É por este tipo de declarações, feitas por pessoas que ocupam cargos públicos, que o País encontra-se no pântano em que se encontra.
(Obrigada ao Carlos Loureiro pela dica)
Estamos perante uma mentalidadezinha saloia, uma mentalidade constantemente subjugada a um pseudo poder; um poder vazio, fátuo e absolutamente transitório.
Diz a vereadora em questão e o presidente da autarquia lisboeta, que a arrendatária da habitação de há 20 anos a esta parte, propriedade do município lisboeta: "não queria ser senhoria de si própria"!! O presidente da autarquia concorda com os termos ...
Senhoria de si própria ...
Vai desculpar o desabafo, mas tal presunção é de uma desfaçatez sem limites.
Então a Sra. é agora dona e proprietária da CML ou do património autárquico?!!
Só porque está a desempenhar funções de vereadora da habitação do município?!!
Este país está a ser governado em todas as instâncias, e sim esta é a regra, por pessoas que ostentam este tipo de mentalidade, de postura, e de declarações.
Vivem num limbo só deles em que imaginam que a coisa pública que devem gerir e acautelar, lhes pertence, i.e., que é propriedade sua ...
Sic Transit Gloria Mundi
terça-feira, setembro 30, 2008
Chegado por email:
E a propósito do meu post anterior:
«A propósito da sessão que irá decorrer, "Place Making: Creating Great Cities" , mostro aqui um excelente quadro do PPS que resume "What makes a great place?".
Aprendi muito com este Programa e na estratégia inglesa "Towards an Urban Renaissance" , desenvolvida pela "Urban Task Force " liderada por Sir Richard Rogers : " Making cities work for all their citizens, rich and poor, is the challenge of the urbanized millennium. With better education and both fiscal and legal commitment,all this can be ours".
Este sessão do dia 1 de Outubro será uma lufada de ar fresco e que ele entre rapidamente nas janelas dos nossos decisores políticos que continuam obstinadamente a mastigar ideias e conceitos datados.
MTG»
«A propósito da sessão que irá decorrer, "Place Making: Creating Great Cities" , mostro aqui um excelente quadro do PPS que resume "What makes a great place?".
Aprendi muito com este Programa e na estratégia inglesa "Towards an Urban Renaissance" , desenvolvida pela "Urban Task Force " liderada por Sir Richard Rogers : " Making cities work for all their citizens, rich and poor, is the challenge of the urbanized millennium. With better education and both fiscal and legal commitment,all this can be ours".
Este sessão do dia 1 de Outubro será uma lufada de ar fresco e que ele entre rapidamente nas janelas dos nossos decisores políticos que continuam obstinadamente a mastigar ideias e conceitos datados.
MTG»
Abanar a placidez do lago!
Vai por aí um pequeno grande sururu relativamente à habitação camarária e, por consequência, ao património habitacional da CML, respectivas regras de atribuição e a quem devem ser atribuídas.
Ora, temos nesta casa, um ilustre escritor que tem sido invectivado consecutivamente por lhe ter sido atribuída uma habitação pela CML.
No meu entender não devemos ter tabus, pessoalmente gosto de desmitificar os pequenos sururus que só visam amesquinhar os demais.
Analisando:
1 - A CML não sabe, nem sequer tem a mínima ideia, de qual é o seu património imobiliário.
2 - O património imobiliário da CML está entregue aos serviços camarários; serviços esses que põe e dispõe a seu bel prazer do património inventariado e, daquele outro que não se encontrado inventariado, por portas e travessas é destes conhecido e disposto como bem entendem.
3 - Os serviços são inaptos, incapazes, inconsequentes, peculários e irresponsáveis - não prestam contas perante ninguém, não são despedidos, não são levados perante a Justiça (são os serviços que devem ser investigados).
4 - A CML é a maior proprietária imobiliária de Lisboa.
5 - A maior proprietária imobiliária de Lisboa, é ao mesmo tempo, aquela que tem o património imobiliário mais degradado, porque não providencia as obras de conservação, recuperação ou remodelação necessárias.
Se virem um edifício degradado, pensem primeiro em que o mesmo pertença à CML, e depois perguntem quem é o proprietário.
Poucas vezes se irão enganar ...!
6 - As regras, se é que existem regras, de atribuição de habitação são cavernícolas.
A regras básica não deveria ser a da insuficiência económica, mas sim, a do interesse no arrendamento.
Com tanto património imobiliário, a CML não tem que andar a fazer figura de boazinha, seguindo-se as situações lamentáveis e lastimáveis que se vão assistindo, inclusive, a processos de investigação pela PJ e Min. Público.
7 - Antes do glorioso 25, quem quisesse arrendar habitação à CML poderia fazê-lo sem que estivesse subjacente essa ridícula regra da insuficiência.
Tinha que ser pessoa de bem, educada, com capacidade para interagir em sociedade, responsabilizar-se e promover a conservação do imóvel.
Hoje é o oposto.
A habitação que está a ser arrendada, é a pessoas que não preenchem os mínimos exigíveis.
8 - A CML tem, de facto, de alterar toda uma mentalidade, postura e regulação, no tocante ao património habitacional, e não só, da autarquia lisboeta, a saber:
- colocar os serviços na ordem;
- fazer uma correcta selecção dos arrendatários, não com base em insuficiência económica, mas no interesse no arrendamento;
- regulamentar a conduta da habitação pelo arrendatário (desqualificados, não são permitidos);
- inventariar TODO o património imóbiliário;
- tendo em conta que o património está degradado, optar por uma das soluções: proceder a obras de conservação, restauro ou remodelação (considerando que a autarquia não tem capacidade financeira ...) ou efectuar a alienação, primeiramente aos arrendatários, posteriormente a particulares singulares que se mostrem interessados em adquirir uma habitação.
Já no tocante ao nosso escritor, não sei porque tanto gritam as virgenzinhas ofendidas ... só pode ser dor de ... cotovelo.
Ora, temos nesta casa, um ilustre escritor que tem sido invectivado consecutivamente por lhe ter sido atribuída uma habitação pela CML.
No meu entender não devemos ter tabus, pessoalmente gosto de desmitificar os pequenos sururus que só visam amesquinhar os demais.
Analisando:
1 - A CML não sabe, nem sequer tem a mínima ideia, de qual é o seu património imobiliário.
2 - O património imobiliário da CML está entregue aos serviços camarários; serviços esses que põe e dispõe a seu bel prazer do património inventariado e, daquele outro que não se encontrado inventariado, por portas e travessas é destes conhecido e disposto como bem entendem.
3 - Os serviços são inaptos, incapazes, inconsequentes, peculários e irresponsáveis - não prestam contas perante ninguém, não são despedidos, não são levados perante a Justiça (são os serviços que devem ser investigados).
4 - A CML é a maior proprietária imobiliária de Lisboa.
5 - A maior proprietária imobiliária de Lisboa, é ao mesmo tempo, aquela que tem o património imobiliário mais degradado, porque não providencia as obras de conservação, recuperação ou remodelação necessárias.
Se virem um edifício degradado, pensem primeiro em que o mesmo pertença à CML, e depois perguntem quem é o proprietário.
Poucas vezes se irão enganar ...!
6 - As regras, se é que existem regras, de atribuição de habitação são cavernícolas.
A regras básica não deveria ser a da insuficiência económica, mas sim, a do interesse no arrendamento.
Com tanto património imobiliário, a CML não tem que andar a fazer figura de boazinha, seguindo-se as situações lamentáveis e lastimáveis que se vão assistindo, inclusive, a processos de investigação pela PJ e Min. Público.
7 - Antes do glorioso 25, quem quisesse arrendar habitação à CML poderia fazê-lo sem que estivesse subjacente essa ridícula regra da insuficiência.
Tinha que ser pessoa de bem, educada, com capacidade para interagir em sociedade, responsabilizar-se e promover a conservação do imóvel.
Hoje é o oposto.
A habitação que está a ser arrendada, é a pessoas que não preenchem os mínimos exigíveis.
8 - A CML tem, de facto, de alterar toda uma mentalidade, postura e regulação, no tocante ao património habitacional, e não só, da autarquia lisboeta, a saber:
- colocar os serviços na ordem;
- fazer uma correcta selecção dos arrendatários, não com base em insuficiência económica, mas no interesse no arrendamento;
- regulamentar a conduta da habitação pelo arrendatário (desqualificados, não são permitidos);
- inventariar TODO o património imóbiliário;
- tendo em conta que o património está degradado, optar por uma das soluções: proceder a obras de conservação, restauro ou remodelação (considerando que a autarquia não tem capacidade financeira ...) ou efectuar a alienação, primeiramente aos arrendatários, posteriormente a particulares singulares que se mostrem interessados em adquirir uma habitação.
Já no tocante ao nosso escritor, não sei porque tanto gritam as virgenzinhas ofendidas ... só pode ser dor de ... cotovelo.
Ainda, o Jornal de Lisboa
Escrevi em finais de Fevereiro, deste ano, sobre o Jornal de Lisboa, um jornal gratuito sobre questões directamente relacionadas com Lisboa.
Na altura contactei o seu Editor e proprietário, Francisco Morais Barros, que acabou por, dias mais tarde, fazer a gentileza de responder, mas fê-lo na caixa de comentários, tendo-me passado despercebido!
