do abandono descarado e facilitismo dos responsáveis. Finalmente, parece haver luz ao fundo do túnel, de um processo só possível numa capital como a nossa. A ver se é desta que a coisa anda. Faço figas para que tudo corra bem, hoje!

EM DEFESA DA PROPRIEDADE PRIVADA

Causou alguma polémica a minha oposição à duplicação do IMI para os prédios devolutos. Sim, oponho-me. Em nome da defesa da propriedade privada. Em nome da defesa de cidadãos, muitos deles sem recursos (e mesmo que os tenham, já que por enquanto não é crime...) já devida, anual e metodicamente massacrados com impostos por um Estado ou por autarquias que engordam a despesa à custa dos contribuintes e não têm a coragem de tomar as decisões difíceis de reduzir essa despesa incomportável sem ir ao bolso dos cidadãos. Em nome da necessidade de reduzir a despesa pública, neste caso municipal, sem ser à custa do esganamento fiscal da propriedade.
(publicado no Tomar Partido)
«ALMANACH BERTRAND» de 1933

quarta-feira, setembro 26, 2007

OS INIMIGOS DA ECONOMIA

Por causa desta entrada o leitor Paulo Antunes chama-me demagógico e acusa-me de estar de má-fé. Bem sei que as palavras perderam valor nos tempos que correm. Basta ver as enormidades que s etêm dito na campanha interna do PSD para perceber que se tem de dar um desconte ao que se diz sobre o valor literal dos vocábulos. Chamarem-me demagogo ainda é o menos. No grego, etimologicamente, demagogia é a arte de conduzir o povo. Só o palavreado corrente, lá está, lhe conferiu significado menos abonatório. Não é que me arrogue tal pretensão (nos tempos que correm, é, aliás, muito duvidoso que a tarefa de conduzir o povo mereça o esforço), mas não me importo. Agora acusarem-me de má-fé já merece resposta. Temos de nos habituar a que uma discordância não significa que alguém está de má fé. É apenas uma discordância. E eu insisto. A duplicação do IMI sobre os prédios devolutos é mais um assalto fiscal à propriedade, é economicamente irracional, é politicamente necessária para alimentar uma máquina de despesa que é a CML e não resolverá o problema do arrendamento. Aos socialistas não basta que os proprietários paguem e muito sobre os rendimentos da propriedade. Év também necessário que paguem mesmo que a propriedade não lhes proporcione nenhum rendimento. Isto, sim, é sociliasmo puro e duro. E ainda falam na morte das ideologias...
(publicado no Tomar Partido)

Amanhã,


O Carmo e a Trindade ... não vai cair!

A calçada de Lisboa

Antes de nais, peço aos companheiros do blog e ao leitor que me perdoem pela extensão deste post. Como se trata de saudades e de matéria muito importante para a Cidade e como há aí em baixo muitos contributos de leitores, sei que me perdoarão... Eis então:
Há 9 meses, um incidente de percurso calou o pai deste blog, o qual ostentava a mesma designação. Hoje bateram-me as saudades desse primeiro C&T. Fui lá revisitá-lo. Ao ver o último post que ali jaz, assinado por mim próprio e dedicado à calçada, deram-me ganas de re-publicar o tema, incluindo os comentários sobre a calçada de Lisboa. Fica aqui, para reflexão: salvem as calçadas lisboetas - como se do lince se tratasse: elas também correm risco de extinção. Atenção à data da publicação.
.
Salvem as calçadas lisboetas, por favor

Quarta-feira, Janeiro 03, 2007
«Acudam à calçada lisboeta!»
«Há lá chão de cidade mais bonito do que este! Claro que não. São as tradicionais calçadas lisboetas. Só que... estão a desmoronar-se. Como repetidamente é noticiado. E agora outra vez. Agora, na blogosfera, mais propriamente. No blog Jumento, há dias, uma foto de umpedaço de calçada incomodou-nos a todos, de certeza....
De pouco valem os 14 novos calceteiros em formação. Já é qualquer coisa este sinal de haver uns quantos em formação e estoutro (sempre achei esta palavra estranhíssima) sinal de se ter inaugurado a 15 de Dezembro uma homenagem ao calceteiro lisboeta em forma de escultura.
A verdade é que de 130 que eram há uns anos, os calceteiros estão agora reduzidos a 30 (mais estes 14, a partir de agora). É algo. Mas é curto. Muito curto.
A calçada lisboeta merece mais. Precisa de mais do que isso. Se não, vai degradar-se completamente.
Acudam à calçada lisboeta.
Por favor.»
José Carlos Mendes
posted by O Carmo e a Trindade @ 5:00 PM

Comments:
At 6:12 PM, MissPearls said...
Talvez reduzindo o espaço com calçada portuguesa se pudesse manter a qualidade. De outra forma, não estou a ver. Não há calceteiros que cheguem para uma tão grande mancha de calçada, a maior parte dela em locais perfeitamente despropositados. A calçada é cara, de difícil manutenção e de difícil mobilidade. Na minha opinião, em demasiados sítios, a calçada é um atraso de vida. Compreendo os argumentos dos ambientalistas devido à camada de ozono, etc.Mas já estou farta de ouvir argumentos de gente que defende o valor patrimonial e turístico da calçada e depois assenta-lhe os pneus do carro.Não há calçada que resista, claro está.Igualmente hipócritas os elogios e veneração à calçada por parte de gente que nem anda a pé, quanto mais em cima da calçada.Very typical?Ah! Pois!Berlim é ume excelente exemplo como uma cidade pode ser amígável tanto para peões, como para ciclistas e automobilistas.

At 8:35 PM, Julio A. said...
.......40 e picos de calceteiros, para centenas de quilómetros de calçada, e a equação está feita. Para agravar a cena, esta é uma profissão duríssima, que acaba com joelhos e colunas em poucos anos. Ainda a propósito dos carrinhos nos passeios, o único material que resiste a esses ataques diários....é o alcatrão......e passeios desses para Lisboa.... não obrigado.

