terça-feira, dezembro 30, 2008
Novo Museu dos Coches, os pontos nos is:
Evidências:
1. O novo Museu dos Coches é uma obra do regime e, portanto, tremendamente difícil de parar, até porque a opinião pública portuguesa ainda vive sob aquela concepção, lamentável, de que 'se é do governo, não há nada a fazer'.
2. O novo Museu dos Coches, a seguir em frente, será um vitória assinalável de Santana Lopes e do lobby do cavalo lusitano; o que, não explicando o élan que o novo governo PS lhe deu, até ajuda a compreender a inexplicável manutenção do ministro néscio que há muito devia ter ido de 'patins'. Seja como for, a versão oficial do tempo de PSL enquanto Sec. Estado da Cultura não previa um novo edifício mas antes a adaptação das instalações da OGME a museu.
3. Enquanto houver Cavaco Silva em Belém não haverá cavalos no actual Museu dos Coches, até porque o PR está devidamente 'blindado' nos pareceres técnicos de finais de 90. Ou seja, não haverá picadeiro no actual museu.
4. A construção de um silo automóvel de 5 andares junto ao rio e à estação fluvial de Belém, com a justificação de que os 'milhões' de potenciais visitantes do futuro museu não de deslocarão de comboio, eléctrico ou autocarro, é um atentado à Frente Ribeirinha, à modernidade apregoada e, mais grave, à inteligência do comum dos mortais.
5. Há 10 anos, a CML emitiu uma recomendação para que as instalações das OGME fossem poupadas, pelo seu valor enquanto arquitectura industrial (será pobre, mas é a nossa...). Semelhante recomendação foi feita pelo Ministério da Defesa, quando 'passou' aquele equipamento à Sec. Estado da Cultura.
Três questões daí decorrentes:
1. Qual o futuro do edifício do actual museu? Será entregue à bicharada, que é como quem diz, às de operações de charme & catering dos aprendizes de iluministas dos tempos que correm?
2. Porque razão o Estado coloca à venda o Quartel do Conde de Lippe, na Calçada da Ajuda, e 'esquece-se' de lá colocar o picadeiro real?
3. Porque razão o Estado de hoje se está 'nas tintas' para o que o Estado de há 10 anos recomendava sobre a necessidade de preservar os pavilhões das OGME, ainda por cima estando lá instalados os serviços de Arqueologia ... que, inclusive, não sabem para onde irão?
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