Publico hoje, com as minhas desculpas, a resposta que deu então:
Na altura contactei o seu Editor e proprietário, Francisco Morais Barros, que acabou por, dias mais tarde, fazer a gentileza de responder, mas fê-lo na caixa de comentários, tendo-me passado despercebido!
Publico hoje, com as minhas desculpas, a resposta que deu então:
Cara Margarida Pardal e "posters" habituais do Carmo e Trindade,
O JORNAL DE LISBOA destina-se essencialmente a divulgar a vida de Lisboa aos Lisboetas, revelando-lhes uma vertente da cidade que tem caído no esquecimento, que é a dimensão da Freguesia. Portanto, o JORNAL DE LISBOA tem como objectivo dar a conhecer aos fregueses de toda a Lisboa a vida da sua e das restantes freguesias.
Por outro lado, o JORNAL DE LISBOA pretende ser um palco de opinião livre e enriquecedora para os Leitores e para Lisboa, como, aliás, se pode constactar pelo leque de Colunistas com que o JORNAL DE LISBOA se orgulha de poder contar.
O mérito dos projectos editoriais verificam-se pela adesão do público e pela credibilidade que transmitem. É essa a medida dos nossos padrões.
Cara Margarida Pardal, obrigado por me ter dado a oportunidade de aclarar a essência do JORNAL DE LISBOA.
Francisco Morais Barros
Ponto de Encontro "Place Making: Creating Great Cities"
Ponto de Encontro – 1 de Outubro (SESSÃO EM INGLÊS)
Tema: "Place Making: Creating Great Cities"
Oradores: Cynthia Nikitin (Project for Public Spaces, EUA) | Mário Alves
Local: CIUL - Centro de Informação Urbana de Lisboa - Picoas Plaza - Rua do Viriato, 13, Núcleo 6-E1º
Como chegar? O CIUL fica situado no Centro Comercial Picoas Plaza, na R. do Viriato, 13 (R. das instalações do Jornal Público). O mapa localiza o Centro Comercial. Dentro do Centro Comercial há uma praça interior ao ar livre onde se situa a zona de refeições. O CIUL fica no 1º andar.
Horário: 17h30 às 19h30
Tema: "Place Making: Creating Great Cities"
Oradores: Cynthia Nikitin (Project for Public Spaces, EUA) | Mário Alves
Local: CIUL - Centro de Informação Urbana de Lisboa - Picoas Plaza - Rua do Viriato, 13, Núcleo 6-E1º
Como chegar? O CIUL fica situado no Centro Comercial Picoas Plaza, na R. do Viriato, 13 (R. das instalações do Jornal Público). O mapa localiza o Centro Comercial. Dentro do Centro Comercial há uma praça interior ao ar livre onde se situa a zona de refeições. O CIUL fica no 1º andar.
Horário: 17h30 às 19h30
sábado, setembro 27, 2008
Piscina Municipal da Boavista está há três anos pronta mas nunca abriu ao público
"Piscina Municipal da Boavista está há três anos pronta mas nunca abriu ao público-PÚBLICO-27.09.2008, Ana Nunes
À semelhança do que acontece com a Piscina do Alvito, em Alcântara, o equipamento nunca chegou a ser estreado, mas a autarquia já anunciou que a abertura será no próximo mês
A Piscina Municipal do Bairro da Boavista, em Lisboa, cuja construção está concluída há três anos, encontra-se ainda encerrada ao público. A situação é "grave", descreve o vereador Pedro Feist (Movimento Cidadãos com Carmona), pois o equipamento encontra-se "em degradação" sendo alvo de "vandalismo", facto confirmado pelo departamento de desporto da câmara. Não sendo situação nova na capital, este caso junta-se ao da Piscina Municipal do Alvito, em Alcântara, também pronta, mas encerrada. Há agora uma diferença entre ambos: a câmara anunciou que a piscina da Boavista deverá abrir no próximo mês.
No local, a degradação é visível: há portas e vidros partidos, caixilhos retirados. Segundo a autarquia, "há danos estruturais importantes que impossibilitam o bom funcionamento do equipamento". Porém, o presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Domingos Pires, diz ter "uma informação recente" de que a Câmara de Lisboa já terá uma solução para a Piscina da Boavista, e que os serviços camarários confirmaram ao PÚBLICO, segundo a qual o equipamento abrirá no próximo mês, sendo que "ainda se aguarda pela reparação de algumas estruturas", mas que "não comprometem a sua abertura".
Processo controverso
"A piscina foi construída após um processo bastante controverso, e ainda durante a fase de projecto", adianta a autarquia. O plano inicial, do departamento de desporto, não contemplou a cobertura da piscina, sendo retomado pela Direcção Municipal de Projectos e Obras, que o concluiu e lançou a obra.
As dificuldades não ficaram por aqui e, após a recepção provisória do equipamento, em 2006 e depois de 900 mil euros gastos, verificaram-se lacunas nas obras, "umas por não estarem contempladas no projecto, outras por estarem erradas". Situações como a não existência de ramais de comunicações e circulações não permitidas entre o pavilhão e a piscina, explica a autarquia. De acordo com a edilidade, o processo de resolução dos problemas decorreu até Maio de 2008 devido "às dificuldades em responsabilizar o empreiteiro".
Opinião contrária é a de Pedro Feist. Para o vereador, que ao tempo dos factos tinha o pelouro do Desporto, "o problema colocou-se na gestão do equipamento" que deveria ter sido entregue à gestão de dois clubes do bairro - o Social e os Águias - aos quais foi sugerida uma fusão que nunca chegou a realizar-se. "Foi feita uma sede conjunta para estes clubes, mas como não se fundiram ficaram sem a gestão de todo o equipamento, que inclui a piscina, o complexo desportivo e um campo de futebol", diz Feist.
Para o vereador, o impasse deverá ter durado "três anos". E sendo aquele um "bairro problemático", foi tomada a decisão de dar o nome de Maniche ao complexo, "um filho da terra, de modo a que fosse o sentimento a fazer com que o local fosse protegido do vandalismo". O que não resultou. O passo seguinte foi sugerir uma empresa municipal de gestão, o que ficou "em águas de bacalhau", lamenta o vereador.
A autarquia diz que a piscina está abrangida pelo Programa de Apoio à Natação da autarquia, o qual "contempla a possibilidade de ser atribuída a gestão do plano de água a instituições do movimento associativo que apresentem projectos de desenvolvimento da natação em instalações desportivas municipais". De acordo com o departamento de desporto, "decorrem negociações com um grande clube de natação da área envolvente, no sentido de estabelecer as bases de um protocolo que permita a gestão desportiva da piscina. "
À semelhança do que acontece com a Piscina do Alvito, em Alcântara, o equipamento nunca chegou a ser estreado, mas a autarquia já anunciou que a abertura será no próximo mês
A Piscina Municipal do Bairro da Boavista, em Lisboa, cuja construção está concluída há três anos, encontra-se ainda encerrada ao público. A situação é "grave", descreve o vereador Pedro Feist (Movimento Cidadãos com Carmona), pois o equipamento encontra-se "em degradação" sendo alvo de "vandalismo", facto confirmado pelo departamento de desporto da câmara. Não sendo situação nova na capital, este caso junta-se ao da Piscina Municipal do Alvito, em Alcântara, também pronta, mas encerrada. Há agora uma diferença entre ambos: a câmara anunciou que a piscina da Boavista deverá abrir no próximo mês.
No local, a degradação é visível: há portas e vidros partidos, caixilhos retirados. Segundo a autarquia, "há danos estruturais importantes que impossibilitam o bom funcionamento do equipamento". Porém, o presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Domingos Pires, diz ter "uma informação recente" de que a Câmara de Lisboa já terá uma solução para a Piscina da Boavista, e que os serviços camarários confirmaram ao PÚBLICO, segundo a qual o equipamento abrirá no próximo mês, sendo que "ainda se aguarda pela reparação de algumas estruturas", mas que "não comprometem a sua abertura".
Processo controverso
"A piscina foi construída após um processo bastante controverso, e ainda durante a fase de projecto", adianta a autarquia. O plano inicial, do departamento de desporto, não contemplou a cobertura da piscina, sendo retomado pela Direcção Municipal de Projectos e Obras, que o concluiu e lançou a obra.
As dificuldades não ficaram por aqui e, após a recepção provisória do equipamento, em 2006 e depois de 900 mil euros gastos, verificaram-se lacunas nas obras, "umas por não estarem contempladas no projecto, outras por estarem erradas". Situações como a não existência de ramais de comunicações e circulações não permitidas entre o pavilhão e a piscina, explica a autarquia. De acordo com a edilidade, o processo de resolução dos problemas decorreu até Maio de 2008 devido "às dificuldades em responsabilizar o empreiteiro".
Opinião contrária é a de Pedro Feist. Para o vereador, que ao tempo dos factos tinha o pelouro do Desporto, "o problema colocou-se na gestão do equipamento" que deveria ter sido entregue à gestão de dois clubes do bairro - o Social e os Águias - aos quais foi sugerida uma fusão que nunca chegou a realizar-se. "Foi feita uma sede conjunta para estes clubes, mas como não se fundiram ficaram sem a gestão de todo o equipamento, que inclui a piscina, o complexo desportivo e um campo de futebol", diz Feist.
