Peões e motociclistas são dois terços das vítimas de acidentes em Lisboa-PUBLICO- 12.12.2008
Dois terços das vítimas mortais resultantes de acidentes em Lisboa, no ano passado, eram peões ou condutores de motociclos, dois dos principais grupos de risco identificados pela PSP em matéria de segurança rodoviária. Os dados revelados pelo subchefe da PSP António Lérias comprovam que os peões continuam a ser vulneráveis, mas os responsáveis da segurança rodoviária ontem presentes num seminário sobre este tema alertaram para a influência do ambiente urbano e do comportamento de peões e condutores, a nível da prevenção de acidentes.
A melhoria do ambiente rodoviário em meio urbano é precisamente um dos objectivos da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária para o período 2008-2015, adiantou o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Paulo Marques.
Este plano prevê também estudos sobre os regimes sancionatórios aplicáveis aos peões e condutores noutros países e a avaliação das condições necessárias para a fiscalização eficaz do comportamento dos peões.
"Os peões não precisam de ter carta para andar nos passeios e isso retira-lhes muita responsabilidade em termos de acidente", salientou o responsável da ANSR. "O peão não sente que está a cometer uma infracção e as forças de segurança não dão tanta atenção a estas matérias como dão a outros veículos", acrescentou.
Paulo Marques declarou que o Governo pretende lançar campanhas de sensibilização e actuar a nível de fiscalização, mas admitiu que "há um longo caminho a percorrer" em termos de mudança de mentalidades.
Em Lisboa, uma das cidades europeias que mais reduziu a sinistralidade nos últimos anos, 43 por cento das vítimas mortais registadas entre 2000 e 2006 eram pedestres. Os acidentes em Lisboa tiveram diminuição expressiva entre 2007 e 2008, passando de 11.520 para 7127, segundo António Lérias.
Mário Alves, assessor para a mobilidade da Câmara de Lisboa, destacou igualmente a redução do número de mortes de crianças, mas lembrou que parte desta estatística reflecte a diminuição da ocupação do espaço público, já que "as crianças estão cada vez mais fechadas em casa". Lusa
Dois terços das vítimas mortais resultantes de acidentes em Lisboa, no ano passado, eram peões ou condutores de motociclos, dois dos principais grupos de risco identificados pela PSP em matéria de segurança rodoviária. Os dados revelados pelo subchefe da PSP António Lérias comprovam que os peões continuam a ser vulneráveis, mas os responsáveis da segurança rodoviária ontem presentes num seminário sobre este tema alertaram para a influência do ambiente urbano e do comportamento de peões e condutores, a nível da prevenção de acidentes.
A melhoria do ambiente rodoviário em meio urbano é precisamente um dos objectivos da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária para o período 2008-2015, adiantou o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Paulo Marques.
Este plano prevê também estudos sobre os regimes sancionatórios aplicáveis aos peões e condutores noutros países e a avaliação das condições necessárias para a fiscalização eficaz do comportamento dos peões.
"Os peões não precisam de ter carta para andar nos passeios e isso retira-lhes muita responsabilidade em termos de acidente", salientou o responsável da ANSR. "O peão não sente que está a cometer uma infracção e as forças de segurança não dão tanta atenção a estas matérias como dão a outros veículos", acrescentou.
Paulo Marques declarou que o Governo pretende lançar campanhas de sensibilização e actuar a nível de fiscalização, mas admitiu que "há um longo caminho a percorrer" em termos de mudança de mentalidades.
Em Lisboa, uma das cidades europeias que mais reduziu a sinistralidade nos últimos anos, 43 por cento das vítimas mortais registadas entre 2000 e 2006 eram pedestres. Os acidentes em Lisboa tiveram diminuição expressiva entre 2007 e 2008, passando de 11.520 para 7127, segundo António Lérias.
Mário Alves, assessor para a mobilidade da Câmara de Lisboa, destacou igualmente a redução do número de mortes de crianças, mas lembrou que parte desta estatística reflecte a diminuição da ocupação do espaço público, já que "as crianças estão cada vez mais fechadas em casa". Lusa
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7127 acidentes foram já registados em Lisboa no corrente ano, contra 11.520 contabilizados em todo o ano de 2007
7127 acidentes foram já registados em Lisboa no corrente ano, contra 11.520 contabilizados em todo o ano de 2007
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COMENTÁRIO DE UM LEITOR:
1 Comentário Anónimo disse...
Desculpem lá, será que o sr. Lérias disse mesmo "Os peões não precisam de ter carta para andar nos passeios e isso retira-lhes muita responsabilidade em termos de acidente"?
Que me pareça, peões atropelados NOS PASSEIOS não terão certamente "responsabilidade em termos de acidente", mas se calhar estou a ver mal. Os passeios estão cheios de carros, deve ser isso.
12/12/08 17:30
12/12/08 17:30
5 comentários:
Desculpem lá, será que o sr. Lérias disse mesmo "Os peões não precisam de ter carta para andar nos passeios e isso retira-lhes muita responsabilidade em termos de acidente"?
Que me pareça, peões atropelados NOS PASSEIOS não terão certamente "responsabilidade em termos de acidente", mas se calhar estou a ver mal. Os passeios estão cheios de carros, deve ser isso.
Involuntariamente, chamei Lérias a Marques.
Possivelmente, isso deveu-se a ele ter vindo com manifestas lérias.
Impressionante que a ANSR tenha alguém deste calibre à sua frente. Fico cheio de curiosidade para saber o resultado desse estudo sobre as sanções aplicadas noutros países..
O sr Marques certamente deixará de pôr as culpas nos peões mal se dê ao trabalho de estudar o assunto.
http://menos1carro.blogs.sapo.pt/73238.html
http://menos1carro.blogs.sapo.pt/73697.html
http://menos1carro.blogs.sapo.pt/74425.html
Miguel,
Ainda estou baralhada. Não atinjo, pronto. Que posso fazer?
Isabel, eu não fui muito claro, não.
Por muito incumprimento que possa haver por parte dos peões, acho que focar nesse aspecto é como olhar para o dedo em vez de olhar para a lua.
Há tanta regulação, desenho urbano, comportamento dos condutores, comportamento das autoridades, etc... injustos para os peões, que acho que o Paulo Marques deveria estudar melhor o assunto antes de mandar este tipo de bocas.
Os links têm exemplos curiosos da legislação na Alemanha, que mostram exactamente o que eu queria dizer.
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