At 10:31 PM, opinto said...
Parece premonição. Acabei de comentar no Jumento sobre este tema, porque está lá o que o Jumento chama "O Green da Rua Augusta".Alguma coisa está mal. Há tempos enviei um e-mail para a CML sobre este assunto e perguntando se não haveria protocolo entre a CML e os Centros de Emprego, para que haja mais calceteiros formados.

At 11:03 PM, MissPearls said...
"os Centros de Emprego, para que haja mais calceteiros formados. "E será que há voluntoriosos candidatos a calceteiros?

At 12:15 AM, Julio A. said...
....parece que acertou. Em 2007, quem é que quer ir para uma profissão que lhe vai estragar a saúde?

At 10:42 PM, opinto said...
Misspearls, Essa é uma questão que dava pano para muitas mangas. Teríamos que questionar a lei do Rendimento Social de Inserção e sua aplicação.Mas como é mais fácil: toma lá uns tostões (dos nossos impostos) e vai morrer longe porque tu e a tua família vão continuar a ser pobres ...
At 10:12 AM, José Carlos Mendes said...
Para conhecimento, eis uma resposta, a do Vereador António Prôa, que registo:«Acudam a Calçada Portuguesa –Em sequência do Post de 3 de JaneiroExmos. Senhores,Foi com bastante agrado que li o "Post" que colocou no Vosso blogue "O Carmo e a Trindade" sobre a Calçada Portuguesa. Como facilmente compreenderá é um assunto pelo qual tenho uma especial atenção. Permita-me que diga, que certamente é uma preocupação que ambos partilhamos.Enquanto responsável pela gestão do Espaço Público da cidade, tenho procurado com o apoio empenhado dos serviços municipais, desenvolver acções que dignifiquem a calçada tradicional portuguesa seja na sua recuperação, manutenção ou nova aplicação. È um trabalho árduo que estes homens realizam, muitas vezes pouco valorizado, e que constantemente sofre agressões pela falta de sentido de cidadania que alguns utilizadores de Lisboa apresentam. Mas não vamos desistir. Temos actualmente duas brigadas de calceteiros (seis elementos) em intervenção permanente, em regime de turnos, na Baixa da cidade. Estou a falar das áreas sobre a responsabilidade directa da CML, porque convém relembrar que desde há uns anos a esta parte que, com excepção das zonas mais centrais de Lisboa, a manutenção das calçadas dos arruamentos da cidade é da responsabilidade das Juntas de Freguesia que, para os devido efeito, recebem da Câmara Municipal as verbas respectivas, ao abrigo de um protocolo de delegação de competências. Contudo, não quero deixar de estar aberto a outras abordagens no que respeita a este tema. Para tal, vamos colocar à discussão pública, ainda este ano, um Plano de Pavimentos. Estou certo de que duma forma participada os munícipes de Lisboa irão transmitir a sua opinião sobre as soluções a apresentar no âmbito dos pavimentos urbanos que a cidade deve utilizar perante as novas necessidades e funcionalidades com que nos deparamos todos os dias. Não queria terminar sem me referir à rua Augusta levando em consideração o alerta de um outro blogue. Verificámos a situação descrita e de imediato a brigada no local iniciou os trabalhos de recuperação. Estamos já actuar em conformidade. Termino, saudando este exemplo de participação e preocupação com Lisboa tão bem demonstrada, neste e noutros Blogues, por Lisboetas ou por quem gosta da nossa cidade. Com votos de um bom ano de 2007, endereço os meus respeitosos cumprimentos.António PrôaVereador da Câmara Municipal de Lisboa»