Para o vereador, o impasse deverá ter durado "três anos". E sendo aquele um "bairro problemático", foi tomada a decisão de dar o nome de Maniche ao complexo, "um filho da terra, de modo a que fosse o sentimento a fazer com que o local fosse protegido do vandalismo". O que não resultou. O passo seguinte foi sugerir uma empresa municipal de gestão, o que ficou "em águas de bacalhau", lamenta o vereador.
A autarquia diz que a piscina está abrangida pelo Programa de Apoio à Natação da autarquia, o qual "contempla a possibilidade de ser atribuída a gestão do plano de água a instituições do movimento associativo que apresentem projectos de desenvolvimento da natação em instalações desportivas municipais". De acordo com o departamento de desporto, "decorrem negociações com um grande clube de natação da área envolvente, no sentido de estabelecer as bases de um protocolo que permita a gestão desportiva da piscina. "
Falta de condições de segurança obriga ao encerramento da Igreja de São Vicente de Fora
"Falta de condições de segurança obriga ao encerramento da Igreja de São Vicente de Fora
27.09.2008 - 10h46 Lusa
A Igreja de São Vicente de Fora, um dos monumentos nacionais da capital, está fechada ao público desde o início de Agosto por falta de condições de segurança, devido a violentas quedas de estuque e argamassa no interior.
No chão da igreja foram recolhidos destroços com mais de um quilo, resultantes do desprendimento de blocos de estuque, argamassa e fragmentos de tijoleira de uma altura de cerca de 20 metros, segundo informação da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRCLVT).
O impacto de uma das derrocadas foi tal que um dos blocos, ao cair, partiu um banco e furou o chão de madeira do altar.
Segundo a DRCLVT, as quedas de estuque ocorreram a 26 e 30 de Julho, verificando-se outra na primeira semana de Setembro. O material desprendido espalhou-se pelo Altar Mor e Coro Baixo. "Os danos verificaram-se em quadros brancos, no pavimento de madeira e na aparelhagem de som. Além disso foi-nos comunicado um ferimento numa colaboradora da Igreja", afirma a DRCLVT numa resposta escrita à Lusa.
Na sequência dos acontecimentos, a DRCLVT solicitou formalmente a 31 de Julho o encerramento do templo, cedido à Igreja para o culto.
A igreja apresenta várias infiltrações, devido ao estado em que se encontra a cobertura, o que originou as derrocadas.
Não é possível prever quando poderão ocorrer novas derrocadas, pelo que a utilização do espaço representa "riscos para pessoas e bens".
Não há previsão de reabertura, mas a Direcção Regional de Cultura apresentou, a 13 de Agosto, uma proposta de intervenção que aguarda apreciação por parte do Patriarcado. A metodologia de intervenção proposta prevê "medidas imediatas" de acautelamento de segurança para efeitos funcionais, estudos e projectos para reabilitação estrutural, projecto de conservação e obras, tanto no interior como no exterior.
"A Igreja só poderá ser reaberta após acauteladas as condições de segurança", diz a DRCLVT.
O templo centenário, dedicado ao padroeiro de Lisboa, era utilizado para cerimónias em que chegavam a participar mais de mil pessoas, sendo também muito procurado pelos turistas e escolas de todo o país para visitas de estudo.
A igreja, cuja construção começou em 1582, foi edificada no local onde D. Afonso Henriques tinha mandado construir um primeiro templo também em honra de São Vicente. (...)"
27.09.2008 - 10h46 Lusa
A Igreja de São Vicente de Fora, um dos monumentos nacionais da capital, está fechada ao público desde o início de Agosto por falta de condições de segurança, devido a violentas quedas de estuque e argamassa no interior.
No chão da igreja foram recolhidos destroços com mais de um quilo, resultantes do desprendimento de blocos de estuque, argamassa e fragmentos de tijoleira de uma altura de cerca de 20 metros, segundo informação da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRCLVT).
O impacto de uma das derrocadas foi tal que um dos blocos, ao cair, partiu um banco e furou o chão de madeira do altar.
Segundo a DRCLVT, as quedas de estuque ocorreram a 26 e 30 de Julho, verificando-se outra na primeira semana de Setembro. O material desprendido espalhou-se pelo Altar Mor e Coro Baixo. "Os danos verificaram-se em quadros brancos, no pavimento de madeira e na aparelhagem de som. Além disso foi-nos comunicado um ferimento numa colaboradora da Igreja", afirma a DRCLVT numa resposta escrita à Lusa.
Na sequência dos acontecimentos, a DRCLVT solicitou formalmente a 31 de Julho o encerramento do templo, cedido à Igreja para o culto.
A igreja apresenta várias infiltrações, devido ao estado em que se encontra a cobertura, o que originou as derrocadas.
Não é possível prever quando poderão ocorrer novas derrocadas, pelo que a utilização do espaço representa "riscos para pessoas e bens".
Não há previsão de reabertura, mas a Direcção Regional de Cultura apresentou, a 13 de Agosto, uma proposta de intervenção que aguarda apreciação por parte do Patriarcado. A metodologia de intervenção proposta prevê "medidas imediatas" de acautelamento de segurança para efeitos funcionais, estudos e projectos para reabilitação estrutural, projecto de conservação e obras, tanto no interior como no exterior.
"A Igreja só poderá ser reaberta após acauteladas as condições de segurança", diz a DRCLVT.
O templo centenário, dedicado ao padroeiro de Lisboa, era utilizado para cerimónias em que chegavam a participar mais de mil pessoas, sendo também muito procurado pelos turistas e escolas de todo o país para visitas de estudo.
A igreja, cuja construção começou em 1582, foi edificada no local onde D. Afonso Henriques tinha mandado construir um primeiro templo também em honra de São Vicente. (...)"
sexta-feira, setembro 26, 2008
quinta-feira, setembro 25, 2008
Lisboa: autarquia lança operação para evitar estacionamento abusivo em dias de jogo
"Parques gratuitos e mais transportes públicos são algumas das medidas
Lisboa: autarquia lança operação para evitar estacionamento abusivo em dias de jogo
25.09.2008 - 18h15 Lusa
Lisboa: autarquia lança operação para evitar estacionamento abusivo em dias de jogo
25.09.2008 - 18h15 Lusa
Dias antes do “derby” entre Benfica e Sporting, que antecede outros grandes embates nos dois maiores estádios da cidade, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) anunciou hoje um conjunto de medidas para evitar o estacionamento abusivo em dias de jogos.
No sábado, o Benfica recebe o Sporting, um jogo que promete casa cheia no Estádio da Luz, seguindo-se na semana seguinte o Sporting-Basileia (Liga dos Campeões), o Benfica-Nápoles (Taça UEFA) e o Sporting-FC Porto (Liga), uma situação considerada pela autarquia como oportuna para pôr em prática um novo modelo.
A operação, que inclui a Polícia de Segurança Pública (PSP), o Metro, a Carris, a EMEL e a Emparque, visa melhorar o tráfego e estacionamento em dias de jogo, nas áreas contíguas aos estádios da Luz e de Alvalade.
No plano prevê-se o acesso gratuito a parques de estacionamento, o reforço dos transportes públicos, a colocação de barreiras físicas ao estacionamento, a sinalização para possibilitar a autuação e a protecção das zonas envolventes.
Marques Perestrelo, vice-presidente da autarquia, explicou que haverá um reforço nas carreiras 767 e 750 da Carris, que servem as zonas dos estádios, enquanto o metropolitano funcionará na sua frequência máxima para dias de jogos.
Para prevenir o estacionamento abusivo em redor dos estádios e nas zonas residenciais adjacentes, a EMEL vai abrir gratuitamente os seus parques junto às estações de metro das Laranjeiras, Parque, Entrecampos, Cidade Universitária e Areeiro. A autarquia chegou também a acordo com a Emparque, que criou uma tarifa especial de dois euros por seis horas de estacionamento nos parques do Marquês de Pombal e Alameda.
O autarca sublinha que se cria, assim, uma “alternativa séria” aos adeptos de futebol, uma vez que estão em causa parques de grande capacidade, sempre situados junto ao metropolitano.
“Só estes lugares significam uma oferta de três mil lugares de estacionamento e se considerarmos que no jogo Benfica-FC Porto, de grande afluência, foram contados cerca de seis carros estacionados irregularmente", referiu ainda.
Mas nas zonas adjacentes serão também adoptadas medidas dissuasoras do mau estacionamento, como a colocação de pilaretes e a subida de lancis nas zonas verdes junto à Segunda Circular, explicou a subintendente da PSP Florbela Carrilho, que promete também uma maior atenção dos agentes às situações irregulares.
O novo esquema mereceu os elogios do presidente da CML, António Costa, que enalteceu a operação e a melhoria na oferta de transportes e acessibilidade aos parques de estacionamento, prometendo que ele próprio irá de transportes ao jogo de sábado.
“Temos boas condições para esta operação e este é o momento certo, quando vamos ter ao longo desta próxima semana quatro grandes jogos na cidade de Lisboa”, sublinhou António Costa."
