quinta-feira, outubro 16, 2008

A propósito da hipótese Santana:

Chegado por email:

«Exmos. Senhores


Não sou militante social-democrata mas nem por isso deixarei de dizer o que penso sobre o pré-anúncio de Santana Lopes como candidato do PSD a Lisboa em 2009, até porque o que me interessa é Lisboa, o futuro de Lisboa, e não propriamente as guerrinhas sujas intra-pardiárias, de um partido em que já votei por diversas vezes.

Ou seja, mais do que um anedota de 1 de Abril ou um gesto estapafúrdio da líder nacional do PSD, no que é um erro crasso de análise política de Manuela Ferreira Leite crendo que PSL ao perder (e se ganhasse, ainda maior seria o erro), será ... de vez e, portanto, deixará de incomodar definitivamente, ou seja, trata-se de um 'hara kiri' da líder a menos de um ano de triplas eleições, erro que é reconhecido por quase todos os que a elegeram enquanto tal, aliás, donde este pré-anúncio ser uma profunda decepção e a 'morte da artista'; esse pré-anúncio é, sobretudo, um péssimo destino para Lisboa, que assim se vê entre dois males incontornáveis:

Se PSL ganhar, isso significará o regresso dos escândalos, das trapalhadas, das argoladas várias,de mais e inevitáveis processos judiciais a médio-longo prazo, de mais ajustes directos milionários encapuzados de expediente legal, de mais campanhas milionárias sobre nada, de mais lóbis, de mais incompetência incontinente. Enfim, será o regresso ao circo em tempos que se pretendem sérios.

Se António Costa ganhar, e com PSL na corrida é natural que contra ele se consolide uma frente unida (incluindo obviamente os mil e um apoios do PSD que se recusam a crer no que vêem, do PSD que ainda pensa) e, por conseguinte, a vitória lhe seja relativamente fácil, a capital continuará a ter por mais 4 o que tem tido nestes 2 anos: um executivo para 'inglês ver', com um presidente que de facto o não é.

Seja como for, é triste, convenhamos.

Lisboa merecia melhor. E há melhor, esse é que é o problema. Há melhor no PSD. Muito melhor.

E, sobretudo, Lisboa merecia que Ferreira Leite a respeitasse e a não considerasse um caixote do lixo, para onde se joga aquilo que se quer deitar fora.


Atentamente

Alexandra Pacheco
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