At 7:31 PM, mjsr said...
Junto um texto que publiquei há uns anos, no Linhas Cruzadas: Os passeios de “calçada à portuguesa” são, caros passeantes, três coisas numa só: são tapetes públicos estirados sob os nossos pés, são mapas da cidade em escala 1 por 1, e são bandas desenhadas de artistas anónimos. Escrito de outro modo: são sítio, são percurso, e são repositório de efémeras e inúmeras narrativas individuais e colectivas. Numa palava, ou em três, são “histórias aos quadradinhos”. E gostava de poder dizer que gosto deles.Mas...As “calçadas” são tudo isso que ficou escrito. São também perturbador sinal de um paradoxo da vida urbana em Portugal. Porquê? Eu explico.“Então é assim”, como agora “toda a gente” diz – para dar voz às falsas evidências:Tratamos os passeios de “calçada à portuguesa” de forma ignominiosa. Pisamo-los, sujamo-los, cuspimo-los, atropelamo-los, desprezamo-los. Fazemos deles cinzeiro, lixeiro, e estacionamento das nossas luzidias baratas com rodas. Não os tratamos apenas como chão público que são. Tratamo-los como coisas que não são nossas, como porcarias deixadas no meio da rua pelo vizinho do terceiro direito a quem gostávamos de cuspir na cara se tivéssemos coragem para isso um dia.E, no entanto... E, no entanto, os passeios de “calçada à portuguesa” são cálido objecto da nossa veneração discursiva. Não há urbanita nacional que não se disponha a colocar uma coroa de flores na lápide do nosso orgulho colectivo pelas “calçadas à portuguesa”. Quando falamos delas, uma lágrima de comoção rola pela nossa bochecha. “Ah, sim!”, diria o advogado do Mafarrico, “Ele é tão original fazer passeios com pedrinhas sem graça nem colorido, todos tortos, e tão caros que devoram vorazmente os magros orçamentos camarários destinados à manutenção e renovação urbana em Portugal”.O argumento tem a sua pertinácia. É que, enquanto as veneradas pedrinhas se soltam, sujas de óleo de motor e travões, sob os nossos pés, os prédios – as nossas casinhas - esboroam-se vetustos e malqueridos. E quanto mais nós, pobres contribuintes autárquicos, tropeçamos nos passeios, mais os carros reluzentes e novinhos em folha tomam conta das nossas cabeças. Resumindo muito: a nossa relação com as “calçadas” está toda de pernas para o ar.Cá por mim, fazia-se já um concurso público, escolhia-se as 1000 melhores calçadas do país. Essas, deveriam ser convenientemente amadas e conservadas. Quanto às outras, seriam cobertas com alcatrão liso e antiderrapante para acabar com as manutenções milionárias e as entorses do pé esquerdo. Dir-me-ão: “Mas, e a tradição... os romanos... o património histórico...?! Seu iconoclasta!...”Responderei: “Até meados do século XIX, não existiam em Portugal passeios públicos com ‘calçada à portuguesa’. Eram usados, em vários pátios e ruelas, seixos rolados do rio. Um ou outro palácio de Lisboa e arredores teria o centro do seu átrio atapetado com pedras facetadas, como rudimentares mosaicos decorativos. Um dia, certo governador do Castelo de São Jorge, o irrequieto e empreendedor capitão Eusébio Furtado, confrontado com o repugnante aspecto das ruelas da freguesia, decidiu inovar, disciplinar e educar: requisitou presos de delito comum e pô-los a partir pedra. Após o que (como agora também se diz), lhes ordenou que as enterrassem à maneira do macadame. Como se estava no princípio da coisa, os pavimentos ficaram muito certinhos, quase tão bons como os da “calçada à checa” que ornamentava e ornamenta as ruas da oriental Praga.A cidade gostou do resultado, o governo de Fontes Pereira de Melo gostou da ideia de humilhar ladrões e indigentes pondo-os a trabalhar de cócoras à vista de toda a população, e o capitão Furtado foi contactado (e contratado) para navegações mais altas. Pôs os seus heróis vilões a martelar no Rossio e desenhou o passeio que focou conhecido como o ‘Mar Largo’. Depois, foi a glória do processo. Tudo o que era estrangeiro, à falta de poder dizer bem de uma cidade pobrezinha e indecisa entre ser estaleiro e ruína, aclamava a graça dos nossos ‘passeios de calçada ornamental’. De piropo em piropo, a cidade de Lisboa foi inchando de orgulho até à presente miséria. Em 1895, o executivo da Câmara determinava que ‘d’ora avante se empregue o empedrado à portuguesa nas construção e reconstrução dos passeios laterais das ruas’. A calçada universalizou-se, e nacionalizou-se, como O passeio público do império lusofónico, da Betesga ao Lobito, do Tamaris a Copacabana, e de Rio de Onor a Timor.Quando o rectangular ‘Mar Largo’ do Rossio, viu as angulosas esquinas serem recortadas em redondo por um génio da Vereação do Trânsito com gosto por corridas de Fórmula Um, ninguém se deu conta que o destino dos passeios de “calçada à portuguesa” tinha novos traços. O que vemos hoje por aí são porventura os acordes finais do fado do empedrado”.Respondido está. Entretanto, reconfortemo-nos. O tapete calcário continua a fazer desenhos sob os pés de quem se aventura a percorrer a ocidental urbe lusitana, assinalada por matagais de esverdeados pilaretes. Como histórias aos quadradinhos.Lembrete: em 1849, o calcetamento do “Mar Largo” do Rossio custou à Câmara Municipal de Lisboa a soma total de 37 réis. Hoje em dia, um metro quadrado de “calçada à portuguesa” não ornamental custa 18 contos de réis (90 Euros, se não me engano) e requer labor suado e ininterrupto de um calceteiro, de um batedor de maço e de um servente, durante 4 a 6 horas. A colocação de alcatrão anti-derrapante fica por uns meros 3 contos de réis por metro quadrado e faz-se em três tempos (mais ou menos uma hora e meia, julgo). Meu rico dinheiro. Meu rico tornozelo. Minha rica trotinette.
At 6:08 PM, Cabral-Mendes said...
Lembro-me, com uma certa angústia, de quando era pequenino e passeava na Baixa Lisboeta com meus pais, pelas ruas tão lindas...podia-se beijar o chão de tão limpo ele estava...e irregularidades, muito menos buracos, eram anomalias que não existiam. De facto, viam-se sempre homens com uns maços que cuidavam, com carácter de permanên cia, daquelas. Hoje, qual é a senhora que pode calçar uns sapatos de salto alto com Lisboa toda esventrada? Como a minha mulher se queixa!Ai que saudades do meu Portugal arrumado, organizado, limpo!

At 7:21 PM, Marta said...
É preciso calceteiros?Mas o nosso governo lançou o programa Novas Oportunidades, para que todos possam ser universitários, doutores, e ninguém precise de ter profissões mal remuneradas, como ser calceteiro...Em nome da calçada portuguesa encorajariam o vosso filho a ser calceteiro em vez de prosseguir os estudos? Ou vamos ter calceteiros moldavos e baianos?Que preço têm os calceteiros?

terça-feira, setembro 25, 2007

Vem aí (ou já foi) a proposta de António Costa para o IPO





(E se foi, foi sem ser antes estar votada pelo executivo, o que demonstra que passados 33 anos de implantação da democracia, está tudo como dantes.)

Seja como for, são três os «bonecos» possíveis da dita proposta, que, nos colocam perante um dilema, uma escolha invariavelmente grave (porque ninguém deve ter estudado fosse o que fosse sobre esta matéria, mas como uns falam antes de tempo, e o tempo urge para se arranjar dinheiro...):

A permanência do IPO em Lisboa tem que passar forçosamente pela saída da Praça de Espanha?

1. Se "não", porque não se avança com a construção gradual de um novo IPO no mesmo sítio (conforme ideia anterior de Correia de Campos, julgo, ao tempo ministro de Guterres), onde há acessos excelentes, onde é conhecido de todos, onde é bem servido por tudo quanto é serviço, e onde está porque assim o dispuseram outros, em boa hora?