Chocos fritos na Biblioteca Nacional
Quem vê caras não vê corações e por isso foi uma agradável surpresa ter-me deparado com uns saborosos chocos fritos e um leite creme bem feitinho por detrás do mausoléu do Campo Grande, mais conhecido por Biblioteca Nacional. Obrigado à simpática 'Trindade' que me proporcionou visita guiada pelos meandros desta obra de Pardal Monteiro, de 1958 (as semelhanças com o Ritz são inconfundíveis!).
Defraudados
O ‘grito’ do professor António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, sobre o estado das universidades, os meios que não têm, a impossibilidade de fazer investigação, a funcionalização destas instituições, a asfixia financeira, contrastou violentamente com uma muito propagandeada distribuição de alguns computadores ‘Magalhães’ (e pelos vistos os alunos até os podem levar para casa em vez de ficarem na escola a servir para o que devem e não para o que não devem). Mas isto de respeito por património público tem muito que se lhe diga.
Não se ouviu falar em programas de leitura ou de matemática neste regresso às aulas. Nem em incentivos de qualquer espécie ou natureza sobre intervenção em actividades culturais ou de voluntariado. Nem uma palavra sobre métodos de estudo que, como é sabido, são muitas vezes o problema principal: aprender a estudar.
Nisto como no resto, do Governo vem lei e propaganda. Quanto à lei, reconheça-se que a maioria é má e a pequena minoria que preconiza algo de bom... amiúde não funciona. Pouco importa estabelecer regimes de alegada prática conjunta de actos e de simplificação que depois não podem ser aplicados... letra, ou melhor, lei morta. Estabelecer na lei que se pode praticar um conjunto de actos em simultâneo sob a alegação de simplificação quando os serviços depois não o podem fazer, de nada adianta.
Anunciar a simplificação da vida dos cidadãos e das empresas e depois verificar que essas medidas não existem no terreno... as ditas simplificações legislativa e administrativa que alegadamente visam combater a burocracia morrem por falta de meios e formação, defraudando as pessoas e deslegitimando a lei. No País do Simplex.
Sócrates afirmou em tempos que o Simplex é transformar o impossível em possível. Estou em dia optimista: talvez. Pode ser até certo, mas é incerto quando. Por ora, continuamos na dimensão do impossível e da virtualidade.
Afinal, Simplex também é nome de vírus e de vírus antipático, igualmente com elevada prevalência na população em geral. Apresenta-se muitas vezes com infecção sistémica. A estas medidas ditas de simplificação sem tradução no real devia ser aconselhado o internamento urgente. Como ao uso dos ‘Magalhães’ sem rei nem roque.
O único Simplex que se descortina vivo e na sua integralidade é o facilitismo na educação. Simples? Não, uma vez mais a pagar em gerações, como é timbre deste Governo.
Paula Teixeira da Cruz
Não se ouviu falar em programas de leitura ou de matemática neste regresso às aulas. Nem em incentivos de qualquer espécie ou natureza sobre intervenção em actividades culturais ou de voluntariado. Nem uma palavra sobre métodos de estudo que, como é sabido, são muitas vezes o problema principal: aprender a estudar.
Nisto como no resto, do Governo vem lei e propaganda. Quanto à lei, reconheça-se que a maioria é má e a pequena minoria que preconiza algo de bom... amiúde não funciona. Pouco importa estabelecer regimes de alegada prática conjunta de actos e de simplificação que depois não podem ser aplicados... letra, ou melhor, lei morta. Estabelecer na lei que se pode praticar um conjunto de actos em simultâneo sob a alegação de simplificação quando os serviços depois não o podem fazer, de nada adianta.
Anunciar a simplificação da vida dos cidadãos e das empresas e depois verificar que essas medidas não existem no terreno... as ditas simplificações legislativa e administrativa que alegadamente visam combater a burocracia morrem por falta de meios e formação, defraudando as pessoas e deslegitimando a lei. No País do Simplex.
Sócrates afirmou em tempos que o Simplex é transformar o impossível em possível. Estou em dia optimista: talvez. Pode ser até certo, mas é incerto quando. Por ora, continuamos na dimensão do impossível e da virtualidade.
Afinal, Simplex também é nome de vírus e de vírus antipático, igualmente com elevada prevalência na população em geral. Apresenta-se muitas vezes com infecção sistémica. A estas medidas ditas de simplificação sem tradução no real devia ser aconselhado o internamento urgente. Como ao uso dos ‘Magalhães’ sem rei nem roque.
O único Simplex que se descortina vivo e na sua integralidade é o facilitismo na educação. Simples? Não, uma vez mais a pagar em gerações, como é timbre deste Governo.
Paula Teixeira da Cruz
In Correio da Manhã
quarta-feira, setembro 24, 2008
Wenceslau tinha razão
Um dia, Wenceslau de Moraes (que deve ser o português ilustre com placa toponímica na rua pequena de Lisboa (cruza a Rodrigo da Fonseca e a Artilharia 1, entre a Brancaamp e a Joaquim António de Aguiar) resolveu zarpar até Macau e nunca mais foi visto no Lavra, onde nasceu. Se lá voltasse hoje, teria mais razões para zarpar dali para fora:
Não contente com o facto ter aprovado recentemente, sem saber do que se tratava (dou-lhe esse benefício da dúvida), a demolição do edifício (que passa despercebido - 2 imagens em baixo) da antiga maquinaria a vapor do Elevador do Lavra (monumento nacional!) - e que em sítio civilizado seria um espaço museológico sobre os elevadores de Lisboa, por ex. -, a CML permite que se mantenha num estado lastimável toda a envolvente ao percurso do elevador, pondo em perigo vidas, inclusive: ele são passeios esventrados, escadarias nojentas, fachadas com tapumes, muros sustidos por estacas e um prédio, literalmente, a cair (3 imagens do topo).
A Avenida 5 de Outubro
Todos os dias é a mesma falua: a Avenida Cinco de Outubro, em Lisboa, entupida com o estacionamento "provisório" em segunda fila e, do outro lado da rua, a diligente brigada da EMEL a autuar todos os bandidos que excederam em dois minutos ou dez cêntimos o prazo legal para estacionar (onde realmente se deve estacionar).
O problema daquela avenida é sintomático do estado a que isto chegou: a EMEL foi criada para fiscalizar os lugares de estacionamento e, segundo a opinião generalizada, não deverá nunca exceder a sua autoridade ou acumular outras funções (de policiamento). Portanto, quem irá resolver este berbicacho, quem irá impedir as cargas e descargas, os quatro piscas ou a segunda fila que sobrevive impunemente na estrada? A Administração Interna, o Batman, o Robin dos Bosques?
terça-feira, setembro 23, 2008
A Ocorrência
Na SIC Notícias, o jornalista Mário Crespo anuncia: “Vai haver condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros”. Se eu fosse um estrangeiro a viver em Portugal, ou um “bife” a tentar aprender português, não iria nunca compreender o significado do oráculo de Mário Crespo. Não sendo estrangeiro, compreendo que esta é a única forma de ele dizer o que precisa de ser dito. Porque na verdade, Mário Crespo está apenas a “desdizer”, a recuar na proclamação, anular uma fatalidade. Sobrepôr o bendito (o sol) sobre o maldito (a chuva).
Esta forma de narrativa diária com leve inspiração jornalística – o acto do “desdiz que disse” - limita-se a anunciar, ou a ocultar, as más notícias da forma mais pomposa possível. Vai chover? Que chatice, não digam nada às crianças. Deixem lá o Mário Crespo segredar algo sobre as “condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros” e não se fala mais nisso. É como dizer que o Verão morreu de “doença prolongada”. O problema é precisamente esse: o Verão 2008 morre de doença prolongada e a doença chama-se vida. Impunha-se uma celebração, mas...
Alguém se lembra de como tudo começou? Claro que não. A ideia é esquecer, “desdizer”. Mas para isso precisamos de alguém que nos “des-diga” (o Mário Crespo). Ou de alguém que nos descreva (qualquer um, desde que tenha uma memória que sobreviva à ressaca). Alguém se lembra dos jornalistas sumariamente despedidos do jornal Primeiro de Janeiro? E da surpreendente libertação de Ingrid Betancourt? Parece que foi o ano passado. Do fracasso da selecção no Euro 2008? Do assalto ao BES, com vítimas? Deixou de se falar. E o estranho directo do Cavaco Silva sobre o estatuto dos Açores às 20h00 nos três noticiários? A Quinta da Fonte, apagar-se-á do mapa, como se fosse o genérico inicial da antiga série de cowboys Bonanza, lembram-se?
Um milagre: este ano Portugal não ardeu. Mas agora que o Verão chega ao fim (equinócio de Outono marcado para as 16h22 de 2ª feira), será útil executar sem cerimónia uma política de terra queimada sobre os grandes “debates” do estio. Exemplo? As suspeitas sobre a acidentada linha ferroviária do Tua, a estranha calendarização na “oferta” da Casa dos Bicos à Fundação José Saramago, ou o mais genuíno “desdiz-que-disse” do Verão, o de Vicente Moura, que em 48 horas se demitiu e recandidatou a presidente do Comité Olímpico Português. Debates? É apagá-los da memória, com terebentina, água oxigenada ou chuva. Porque hoje, sexta feira, se tudo correr como se espera, estarão garantidas as condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros. Debates? Quanto mais debates mais eu gosto de ti.
