sexta-feira, dezembro 12, 2008

O Cais das Colunas

Uma eternidade depois, será que é por fim? ..., as colunas voltaram ao cais!

Cais das Colunas volta ao Terreiro do Paço, 10 anos depois

O cais das colunas vai ser hoje reposto no Terreiro do Paço, em Lisboa, cerca de 10 anos depois de ter sido removido do local devido às obras de expansão do Metropolitano entre a Baixa-Chiado e Santa Apolónia.

A reposição será assinalada numa cerimónia organizada pelo Metropolitano de Lisboa, responsável pela obra, e presidida pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, que estará acompanhado da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.

O Cais das Colunas, local emblemático da cidade de Lisboa, situado na zona ribeirinha frontal à praça do Comércio, foi retirado do local no início de 1997 devido às obras de expansão da linha azul do Metropolitano de Lisboa entre a Baixa-Chiado e Santa Apolónia.

(...)
Claro que o oportunístico poder político tratou de ir inaugurar o Cais ... Mal sabem eles que o Cais já foi inaugurado.

O Cais das Colunas foi concluído no fim do século XVIII, aparecendo já numa gravura colorida de Noel e Wells – A view of the Praça do Commércio at Lisbon, datada de 1792.
As colunas caíram em finais do século XIX, tendo sido repostas apenas em 1929.
Ora, aí está um Cais de Colunas impermanente ...

4 comentários:

Anónimo disse...

(...) um Cais das Colunas numa fotografia 'ultra-passada' porque agora tem, a poucos metros da rampa, um molhe de pedregulhos a 'tapar' as manilhas de betão de uma majestática e digníssima cloaca!

mas, se as coisas são como são... também as gentes não destoam (já não falo dos políticos!) no que tudo isto tem de insólito, ou mais típico(!?) que envolve desde o traficante da R. Augusta aos pequenos escuteiros que correm pela praça: é que neste simples percurso, de contagiante afã comercial, a oferta vai desde a 'maconha', feita c/ sotaque tropical, às sucessivas e insistentes abordagens dos petizes a impingir-nos calendários...

afinal, não se será este o mesmo espírito(de Natal?)das bolas insufláveis da tmn?

AB

PS: nem tanto à terra, nem tanto ao mar...

Anónimo disse...

Palavra de honra que cada vez percebo menos.
Ora façam um exercicio mental comigo, oh tão inteligentes bloggers!
Se se faz , comenta-se, se não se faz comenta-se igualmente e sempre em tom displicente. Politicamente é-me indiferente, mas o Cais, o Cais é que interessa.
Que me importa a mim que corra porcaria no esgoto, que a cidade esteja suja, que os transeuntes não sejam o que eram noutros tempos...
O Cais não deixou de ser de Lisboa e foi devolvido à cidade e foi feito com muito trabalho e dedicação(isso garanto eu)e nem lisboeta sou.
O mundo mudou, senhores, os valores garantidamente tambem , mas a bela lingua de trapos portuguesa... essa sim permanece como nos bons velhos tempos.
TS

Anónimo disse...

(...) a mim, e certamente a qualquer pessoa que não esteja desprovida de sentidos(voluntária ou involuntariamente!) importa e muito.

«Talent de Bien Faire»

eis, talvez a máxima que nos falta, que também se poderia escrever em português - se todas as entidades, se todas as pessoas... quisessem?

PS: os discursos aquando da inauguração dispensam quaisquer comentários -é Portugal (i.e todos nós!)no seu melhor ;)

Anónimo disse...

TALENT DE BIEN FAIRE
«Talent de bien faire»: executar todos os actos da vida, e sobretudo todos os actos da Vida Superior, com a máxima perfeição (bien faire) e inteligência (talent).
FERNANDO PESSOA
(1888 — 1935)