2. Se "sim", porque razão tem a CML que contornar o PDM para ceder ao Governo, gratuitamente, uma zona «verde» da cidade? (no papel, pelo menos, é verde ... porque com estes desenhos o Parque da Bela Vista não parece minimamente esventrado, já que os edifícios a construir, sê-lo-ão numa zona a sudeste da parte sul do Parque, aparentemente em «terra de ninguém» ... e digo isto porque ainda não confirmei o local, o que farei em breve). Não haverá outra zona?

a) Se "sim", para que servirão a curto prazo os terrenos do actual IPO? Para condomínios? Para escritórios?

b) Se "sim", como vai ser preservado o Pavilhão do Rádio, que é classificado? Em que medida será assegurada a sua continuidade e qual vai ser a sua utilização?

Seja como for, se nos derem mais este facto consumado, a votar num destes «bonecos», voto no primeiro, uma vez que o hotel fica fora do perímetro hospitalar, e as restantes unidades parecem bem espaçadas.

Fonte; mão amiga de LJ

segunda-feira, setembro 24, 2007

SEMPRE IGUAIS

Sobre a receita universal socialista para resolver problemas de despesa, ou seja, esganar os contribuintes sempre com mais impostos, agora em Lisboa, ver André Azevedo Alves, n' O Insurgente. Ou seja cada vez estamos todos a trabalhar mais para alimentar os vícios de cada vez menos gente. É o Estado de Direito Fiscal.
(publicado no Tomar Partido)

Um calhamaço exagerado para Educação Física. Você não acha?


Pessoa amiga fez-me chegar esta foto. Nela, o Dicionário que conhecemos, super-útil, e que sabemnos que é um calhamaço considerável. Nela também, os dois volumes de um livro destinado aos 10º, 11º e 12º anos (?) de Educação Física. Meus senhores, leio no e-mail que me foi enviado, uma coisa muito séria: aquela coisa destinada a Ed Fís custa mais de 26 euros e tem perto de 600 páginas. isto não é para licenciatura, dizem-me: é para doutoramento, de certeza...

Compare a altura do tal calhamaço-quase-inútil de Ed Fís com o calhamaço utilíssimo e velhinho de uso que está ao lado... Quase metade da altura em papel... Que dor de alma! Compare-os com as cadeiras.

Acho que isto corresponde a um grande e desproporcionado exagero. Alguém acha que os alunos vão sequer abrir o calhamaço? Em que mundo andam os autores, editores, profs... as escolas... o ministério... em que mundo andam?
Eis dados que me foram enviados: «Título: 'Movimento. Um Estilo de Vida', Paula Batista/Lúcia Rêgo/Avelino Azevedo, Ens. Sec. 10.º/11.º/12.º, Edições ASA, Manual (464 páginas!!!!!) + 'Dossier do Aluno' - Exercícios (112 páginas!!!!). Custo: 26,10 Euros. Comentário: tanta teoria dá para ficar doutorado em Educação Física, não acha???»

Dale, dale a la piñata


Às vezes dá-me ganas de os meter a todos (aos senhores do trânsito, bem entendido ... bom, já agora, também aos senhores do espaço público e da iluminação em Lisboa) numa piñata (haverá tamanho XL?) e, tal como esta criança sul-americana, desatar à paulada ao manipanço a ver se nos deita alguns presentes de facto.

Não há pachorra para o que se passou na Semana da Mobilidade e no Dia Europeu sem Carros (aquele registo de feira-circo-comes e bebes, na Baixa, ou, outro exemplo, aquelas filas indianas na faixa central da Avenida, quando o que devia ter sido cortado ao trânsito deviam ter sido as laterais; ou os carros em cima de tudo quanto é passeio..), não há pachorra, mesmo.

Ainda ninguém entendeu que agir por agir não vale a pena, o que vale mesmo é a atitude e o exemplo; e esses nem num dia nem numa semana, quanto mais em 365 dias e 53 semanas. Acho que já não há remédio. A vida está é para os carros. Eles que votem, também.

Petição «Alguém acuda ao Salão Nobre do Conservatório!»



Assine e divulgue, s.f.f.

«Ministra foi de metro e autocarro ver anúncios às acções culturais...»


Enquanto os nossos governantes andarem de transporte público em regime de excepção, e «dia de festa», é escusado pensarmos que somos europeus.

Foto: Diário de Notícias (22/9/2007)

domingo, setembro 23, 2007

A MINHA LISBOA (33)

O velhinho Cine-Oriente, "O Piolho", a que já me referi nesta série. A fotografia é de João H. Goulart e está no Arquivo Municipal. Hoje, está lá um prédio de habitação imediatamente a seguir a uma estação dos CTT.

A MINHA LISBOA (32)

Nesta fotografia de Arnaldo Madureira, do Arquivo Municipal, vê-se a Rua Projectada à Av. General Roçadas, hoje R. Francisco Pedro Curado, que ladeia a Escola Nuno Gonçalves.

A MINHA LISBOA (31)


Nesta fotografia de Judah Benoliel, vê-se uma misteriosa construção que existia no cruzamento com a R. Castelo Branco Saraiva. Confesso a minha total ignorância sobre a sua função ou significado. Quem tiver informações seguras sobre a coisa que se apresente e faça o favor de elucidar, que a Gerência agradece.

A MINHA LISBOA (30)


Nesta fotografia de Vasco Gouveia de Figueiredo, do Arquivo Municipal, pode ver-se a antiga retrosaria do Sr. Luís e a velhinha padaria onde a minha mãe ia ao pão antes de ser eu a fazer o servicinho na padaria do Caminho de Baixo da Penha. Esta padaria contribuiu poderosamente para a curvatura do meu bem estar social, o mesmo é dizer para umas gordurinhas a mais que me caracterizavam na infância. Inesquecíveis as rochas e os bolos podres que lá comi.

A MINHA LISBOA (29)

Nesta fotografia de Artur Goulart, do Arquivo Municipal, vê-se o Caminho de Baixo da Penha de outro ângulo.