Miguel Somsen. In Jornal METRO de 19 Setembro 2008
Esta forma de narrativa diária com leve inspiração jornalística – o acto do “desdiz que disse” - limita-se a anunciar, ou a ocultar, as más notícias da forma mais pomposa possível. Vai chover? Que chatice, não digam nada às crianças. Deixem lá o Mário Crespo segredar algo sobre as “condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros” e não se fala mais nisso. É como dizer que o Verão morreu de “doença prolongada”. O problema é precisamente esse: o Verão 2008 morre de doença prolongada e a doença chama-se vida. Impunha-se uma celebração, mas...
Alguém se lembra de como tudo começou? Claro que não. A ideia é esquecer, “desdizer”. Mas para isso precisamos de alguém que nos “des-diga” (o Mário Crespo). Ou de alguém que nos descreva (qualquer um, desde que tenha uma memória que sobreviva à ressaca). Alguém se lembra dos jornalistas sumariamente despedidos do jornal Primeiro de Janeiro? E da surpreendente libertação de Ingrid Betancourt? Parece que foi o ano passado. Do fracasso da selecção no Euro 2008? Do assalto ao BES, com vítimas? Deixou de se falar. E o estranho directo do Cavaco Silva sobre o estatuto dos Açores às 20h00 nos três noticiários? A Quinta da Fonte, apagar-se-á do mapa, como se fosse o genérico inicial da antiga série de cowboys Bonanza, lembram-se?
Um milagre: este ano Portugal não ardeu. Mas agora que o Verão chega ao fim (equinócio de Outono marcado para as 16h22 de 2ª feira), será útil executar sem cerimónia uma política de terra queimada sobre os grandes “debates” do estio. Exemplo? As suspeitas sobre a acidentada linha ferroviária do Tua, a estranha calendarização na “oferta” da Casa dos Bicos à Fundação José Saramago, ou o mais genuíno “desdiz-que-disse” do Verão, o de Vicente Moura, que em 48 horas se demitiu e recandidatou a presidente do Comité Olímpico Português. Debates? É apagá-los da memória, com terebentina, água oxigenada ou chuva. Porque hoje, sexta feira, se tudo correr como se espera, estarão garantidas as condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros. Debates? Quanto mais debates mais eu gosto de ti.
Miguel Somsen. In Jornal METRO de 19 Setembro 2008
segunda-feira, setembro 22, 2008
Factos
Aqui houve um diferendo relativamente aos espaços verdes e à postura do Verador Sá Fernandes perante as Juntas e a delegação de competências dos respectivos espaços e correspondente transferência de verbas para o efeito.
Como sou capaz de criticar publicamente, também sou capaz de apresentar um pedido de desculpas público, e no caso em apreço é o que farei:
Ao Sr. Vereador Sá Fernandes, o meu pedido de desculpas público, porque hoje em Ass. de Freg. fui informada que o mesmo Vereador aprovou e delegou no Executivo, as competências e a verba necessária para a manutenção dos espaços verdes desta Freguesia.
Como sou capaz de criticar publicamente, também sou capaz de apresentar um pedido de desculpas público, e no caso em apreço é o que farei:
Ao Sr. Vereador Sá Fernandes, o meu pedido de desculpas público, porque hoje em Ass. de Freg. fui informada que o mesmo Vereador aprovou e delegou no Executivo, as competências e a verba necessária para a manutenção dos espaços verdes desta Freguesia.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Escolas públicas e privadas
No último sábado, o primeiro-ministro relembrou que a educação era a “a prioridade das prioridades”, acrescentando estar empenhado em “atingir maior igualdade social através da aposta no ensino”. Pode Sua Exª berrar à vontade contra os “bota abaixo” – nos quais me incluirá – mas os recentes exames do 12º ano estão aí para provar que as escolas públicas deixaram de premiar o esforço.
Se hoje tivesse filhos pequenos, não os matricularia numa escola pública: não porque os docentes sejam piores do que na privada, mas porque, devido aos programas, regras e cultura impostos pelo Ministério, o ensino está degradado. Há dias, o Diário de Notícias anunciava, como se fosse um milagre, que oito em cada dez alunos frequentam escolas públicas. Perguntem a estes pais se lá manteriam os filhos caso as privadas fossem igualmente gratuitas.
É por ter depositado esperança na educação pública que me sinto triste. Em 1974, matriculei os meus filhos na Escola Manuel da Maia e, terminado o Ciclo Preparatório, no Liceu Pedro Nunes. Apesar da turbulência da Revolução, pensei ser melhor tê-los ali,uma vez que, além da vantagem de não os enclausurar numa redoma social, o ensino era bom.
Actualmente, de tal forma estão as escolas públicas desorientadas que não sacrificaria o futuro dos meus filhos às minhas convicções. Provavelmente, optaria por uma privada, desde que não religiosa. Sei que a minha posição passou de moda, uma vez que todos os dias assisto a gente agnóstica, baptizando os descendentes, apenas porque tal permite enviá-los depois para colégios, mas isso não me comove, apenas me irrita.
Ao fim de trinta anos de democracia, o que vemos? Uma rede pública que se transformou num gueto para os filhos dos pobres, e uma rede privada, frequentada pelos filhos das classes médias. Há duas maneiras de se fazer com que uma sociedade se torne mais igual: através do sistema fiscal e da escola pública. Em Portugal, nenhuma delas funciona. Não admira que o nosso país seja aquele que, na Europa, possui o mais profundo fosso entre os ricos e os pobres.
Maria Filomena Mónica
Se hoje tivesse filhos pequenos, não os matricularia numa escola pública: não porque os docentes sejam piores do que na privada, mas porque, devido aos programas, regras e cultura impostos pelo Ministério, o ensino está degradado. Há dias, o Diário de Notícias anunciava, como se fosse um milagre, que oito em cada dez alunos frequentam escolas públicas. Perguntem a estes pais se lá manteriam os filhos caso as privadas fossem igualmente gratuitas.
É por ter depositado esperança na educação pública que me sinto triste. Em 1974, matriculei os meus filhos na Escola Manuel da Maia e, terminado o Ciclo Preparatório, no Liceu Pedro Nunes. Apesar da turbulência da Revolução, pensei ser melhor tê-los ali,uma vez que, além da vantagem de não os enclausurar numa redoma social, o ensino era bom.
Actualmente, de tal forma estão as escolas públicas desorientadas que não sacrificaria o futuro dos meus filhos às minhas convicções. Provavelmente, optaria por uma privada, desde que não religiosa. Sei que a minha posição passou de moda, uma vez que todos os dias assisto a gente agnóstica, baptizando os descendentes, apenas porque tal permite enviá-los depois para colégios, mas isso não me comove, apenas me irrita.
Ao fim de trinta anos de democracia, o que vemos? Uma rede pública que se transformou num gueto para os filhos dos pobres, e uma rede privada, frequentada pelos filhos das classes médias. Há duas maneiras de se fazer com que uma sociedade se torne mais igual: através do sistema fiscal e da escola pública. Em Portugal, nenhuma delas funciona. Não admira que o nosso país seja aquele que, na Europa, possui o mais profundo fosso entre os ricos e os pobres.
Maria Filomena Mónica
In Meia-Hora
quinta-feira, setembro 18, 2008
Petição para impedir construção de edifício no Largo do Rato apresentada na AR
Uma petição para impedir a construção de um edifício no Largo do Rato foi entregue hoje na Assembleia da República. A petição chamada “Salvem o Largo do Rato” contém 4651 assinaturas e contesta a construção de um prédio de arquitectura moderna naquela zona de Lisboa. O grupo de cidadãos sugere um jardim para o espaço em vez da habitação.
"Achamos que o que está em causa vai muito além do Largo do Rato, e que a Assembleia da República deve aproveitar o momento para actuar, nomeadamente introduzindo na legislação nacional a figura de 'crime urbanístico'", explicou à Lusa Paulo Ferrero, do Fórum Cidadania Lx.
O movimento de cidadãos pretende ainda que os deputados "melhorem a legislação portuguesa de modo a que seja garantida a protecção e preservação da traça arquitectónica e o equilíbrio urbanístico das zonas consolidadas das cidades portuguesas, começando pela sua capital".
O executivo camarário, com excepção dos seis vereadores do PS, indeferiu em Julho passado a proposta de emissão de licença de construção do prédio do Largo do Rato .
Mas, o Fórum Cidadania Lx não descansa enquanto "o projecto de construção do prédio não for liminarmente posto de parte".
Para o "sítio do mono", o grupo de cidadãos propõe que a Câmara Municipal de Lisboa "repesque" um projecto do tempo em que Jorge Sampaio era presidente da autarquia, que previa a criação de um jardim.
O projecto de arquitectura do edifício do Largo do Rato havia sido já aprovado em Julho de 2005 pela então vereadora do Urbanismo Eduarda Napoleão (PSD), durante a presidência de Pedro Santana Lopes.
"Estou completamente seguro de que o projecto cumpre todos os regulamentos. O único reparo da sindicância [análise administrativa] era o de que devia estar na área de intervenção do Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade, o que nunca foi feito por se pensar que o Rato teria um plano específico", afirmou recentemente o actual vereador do Urbanismo Manuel Salgado.
Segundo o autarca, o promotor pode reclamar do indeferimento da licença, uma vez que qualquer decisão administrativa "obriga a uma audição prévia dos interessados" que, neste caso, não aconteceu.
"Enquanto não virmos preto no branco que a construção do prédio está posta de parte e que vão construir o jardim, não vamos descansar", garantiu Paulo Ferrero.
Eis o pretendido mamarracho (um desgosto imenso para o meu Largo do Rato)
Instável
Milton Friedman escrevia, em ‘Capitalismo e Liberdade’, que o tipo de organização económica que assegura directamente a liberdade económica, o capitalismo em concorrência, era ao mesmo tempo favorável à liberdade política porque ao separar o poder económico do poder político permitia que um compensasse o outro. Isto foi nos anos sessenta, no século passado. Friedman fez, como se sabe, Escola.
Mas em 2008 o capitalismo global ainda se revê nesta conclusão? Para mim, é evidente que não.
A situação dos dois gigantes americanos Leh-man Brothers e AIG e a intervenção do Estado americano torna demasiado evidente que não é assim, para não falar no nosso quintal em que quase nunca foi assim (de Fontes Pereira de Melo aos dias de hoje, com mais ou menos nuances).
De resto, como já escrevi, pensamento que mantenho há largo tempo, a regulação da globalização – isso mesmo – e o neoproteccionismo são inevitáveis se houver vontade de resolver o que aí está.
A situação económica global a Ocidente é uma lição para os que se afirmam liberais puros e duros: não existe nenhuma mão invisível. As mãos invisíveis são as de cada um de nós e esse, para mim, é o ponto.
Mesmo correndo o risco de ir contracorrente, não se pode deixar arrastar mais isto tudo: impõe-se uma intervenção reguladora e reparadora, garantística e forte do Estado em muitos sectores, sob pena de dar nisto tudo a que se assiste, a caminhar para um fim de ciclo ou melhor de época, sem preocupações de encarar estrategicamente o futuro.
Se a economia está instável, a política global não o está menos: não é só a Rússia e a desastrosa intervenção da União Europeia e dos Estados Unidos na área; mas a emergência da China e da Índia.
Há também África e o barril de pólvora em que está transformada a América Latina, da Bolívia à Venezuela, passando pelo Equador e pela Colômbia. Há, neste compasso civilizacional, uma nova desordem mundial.
É por isso que o primeiro-ministro corre ao contrário dos ponteiros do relógio político ao render-se ao liberalismo na altura em que ele está em pré-falência inequívoca.
O Mundo está política e economicamente instável e em ciclo acelerado.
Paula Teixeira da Cruz
Mas em 2008 o capitalismo global ainda se revê nesta conclusão? Para mim, é evidente que não.
A situação dos dois gigantes americanos Leh-man Brothers e AIG e a intervenção do Estado americano torna demasiado evidente que não é assim, para não falar no nosso quintal em que quase nunca foi assim (de Fontes Pereira de Melo aos dias de hoje, com mais ou menos nuances).
De resto, como já escrevi, pensamento que mantenho há largo tempo, a regulação da globalização – isso mesmo – e o neoproteccionismo são inevitáveis se houver vontade de resolver o que aí está.
A situação económica global a Ocidente é uma lição para os que se afirmam liberais puros e duros: não existe nenhuma mão invisível. As mãos invisíveis são as de cada um de nós e esse, para mim, é o ponto.
Mesmo correndo o risco de ir contracorrente, não se pode deixar arrastar mais isto tudo: impõe-se uma intervenção reguladora e reparadora, garantística e forte do Estado em muitos sectores, sob pena de dar nisto tudo a que se assiste, a caminhar para um fim de ciclo ou melhor de época, sem preocupações de encarar estrategicamente o futuro.
Se a economia está instável, a política global não o está menos: não é só a Rússia e a desastrosa intervenção da União Europeia e dos Estados Unidos na área; mas a emergência da China e da Índia.
Há também África e o barril de pólvora em que está transformada a América Latina, da Bolívia à Venezuela, passando pelo Equador e pela Colômbia. Há, neste compasso civilizacional, uma nova desordem mundial.
É por isso que o primeiro-ministro corre ao contrário dos ponteiros do relógio político ao render-se ao liberalismo na altura em que ele está em pré-falência inequívoca.
O Mundo está política e economicamente instável e em ciclo acelerado.
Paula Teixeira da Cruz
In Correio da Manhã
quarta-feira, setembro 17, 2008
Pilaretes - O ideal e o possível
Duas zonas da Av. de Roma
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MUITAS VEZES, quando se referem os inconvenientes dos pilaretes destinados a impedir o estacionamento em cima dos passeios, parte-se do princípio de que «o ideal seria que os automobilistas não colocassem lá os carros» - o que é uma GRANDE verdade.
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Não sendo previsível que isso suceda por livre iniciativa dos intervenientes, aceita-se (ou exige-se) que, pelo menos, «quem tem poder para os punir actue!» - o que também é uma GRANDE verdade. E essa punição, pela própria filosofia com que foi concebida, deve ser desencorajadora de facto das infracções, quer pelo seu valor (pecuniário ou outro - como bloqueio, reboque, anotação no cadastro), quer pela probabilidade expectável da sua aplicação - sendo mais importante este último aspecto, como se sabe.
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Mas, enquanto Lisboa não adere ao mundo ideal (e ele existe?) proponho que façamos como um velho amigo meu: «Não sei se está bem ou se está mal. A minha opinião vai depender dos resultados...».
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Mas, enquanto Lisboa não adere ao mundo ideal (e ele existe?) proponho que façamos como um velho amigo meu: «Não sei se está bem ou se está mal. A minha opinião vai depender dos resultados...».
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Ou seja: sendo eu uma das muitas vítimas da situação que se documenta na foto de cima (moro no prédio de esquina há dezenas de anos), muito agradeço que a CML meta lá um ou dois pilaretes (que eu mesmo ajudarei a montar, se for necessário...). Depois, se o resultado for uma situação pior do que a actual (supondo que isso é possível...), igualmente me ofereço para os ir retirar.
O ARGUMENTO DA HONRA
A ética republicana iluminava as virtudes do carácter e a grandeza dos princípios. As revoluções, idealmente, não são, apenas, alterações económicas e substituições de regimes. Transportam a ideia feliz de modificar as mentalidades. Essa mistura de sonho e ingenuidade nunca se resolveu. A esperança no nascimento do "homem novo" não é exclusiva dos bolcheviques. O homem das revoluções jamais abandonou o ideal de alterar o curso da História e de modelar os seus semelhantes à imagem estremecida das suas aspirações.
É uma ambição desmedida? Melhor do que ninguém, respondeu Sebastião da Gama: "Pelo sonho é que vamos/comovidos e mudos./Chegamos? Não chegamos?/Partimos. Vamos. Somos." A ética republicana combatia a sociedade do dinheiro, da superstição religiosa, da submissão, e pedia aos cidadãos que fossem instrumentos de liberdade. As "raízes vivas", de que falou Basílio Teles.
Fomos perdendo, sem sobressalto nem indignação, a matriz ética da República. De vez em quando, releio as páginas que narram os desassossegados dezasseis anos que durou o novo regime, obstinadamente defendido por muitos a quem se impunha a consciência do compromisso. Esses, entre o aplauso e o assobio, percorreram o caminho que vai do silêncio à perseguição, do exílio ao assassínio político. Morreram pobres. São os heróis de uma história que se dissipou, porque o fascismo impediu nos fosse contada, nas exactas dimensões das suas luzes e das suas sombras.
Relembrei estes episódios ao tomar conhecimento, pelo semanário Sol, de que Ramalho Eanes prescindira dos retroactivos a que tinha direito, relativos à reforma como general, nunca por ele recebidos. A importância ascende a um milhão e trezentos mil euros. É um assunto cujos contornos conformam uma pequena vindicta política. Em 1984, foi criada uma lei "impedindo que o vencimento de um presidente da República fosse acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência que aufiram do Estado." O chefe do Governo era Soares; o chefe do Estado, Ramalho Eanes, que, naturalmente, promulgou a lei.
O absurdo era escandaloso. Qualquer outro funcionário poderia somar reformas. Menos Eanes. Catorze anos depois, a discrepância foi corrigida. Propuseram ao ex-presidente o recebimento dos retroactivos. Recusou. Eu não esperaria outra coisa deste homem, cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum. Ele reabilita a tradição de integridade de que, geralmente, a I República foi exemplo. Num país onde certas pensões de reforma são pornográficas, e os vencimentos de gestores" atingem o grau da afronta; onde súbitos enriquecimentos configuram uma afronta e a ganância criou o seu próprio vocabulário - a recusa de Eanes orgulha aqueles que ainda acreditam no argumento da honra.
Baptista-Bastos
É uma ambição desmedida? Melhor do que ninguém, respondeu Sebastião da Gama: "Pelo sonho é que vamos/comovidos e mudos./Chegamos? Não chegamos?/Partimos. Vamos. Somos." A ética republicana combatia a sociedade do dinheiro, da superstição religiosa, da submissão, e pedia aos cidadãos que fossem instrumentos de liberdade. As "raízes vivas", de que falou Basílio Teles.