A MINHA LISBOA (28)

Nesta fotografia de Artur Goulart, do Arquivo Municipal, vê-se o Caminho de Baixo da Penha. Por aqui passei vezes sem conta, quer para ir comprar pão a uma padaria que existia a seguir à casa do lado direito, quer para aceder a Sapadores.

A MINHA LISBOA (27)


Nesta fotografia de Arnaldo Madureira, do Arquivo Municipal, vê-se o Alto da Eira a partir de terrenos baldios da Avenida General Roçadas. Hoje existem duas arrepiantes torres cor de tijolo nestes terrenos e um parque de estacionamento, bem como uma rua de ligação à Rua Frei Manuel do Cenáculo. As torres tiraram-me a vista do Tejo.

Como é gasto o nosso dinheiro - I

Já que tanto se fala, novamente, de e-gov, lembro que continua por atribuir um prémio que em tempos anunciei:
€50 ou 20 livros da colecção «VISÃO» para a primeira pessoa que, até às 24h de 31 de Dezembro de 2007, me mostrar esta maquineta a funcionar durante 5 minutos.
NOTA: este trambolho, que nem para ninho de pardais parece servir, pode ser apreciado na Av. de Roma, n.º1, em Lisboa, a dar um toque de high-tech ao edifício do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social...

Vai um passeio à Arrábida?


Eis um belíssimo programa de um grupo de lisboetas: uma iniciativa de associação de Lisboa: passeio na Arrábida, na zona de Palmela. É no dia 30 de Setembro. A Associação Sol e Anoitecer enviou-me um mail a pedir que divulgue esta «caminhada contra a obesidade». É referido que «este convite se estende a todos (Associações, Grupos Desportivos, Empresas, etc...) aqueles que se queiram solidarizar connosco nesta iniciativa que além de humanitária pode ser um dia diferente dos outros em virtude de ser passado num espaço muito lindo cheio de vegetação e moinhos de vento».
Serão 13 km de saúde, na Serra do Louro, Palmela. «Este passeio irá certamente ficar gravado na memória de quem participar nesta iniciativa. O caminho tortuoso no alto da serra, os odores inebriantes de orquídeas os caminhos ladeados de mato de urze, rosmaninho, amoras silvestres, carrascos, oliveiras centenárias. Ao longe até podemos ver um coelho a fugir assustado ou até mesmo uma raposa ou ginete. Mais adiante podemos observar Chibanes povoado habitado entre o sec. III e I A.C. que apresenta materiais vestígios de materiais do calcolítico e da idade do Ferro. Se olhar para Norte vê a Serra de Sintra, para sul a Serra dos Gaiteiros e o vale dos Barris, a Serra de S. Luís, o rio Sado. A norte, na nossa caminhada, podemos observar a Quinta do Anjo e as grutas, monumento funerário que remontam à Época do Neolítico Recente/Final. O regresso faz-se pela encosta sul, avistamos daí Alcube Serra de S. Francisco e aves de rapina».

Já agora: INSCRIÇÕES: na sede da Associação, Alameda da Estação n.º 32-B - 1600-878 Lisboa (junto do Centro Comercial Gemini).

E também o e-mail: soleanoitecer@iol.pt. É só clicar e enviar...

sexta-feira, setembro 21, 2007

Promessas arriscadas, compromissos falhados

(passadeira que ficou por pintar em Alvalade, no Bairro de São Miguel, junto à escola nº24)



Esta tentação de fazer promessas de grandes operações tem destas coisas. Falha-se!

O presidente da câmara de Lisboa deu início ao seu mandato com compromissos ambiciosos. Este tipo de promessas é habitual em períodos eleitorais onde a tentação de prometer tudo a todos é grande.

Observar a mesma atitude fora desses períodos pode ter uma de duas justificações: ou é uma forma populista de governar ou revela falta de conhecimento sobre a real capacidade de intervir e resolver problemas face às condições existentes e à vida da própria cidade.

Registei três desses grandes compromissos: renovar as passadeiras junto às escolas até ao início das aulas, limpar a cidade e acabar com o estacionamento em segunda fila e em cima do passeio.

Perante os grandes compromissos efectuados pelo presidente da câmara, não querendo antecipar o que logo me pareceu ser inevitável, esperei para confirmar a minha impressão. Infelizmente confirmou-se o que eu esperava. O Dr. António Costa falhou. Não cumpriu.

Quanto às passadeiras e sinalização das escolas é justo referir que houve grande intervenção. Mas logo dei conta de uma escola que terá sido esquecida (como revela a fotografia de uma passadeira por pintar junto à escola 24 do Bairro de São Miguel).

No que respeita à limpeza o falhanço é total. Não que a câmara não disponha de pessoal competente e organizado, mas passar a ter a cidade limpa de um dia para o outro, nas actuais circunstâncias, era o mesmo que dizer que os trabalhadores da câmara e os seus dirigentes andaram até agora a dormir (não creio que o Dr. António Costa cometa tal injustiça). A cidade está suja. Não é de hoje e não acabará amanhã. A mudança faz-se com fiscalização, punição e mudança de hábitos das pessoas. E isso demora. De um dia para o outro, quanto à limpeza da cidade, só mesmo uma grande acção de propaganda para fazer de conta que se está a fazer.

Finalmente o fim do estacionamento em segunda fila e em cima dos passeios que é das questões mais críticas na cidade. Por um lado o Dr. António Costa resolveu bem depressa o reforço da polícia municipal com mais 150 agentes da PSP, até porque isso sucederia fosse qual fosse o presidente da câmara pois foi um processo que tinha já muito tempo (algum até da responsabilidade do Dr. António Costa enquanto ministro). Por outro lado é preocupante se, na tentativa de cumprir mais esta promessa, a polícia municipal deixa de cumprir outras funções importantes na cidade. Na realidade o que se verifica é que, como num jogo do gato e do rato o estacionamento em segunda fila e nos passeios continua por todo o lado.

O problema deste tipo de promessas generalistas do género “acabar com a criminalidade” ou “acabar com as listas de espera nos hospitais”, acabar com isto ou com aquilo, resulta sempre em fracasso porque, por muito injusto que possa ser, há sempre uma pequena falha. Pior ainda é quando a falha não é só uma e não é pequena.