Fomos perdendo, sem sobressalto nem indignação, a matriz ética da República. De vez em quando, releio as páginas que narram os desassossegados dezasseis anos que durou o novo regime, obstinadamente defendido por muitos a quem se impunha a consciência do compromisso. Esses, entre o aplauso e o assobio, percorreram o caminho que vai do silêncio à perseguição, do exílio ao assassínio político. Morreram pobres. São os heróis de uma história que se dissipou, porque o fascismo impediu nos fosse contada, nas exactas dimensões das suas luzes e das suas sombras.
Relembrei estes episódios ao tomar conhecimento, pelo semanário Sol, de que Ramalho Eanes prescindira dos retroactivos a que tinha direito, relativos à reforma como general, nunca por ele recebidos. A importância ascende a um milhão e trezentos mil euros. É um assunto cujos contornos conformam uma pequena vindicta política. Em 1984, foi criada uma lei "impedindo que o vencimento de um presidente da República fosse acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência que aufiram do Estado." O chefe do Governo era Soares; o chefe do Estado, Ramalho Eanes, que, naturalmente, promulgou a lei.
O absurdo era escandaloso. Qualquer outro funcionário poderia somar reformas. Menos Eanes. Catorze anos depois, a discrepância foi corrigida. Propuseram ao ex-presidente o recebimento dos retroactivos. Recusou. Eu não esperaria outra coisa deste homem, cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum. Ele reabilita a tradição de integridade de que, geralmente, a I República foi exemplo. Num país onde certas pensões de reforma são pornográficas, e os vencimentos de gestores" atingem o grau da afronta; onde súbitos enriquecimentos configuram uma afronta e a ganância criou o seu próprio vocabulário - a recusa de Eanes orgulha aqueles que ainda acreditam no argumento da honra.
Baptista-Bastos
In Diário de Notícias
terça-feira, setembro 16, 2008
O FIM DOS DINOSSAUROS
Manuel João Ramos*
QUE O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA tenha sido eleito por um em cada nove lisboetas não é normal. Que o seu grupo de vereadores tenha poder de planear e gerir projectos tão estruturais como a terceira travessia do Tejo, a frente ribeirinha, urbanizações e reabilitações de vastas áreas do território da cidade é quase um golpe de estado.
É urgente que um ciclone varra a classe política instalada, que uma tempestade curte-circuite o espectro partidário, que uma onda gigante leve os maçons para França, os opus dei para Itália, o compadrio para a Sicília e as cunhas para Espanha (cuña = berma).
A população portuguesa está-se nas tintas para o socialismo, borrifa-se para a social-democracia, marimba-se para a democracia cristã, considera o comunismo uma anedota, e o bloquismo de esquerda uma espécie de loja do canhoto.
Ninguém, a não ser os clientes da partidocracia em que se tornou a cangalhada herdada da revolução de 1974, se revê sinceramente no sistema político montado, em que a ordem é produzida em Bruxelas, o sustento é assegurado por grupos financeiros e a mira da felicidade é acaparada pela peste do futebol. O resultado confrangedor deste estado de coisas da res publica lusitana é um intransponível abismo cavado entre eleitores e eleitos, que se espelha na quase total ausência de participação cívica na vida política, e no desamor colectivo pelos conceitos de comunidade e de civilidade.
Lisboa é um caso agudo desta derrocada cultural. Em grande parte tal é devido à existência de um mastodonte político-administrativo chamado CML.
A CML deveria ser, pura e simplesmente, suprimida e em seu lugar deveriam ser criadas dez câmaras que pudessem gerir eficazmente os vários núcleos urbanos que compõem a cidade. Estas câmaras, com as dos concelhos limítrofes, deveriam compor um conselho municipal com funções de gestão e planificação estratégica, que absorvessem funções da CCDR e do governo civil. A miríade de freguesias deveria ser destituída segundo o princípio de que uma junta de freguesia urbana não deveria administrar uma população menor que 5.000 e maior que 20.000 habitantes. A Assembleia Municipal deveria ser correspondentemente reformada de modo a funcionar como parlamento regional.
Seria mais lógico que os munícipes votassem em agrupamentos cívico-partidários que representassem e defendessem interesses específicos à freguesia, ao núcleo urbano, à cidade e à região.
Depois de tal terramoto, justificar-se-ia a criação de um museu dedicado à evocação da memória dos tempos jurássicos da democracia portuguesa. Seria o local indicado para contemplar as foices, martelos, setas, punhos e flores, bolas e estrelas partidárias.
* Cidadão de e por Lisboa
PILARETES DE ESTACIONAMENTO - A SOLUÇÃO MILAGROSA...
A C. M. Lisboa continua com a sua ideia peregrina de resolver os problemas de estacionamento em Lisboa com a instalação de pilaretes, sem mais qualquer medida a acompanhar. As consequências são fáceis de ver: o trânsito piora ainda mais, porque quem estacionava no local que foi tapado passou a estacionar ao lado, ocupando uma faixa de rodagem.
É o que se passa, entre muitos outros locais, na Estrada da Luz. Instalaram pilaretes; os carros começaram a estacionar ao lado. Como raramente passa a polícia, a consequência foi que em vários locais desta movimentada artéria há estrangulamentos que provocam filas bem compridas!
A impressão com que se fica é que quem decide estas coisas está muito tranquilamente num gabinete, raramente saindo à rua, pelo que não tem qualquer sensibilidade para estes assuntos, contribuindo ainda mais para piorar a situação.
Câmara de Lisboa exclui-se da transferência de competências para os municípios na área da Educação
A Câmara de Lisboa exclui-se, para já, do protocolo para a transferência de competências para os municípios na área da Educação, anunciou hoje o seu presidente. António Costa explica que “não seria responsável” por parte da câmara assumir, neste momento, novas obrigações em matéria educativa, dados os problemas financeiros da autarquia.
“Não seria responsável da nossa parte assumirmos novas responsabilidades em matéria educativa sem conseguirmos tratar bem as responsabilidades que já temos”, justificou António Costa, citado pela TSF.
O autarca não exclui a entrada no protocolo por parte da Câmara de Lisboa, admitindo que nos próximos anos a autarquia espera reunir as condições para “dar esse passo” e assumir mais responsabilidade e, nesse sentido, negociar com o Ministério da Educação “a transferência de competências nas escolas de segundo e terceiro ciclo”.
(...)
segunda-feira, setembro 15, 2008
Chegado por email:
The following new entry was posted by ex-DGEMN ( http://ex-dgemn.blogdrive.com/ )
«O ex-Chefe de Divisão da Qualidade da Construção (e oficiosamente Director de Serviços de Higiene e Segurança no Trabalho ) ingressou na Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Embora outras fontes assegurem que foi por concurso,...
More:
http://ex-dgemn.blogdrive.com/»
«O ex-Chefe de Divisão da Qualidade da Construção (e oficiosamente Director de Serviços de Higiene e Segurança no Trabalho ) ingressou na Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Embora outras fontes assegurem que foi por concurso,...
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http://ex-dgemn.blogdrive.com/»
A sra. vereadora não se demite?
Por razões cívicas, familiares e profissionais, o estado das escolas da cidade onde nasci e vivo interessa-me. Como se não bastassem os dislates pedagógicos que emergem da cabeça dos pedagogos do Ministério da Educação e a burocracia bizantina montada por Bruxelas, eis que a Câmara de Lisboa acaba de falhar, por negligência grosseira, a candidatura a fundos comunitários que ajudaria a recuperar o degradado parque escolar da capital.
No passado dia 4, a vereadora Rosália Vargas deu uma entrevista ao Público, na qual despudoradamente afirma que a falha em obter os ditos fundos não tem importância. Vamos a factos. A “requalificação” da rede de educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, que envolve a reconstrução de algumas escolas e a construção de uma nova, ficou parada, porque, depois de terem recebido o parecer do Ministério da Educação, as técnicas da Câmara se esqueceram de mandar o dossier, no prazo devido, para o organismo que gere os fundos europeus, o QREN. Resultado: o dinheiro não virá.
A Drª Rosália Vargas não só tentou desdramatizar o que aconteceu, como, o que ainda é mais feio, atirou a culpa para cima dos técnicos: estes teriam pensado que haviam formalizado todos os “procedimentos”, quando lhes faltava uma operação. Eu quero lá saber o que pensam os técnicos da Câmara: deles espero tão só que mandem a papelada a tempo para o endereço certo. E que os responsáveis sejam … responsáveis. Mas não foi isto que sucedeu. A srª vereadora sacudiu a água do capote com o argumento de que haveria uma segunda fase. Não, não há. Ou antes, há, mas como, por cada concurso, só se podem apresentar três projectos, e não seis, só metade dos previstos poderão ser concretizados.
Conhecendo a burocracia estatal, nada disto me espanta. O que o faz é ninguém se demitir – a própria ou, na eventualidade de o não fazer – ser-lhe o pelouro retirado por quem de direito. Em Portugal, a negligência fica sempre impune. Até porque os pobres que frequentam estas escolas não têm voz e a União Europeia quer lá saber.