Este conjunto de promessas já serviu para muitos bonecos na televisão e muitas notícias simpáticas porque as medidas são de facto importantes. Mas quanto à sua real resolução dos problemas isso parece não ser a principal preocupação do Dr. António Costa.

Espera-se, a bem da cidade, que a gestão da câmara não continue a ser feita apenas de números mediáticos que têm o seu papel e também são importantes, mas que não chegam para resolver de facto os problemas. Terá sido apenas uma precipitação de início de mandato…


António Prôa

Desculpem, mas hoje só dá mesmo Odéon


O resto - pópós, passadeiras, caixotes do lixo, Tejo, cartazes, jornais pelo chão, corrupção, bastidores, planos de pormenor e pormenores dos planos, ...- pouco me importa, hoje.

A quem quiser saber, e ver: o Odéon completa hoje 80 anos ... e na Cinemateca exibe-se, pelas 19h, o filme mudo «A Viúva Alegre» (na foto), de Erich von Stroheim, que inaugurou aquele que ainda é o cinema mais bonito e carismático de Lisboa.

Que esta iniciativa contribua para trazer de volta o Odéon ao convívio dos lisboetas, é algo que todos esperamos ... aqui fica, att. de quem fala sistematicamente na «Baixa-Chiado»!

quinta-feira, setembro 20, 2007

(ainda) A ETAR de alcântara

Adaptação e completamento (completamento?!!) da ETAR de Alcântara

SIMTEJO

Poderão dar notícia destes objectivos? -

Orçada em 64,4 milhões de euros e com um prazo de conclusão previsto para 2009, a ETAR de Alcântara integra três vectores essenciais: a dotação de tratamento secundário, desodorização e integração paisagística, que vão permitir dar um grande passo para a melhoria da qualidade do meio receptor - o estuário do Tejo - e para a recuperação ambiental da zona ocidental e ribeirinha de Lisboa, em termos sanitários, ecológicos e estéticos.

Pois ...

Não custa perguntar.

Hoje Lisboa amanheceu ...

... , uma vez mais, com um cheiro nauseabundo

A ETAR de Alcântara

Embora de uma ingerência inqualificável, não posso deixar de me regozijar com este trecho:

É que a partir de 2008, os Estados em que funcionem ETAR em zonas urbanas com mais de dez mil habitantes sem tratamento secundário estarão sujeitos ao pagamento de multas, ao abrigo da directiva comunitária relativa ao tratamento de águas residuais urbanas.
Antevisão, 1933

quarta-feira, setembro 19, 2007

AFINAL, ERA VERDADE

"A Câmara Municipal de Lisboa aprovou hoje o loteamento dos terrenos do antigo Estádio de Alvalade com os votos do PS, dos movimentos independentes, os votos contra do PCP e PSD e a abstenção do Bloco de Esquerda.". Leio na Lusa esta novidade e chego à conclusão que a frase do cartaz, afinal, era verdadeira. O Zé estava mesmo a fazer falta. Ao PS e ao Sporting.
(publicado no Tomar Partido)

A MINHA LISBOA (26)

Fotografia da Escola Nuno Gonçalves (frontaria), de Artur Goulart, do Arquivo Municipal.

A MINHA LISBOA (25)

A Escola Nuno Gonçalves, numa fotografia de Judah Benoliel, do Arquivo Municipal. Aqui tirei o Ciclo Preparatório, como então se chamava, hoje 5º e 6º anos de escolaridade. Foi nos anos lectivos de 1971/1972 e 1972/1973. No primeiro dos anos a escola era só masculina, sendo que as raparigas estavam destinadas à Luísa de Gusmão, na Rua da Penha de França. No segundo ano que lá andei, a escola passou a ser mista, o que foi recebido com indisfarçável alegria pela população residente, mas obviamente com turmas só de rapazes e só de raparigas. Naqueles pátios rompi solas a jogar à bola com umas bolas de plástico que se compravam por dez ou quinze tostões na papelaria em frente à Escola. Naqueles pátios, nas férias, andei de bicicleta, gastando o tempo e o corpo nas então intermináveis férias grandes. Ali fui mobilizado, em 1972 para as comemorações do Dia da Raça, no Estádio Nacional, onde fiz uma ginástica, equipado a rigor, perante o Presidente da República de então. Ganhei uma bandeirinha verde e outra encarnada, que tive de agitar no mítico relvado em coreografia previamente ensaiada, e um lanche de pero e sandes. Ali dissequei sapos, ali percebi que seria um caso precoce de insucesso nas matemáticas e que tinha o vício dos livros e das letras. Memórias insubstituíveis. Depois, anos mais tarde, passei a exercer o democrático direito de voto, normalmente sem ganho de causa..., nas salas que antes frequentei como aluno.

A MINHA LISBOA (24)


Fotografia de Artur Inácio Bastos, do Arquivo Municipal. À esquerda, a Escola Nuno Gonçalves.

A MINHA LISBOA (23)

Nesta fotografia de Augusto José Fernandes, também do Arquivo Municipal, vê-se o viaduto da Av. General Roçadas a partir da Rua Cesário Verde. Felizmente hoje há muitas árvores por aqui.

A MINHA LISBOA (22)


Nesta fotografia do mesmo autor vê-se o viaduto da Avenida General Roçadas já em utilização.Reparem na folgueza do estacionamento automóvel. Carro aqui, carro ali. Um paraíso. Já destes velhinhos exemplares de autocarros da Carris me servi até à exaustão na década de oitenta, na célebre carreira dos hospitasi: o 30, que me levava de Sapadores até à Universidade Católica, na Calçada da Palma de Cima.

A MINHA LISBOA (21)

Esta fotografia dos baixos do viaduto da Av. General Roçadas, da autoria de Artur Goulart e que está no Arquivo Municipal, é uma verdadeira relíquia dos tempos. Quem fôr hoje a este sítio depara-se com uma larga Avenida, que inclui, além de muitos prédios de habitação, uma esquadra da PSP, localizada justamente do lado esquerdo. Onde vai o jogo da bola...

Não há almoços grátis ... pois não!


Socorro-me do célebre e polémico título de rubrica de César das Neves para me justificar pela recusa de um determinado almoço. É que, ainda que em representação de mim próprio, sempre me complicaram os «almoços grátis», mais a mais suportados em facturas a pagar pela CML ... sendo que, confesso, almoçar com este ou aquele comensal, que diabo, ainda depende da minha vontade.

Hilariante


A justificação de um responsável da ANTRAL, aos microfones da rádio! Qualquer coisa como: «Por causa dos radares que colocaram em Lisboa, estamos a perder muitos clientes, andamos muito devagar e os clientes antes preferem o Metro, porque chegam mais depressa ao destino».

(Foto: ANTRAL)

Salazarinha Nogueira Pinto

Maria José Nogueira Pinto tem boa imagem e boa imprensa, o que ajuda a disfarçar o facto de ser a salazarista mais assumida da política portuguesa.

Em primeiro lugar, vamos despachar uma falácia. Maria José Nogueira Pinto anunciou que enquanto comissária não-eleita para a Baixa-Chiado daria prioridade a expulsar as lojas chinesas da Baixa e concentrá-las numa Chinatown. Há gente que minimiza a questão dizendo que “os chineses não se importam”. Não sei em que dados se baseiam. Mas a pergunta aí passa a ser: o facto de uma comunidade se aceitar guetizar torna a guetização desejável? Imaginemos quais seriam as reacções se a comunidade em causa fosse, por exemplo, de muçulmanos. Que tal fazer uma IslamTown em Lisboa? Que diriam as mesmas pessoas que acusam os muçulmanos de não quererem “integrar-se”? Que os chineses podem mas os muçulmanos não?

A questão, acima de tudo, não é se as comunidades “querem” ou “não querem” viver em guetos. A questão é se os lisboetas querem guetos para a sua cidade. Ora, Lisboa já teve uma tradição de guetos. A Mouraria nasceu como gueto a partir de 1147: era o território fora das muralhas para onde os muçulmanos tinham de se dirigir após o pôr-do-Sol. Guetos de judeus foram dois: a “judiaria grande” e a “judiaria pequena”, que serviam para impedir que uma comunidade dinâmica e especializada comprasse boas casas (e boas lojas...) fora das fronteiras permitidas. A coisa acabou muito mal: foi por aquelas ruas que, em 1506, lisboetas cristãos massacraram seis mil dos seus concidadãos.

***

A leviandade com que Maria José Nogueira Pinto fala destas coisas é só aparente. Levianos são os que tratam o assunto como meras “provocações” da “Zezinha”. Por detrás está uma estratégia política e não é por acaso que ela já voltou a subir a parada. Numa entrevista ao último Expresso, declarou enfaticamente o seu voto em Salazar no concurso dos Grandes Portugueses – “claro!” –, derretendo-se em elogios ao ditador que “sabia mandar”, cumpriu “os objectivos que tinha” e “preservou aquilo que queria preservar”, para rematar afirmando aos jornalistas a sua paixão pela trilogia da ditadura. “Pode pôr: Deus, Pátria, Família”.

Para quem ainda ache que isto é só um acaso, lembre-se que Nogueira Pinto deixou como vereadora da CML um regulamento de bairro municipal a que os imigrantes estavam impedidos de concorrer. Porquê? Porque, como disse então Nogueira Pinto, “isto não é uma fruteira onde se possam meter bananas, maçãs e laranjas e dizer que está tudo bem“.

Maria José Nogueira Pinto tem boa imagem e boa imprensa, o que ajuda a disfarçar o facto de ser a salazarista mais assumida da política portuguesa. O problema é querer levar a imitação do seu ídolo ao ponto de querer mandar sem ter levado as suas ideias a votos.

Não há ingenuidade nem inexperiência política nestas declarações, mas uma questão muito séria de poder. A este jogo chama-se “esticar a corda” e o resultado é saber, como diria Salazar, “quem manda”. Maria José Nogueira Pinto quer a Baixa-Chiado para ela e, para começar, marca já as suas fronteiras forçando os limites da indecisão de António Costa. Se ele voltar atrás na decisão de a nomear, Nogueira Pinto fará o papel de vítima a que está acostumada: só no último ano já o desempenhou por três vezes. Se for nomeada, tem António Costa na mão e já deixou claro que ninguém lhe põe limites. Se for nomeada e não apresentar resultados, o que também vem sendo hábito, pode voltar ao seu desempenho na última vereação: arranjar uma desculpa qualquer e saltar fora.

Já vimos isto antes. É coincidência? Não: é o seu modus operandi. Há método nesta loucura

Rui Tavares
(In Público 19/9/2007)

... feita à maneira... Ah! Ah!


Prometer não custa: 2009 é já aí à esquina... E fazer? É já a seguir...
Quando o próprio António Costa anda a poupar ao tostão e a fazer o seu caeminho com base na limpeza, passeios de bicicleta pelas ruas que já existem etc., vem-me este agora e enche as linhas com novos percursos de imediato. Ninguém acredita, mas... A ver vamos. Mas lá que parece tudo uma grande falta de bom senso ou de honestdade política... lá isso parece. E dessa ninguém o safa. Se não, veja o que segue. (Mas lá que o BE dispõe de um bom gráfico para criar imagens densas, disso não há qualquer dúvida.)
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Sá Fernandes propõe 86 quilómetros de percursos ligando espaços... Destak - O vereador lisboeta dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, quer 86 quilómetros de percursos a ligar os espaços verdes da capital até 2009, ...
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Ou seja...
Ligar Monsanto ao Parque Eduardo VII e à Quinta da Granja, em Benfica, este último ao Parque Periférico, em Carnide ("hoje uma lixeira") e à Quinta das Conchas, no Lumiar, (...) Outra das ligações que pretende é entre o Campo Grande, a Mata de Alvalade e o campo de golfe da Belavista (...)Ao JN, Sá Fernandes disse que, até Dezembro, será possível dizer quais destes percursos vão avançar primeiro, mas garantiu que "no final de 2008 já haverá alguns deles prontos". O vereador admitiu que em todos eles há "pequenos problemas" - como o terreno não ser da Câmara ou conflitos de tráfego - mas mostrou-se confiante de que as dificuldades serão superadas. Garantiu também que a via ciclável à beira-rio, entre o Parque das Nações e Algés, está entre as prioridades do Executivo.
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O que pensam os ambientalistas?
"Ambicioso" foi como os ambientalistas classificaram o projecto. "Eu fazia as coisas mais devagar. Primeiro abria um percurso e consolidava-o, para então fazer outro", sugeriu Eugénio Sequeira, da Liga para a Protecção da Natureza, alertando para a importância de os percursos serem mantidos em condições. Opinião idêntica tem Manuel Verdugo, da Plataforma Por Monsanto, alertando para a necessidade destes trajectos serem ocupados e seguros. Carlos Costa, do Geota, teme a falta de "prioridades" e considerou alguns percursos "artificiais". "Não é assim que as pessoas circulam", disse.
Gina Pereira, JN
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... Como quem dissesse: «É já a seguir», pois então. E têm razão os ambientalistas. A minha mãe, na sua sabedoria popular, costuma dizer em casos destes: quando a esmola é grande, o pobre desconfia. Nós diríamos de outro modo mais frio: veresmos daqui a uns meses se isto não é tudo e só um processo demagógico que agora começa e se vai acelerar até à campanha eleitoral de 2009... Mas de pouco servirá: tal como aos pais da menina inglesa, é a imprensa que faz brilhar e é a imprensa que apaga algumas das estrelas... Todo o cuidado seria pouco.

terça-feira, setembro 18, 2007

A MINHA LISBOA (20)

Nesta fotografia de Armando Serôdio, que está no Arquivo Municipal, vê-se outra prespectiva dos acabamentos do viaduto, desta vez no respectivo tabuleiro, na Avenida General Roçadas.

A MINHA LISBOA (19)


Nesta fotografia de Judah Benoliel, que está no Arquivo Municipal vêem-se as obras de acabamento do viaduto da Avenida General Roçadas.

Em derredor do campo de tiro

A propósito deste post, ali ao lado, há um argumento que se me barra ao caminho sempre que tento convencer alguém da inevitabilidade de, mais cedo ou mais tarde, o campo de tiro ter que sair de Monsanto - não necessariamente o clube, mas sim o campo. É quando me dizem: «eles são muito poderosos», «neste momento eles já se mexeram ao mais alto nível», etc., etc. Não tanto pela ideia de fatalidade parva que a entoação transmite mas pelo pronome pessoal «eles», que, como se comprova pelos variados acontecimentos recentes, já devia ter sido substituído por «elas». Havê-las-á por lá?
A Secção Profissional de Estudos do Património da Sociedade de Geografia de Lisboa convida para:
Conferência do Ciclo Memória e Valor: Patrimónios Há Muitos
Mário Alves

“Civitas Pedestris: A Cidade a Pé”

-18 de Setembro às 18:00 -
Na sede de Sociedade de Geografia de Lisboa
(Rua das Portas de Santo Antão, 100)


Conferência integrada no Ciclo Memória e Valor: Patrimónios Há Muitos organizado pela Sociedade de Geografia de Lisboa
16 de Outubro de 2007
“A Propósito da Patrimonialização da Baixa Pombalina”
Profª. Joana Cunha Leal
(Continua até 11 de Março de 2008)
(Isabel G.)

segunda-feira, setembro 17, 2007

Dalai Lama recebido nos Paços do Concelho


Por outras palavras: you don't remember me, but I remember you very well, I gave you the keys to the city, versão II. Brincadeiras à parte, é de realçar aquilo que Marcelo ontem disse na RTP, anatomicamente falando, a propósito de Merkl: onde uns têm valores, outros têm interesses.

(fonte: CML)

Escapes e ratées à solta


Decorrido que está o Grande Prémio de Portugal de Motociclismo, que nos últimos 3 dias andou pela Beloura, perdão, Alcoitão, perdão, Alcabideche, perdão, Estoril, imagino as saudades que terão CR e JSF das corridinhas da Avenida de Roma, com boxes montadas em frente à Pastelaria Suprema, e tudo, lá pelos idos de 70.

Irresistível


Luís Coimbra

Início

Começo hoje a minha participação neste blog após convite do Paulo Ferrero a quem agradeço e aproveito para saudar pelo seu exemplo de cidadão interessado empenhado e exigente.

Não esqueço as responsabilidades autárquicas que detive na câmara de Lisboa até há pouco tempo. Sei até que muitas vezes farão questão de as relembrar. Tenho orgulho no que fiz, certo de que é sempre possível fazer mais e melhor. Aqui como lá estarei empenhado porque só sei estar assim.

Procurarei dar o meu contributo neste espaço de participação, sabendo que não agradarei a todos. Mas é essa a virtude da cidadania, a diversidade de opiniões permite que cada um possa tornar-se um cidadão mais informado, consciente e exigente.

Criticar, exigir, opinar, participar. É isso que aqui farei.


António Prôa

GLÓRIA AO ELEVADOR

(Elevador da Glória)

A Carris comemora 135 anos amanhã com o reinício do funcionamento do elevador da Glória e o reconhecimento de funcionários por 150 mil horas sem acidentes, afirmou o secretário-geral da empresa à Lusa. O segundo ascensor mais antigo de Lisboa (Glória) "irá recomeçar o transporte de passageiros dia 18 de Setembro, por volta das 10 horas", após uma paragem de mais de um ano, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e a distribuição de pastéis de nata, adiantou Luís Vale.