Maria Filomena Mónica
No passado dia 4, a vereadora Rosália Vargas deu uma entrevista ao Público, na qual despudoradamente afirma que a falha em obter os ditos fundos não tem importância. Vamos a factos. A “requalificação” da rede de educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, que envolve a reconstrução de algumas escolas e a construção de uma nova, ficou parada, porque, depois de terem recebido o parecer do Ministério da Educação, as técnicas da Câmara se esqueceram de mandar o dossier, no prazo devido, para o organismo que gere os fundos europeus, o QREN. Resultado: o dinheiro não virá.
A Drª Rosália Vargas não só tentou desdramatizar o que aconteceu, como, o que ainda é mais feio, atirou a culpa para cima dos técnicos: estes teriam pensado que haviam formalizado todos os “procedimentos”, quando lhes faltava uma operação. Eu quero lá saber o que pensam os técnicos da Câmara: deles espero tão só que mandem a papelada a tempo para o endereço certo. E que os responsáveis sejam … responsáveis. Mas não foi isto que sucedeu. A srª vereadora sacudiu a água do capote com o argumento de que haveria uma segunda fase. Não, não há. Ou antes, há, mas como, por cada concurso, só se podem apresentar três projectos, e não seis, só metade dos previstos poderão ser concretizados.
Conhecendo a burocracia estatal, nada disto me espanta. O que o faz é ninguém se demitir – a própria ou, na eventualidade de o não fazer – ser-lhe o pelouro retirado por quem de direito. Em Portugal, a negligência fica sempre impune. Até porque os pobres que frequentam estas escolas não têm voz e a União Europeia quer lá saber.
Maria Filomena Mónica
In Meia-Hora
domingo, setembro 14, 2008
Noites de São Bento
Em 2001, um grupo informal de comerciantes da Rua de S. Bento, na sua maioria antiquários, criou o projecto "Noites de São Bento", que se passou a realizar todos os meses de Setembro. Durante o evento, as lojas ficam abertas até à meia-noite e os visitantes são convidados a assistir a diversos espectáculos de animação de rua, concertos, peças de teatro, etc. Entretanto, foi dado um passo significativo na consolidação do evento através da recente criação da Associação dos Comerciantes da Rua de São Bento (A.C.R.S.B.) que, para além da organização destas "Noites", se compromete a propor uma programação anual para aquela rua de Lisboa. Desta feita, a edição de 2008 está subordinada ao tema Lisboa e o Tejo, com animações a cargo do C.E.M – Centro em Movimento, que propõe espectáculos de rua, performance e dança, estando também previsto uma iluminação e uma decoração especial ao longo de toda a artéria.Internet
Informações Úteis:
21 244 20 02 (Associação dos Comerciantes da Rua de São Bento)
Rua de São Bento
25 a 27 Set: das 19h30 às 00h
Animação de Rua
sábado, setembro 13, 2008
Conversa da treta
Por um qualquer motivo desconhecido, alguém decidiu que, aos fins-de-semana, a legislação não é para cumprir. Trata-se de mais uma particularidade portuguesa: a lei em part-time.
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HOJE, O 'EXPRESSO' dedica uma página inteira (a 18) a dizer o que a EMEL vai fazer e não vai fazer. O único comentário que me vem à mente é o da prima do Solnado: «Pois...»
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Actualização (15 Set 08): ver fotos do mesmo local - [aqui].
Praça de Londres, hoje
sexta-feira, setembro 12, 2008
Lisboa: técnica dos «quatro piscas» para fintar «tolerância zero»
"Lisboa: técnica dos «quatro piscas» para fintar «tolerância zero» (Portugal Diário)
Apesar da campanha «tolerância zero» contra o estacionamento em segunda fila em Lisboa, carros parados na via com recurso aos quatro piscas continuam a fazer parte da paisagem de Lisboa, da Baixa às Avenidas Novas.
Um ano depois do início da campanha de «tolerância zero» ao estacionamento ilegal movida pela Câmara Municipal de Lisboa, «as piores alturas são de manhã e à tarde», disse à Agência Lusa José Quaresma, que trabalha há quinze anos numa loja na avenida 5 de Outubro.
Reconhecendo que a fiscalização existe «os homens da EMEL (Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa) andam sempre aí, às vezes nem passam cinco minutos e vêm logo rondar os carros», José Quaresma atribui a «epidemia» do estacionamento em segunda fila à escassez de lugares legais.
«Em Agosto, estaciona-se bem, mas normalmente, quem anda por aí não consegue apanhar lugar», afirma, apontando o carro estacionado na zona de cargas e descargas em frente da sua loja.
«É claro que isto nos prejudica sempre, porque um cliente que queira estacionar para vir à loja não consegue ou tem que andar a procurar», refere.
EMEL assusta
Mohammed, dono de um quiosque nas Avenidas Novas, tem uma percepção diferente, afirmando que «ultimamente, as pessoas já não estacionam tanto [em segunda fila], têm medo por causa dos bloqueadores», mas aponta que «a PSP e a EMEL andam mais a multar quem estaciona nas zonas de cargas e descargas".
Num stand de automóveis por perto, o problema só não é maior devido à proximidade permanente da polícia junto ao Ministério da Educação, afirmou uma funcionária.
«Como temos aqui ao pé a polícia, não acontece tanto», acrescenta, reiterando que o início da manhã e o início da tarde são as alturas mais críticas, com carros que impedem os clientes de estacionar.
Um percurso pelo centro da cidade é praticamente impossível de fazer sem apanhar vários carros estacionados em segunda fila, muitos dos quais param a fazer descargas em estabelecimentos comerciais, muitas vezes praticamente em cima de semáforos.
«Ligam-se os quatro piscas e já está»
A manobra é conhecida de qualquer automobilista que circule regularmente em Lisboa: ligam-se os quatro piscas para indicar que se trata de uma paragem relativamente breve e já está a rua «entupida» em uma das faixas.
«As pessoas ao princípio tiveram mais algum respeito [com a campanha «tolerância zero aplicada pela autarquia há um ano no centro da cidade] mas já se sabe, escapa-se uma vez, escapa-se duas e volta tudo ao mesmo», referiu um morador da rua de São José, uma artéria estreita paralela à Avenida da Liberdade.
«Quando não há lugar e têm que parar, não importa estarem a tapar a passagem aos outros, a pessoa quando tem que parar, pára mesmo», acrescenta.
Na avenida Augusto de Aguiar, um condutor que preferiu não ser identificado e acabado de parar em segunda fila afirmou que aquele expediente é «forçado, porque há horas em que é impossível encontrar lugar».
«Eu até percebo que irrite muitas pessoas, eu também conduzo e muitas vezes tenho que me desviar dos carros mal parados, mas que é que se há-de fazer? Temos todos que viver com isto», argumenta."
Apesar da campanha «tolerância zero» contra o estacionamento em segunda fila em Lisboa, carros parados na via com recurso aos quatro piscas continuam a fazer parte da paisagem de Lisboa, da Baixa às Avenidas Novas.
Um ano depois do início da campanha de «tolerância zero» ao estacionamento ilegal movida pela Câmara Municipal de Lisboa, «as piores alturas são de manhã e à tarde», disse à Agência Lusa José Quaresma, que trabalha há quinze anos numa loja na avenida 5 de Outubro.
Reconhecendo que a fiscalização existe «os homens da EMEL (Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa) andam sempre aí, às vezes nem passam cinco minutos e vêm logo rondar os carros», José Quaresma atribui a «epidemia» do estacionamento em segunda fila à escassez de lugares legais.
«Em Agosto, estaciona-se bem, mas normalmente, quem anda por aí não consegue apanhar lugar», afirma, apontando o carro estacionado na zona de cargas e descargas em frente da sua loja.
«É claro que isto nos prejudica sempre, porque um cliente que queira estacionar para vir à loja não consegue ou tem que andar a procurar», refere.
EMEL assusta
Mohammed, dono de um quiosque nas Avenidas Novas, tem uma percepção diferente, afirmando que «ultimamente, as pessoas já não estacionam tanto [em segunda fila], têm medo por causa dos bloqueadores», mas aponta que «a PSP e a EMEL andam mais a multar quem estaciona nas zonas de cargas e descargas".
Num stand de automóveis por perto, o problema só não é maior devido à proximidade permanente da polícia junto ao Ministério da Educação, afirmou uma funcionária.
«Como temos aqui ao pé a polícia, não acontece tanto», acrescenta, reiterando que o início da manhã e o início da tarde são as alturas mais críticas, com carros que impedem os clientes de estacionar.
Um percurso pelo centro da cidade é praticamente impossível de fazer sem apanhar vários carros estacionados em segunda fila, muitos dos quais param a fazer descargas em estabelecimentos comerciais, muitas vezes praticamente em cima de semáforos.
«Ligam-se os quatro piscas e já está»
A manobra é conhecida de qualquer automobilista que circule regularmente em Lisboa: ligam-se os quatro piscas para indicar que se trata de uma paragem relativamente breve e já está a rua «entupida» em uma das faixas.
«As pessoas ao princípio tiveram mais algum respeito [com a campanha «tolerância zero aplicada pela autarquia há um ano no centro da cidade] mas já se sabe, escapa-se uma vez, escapa-se duas e volta tudo ao mesmo», referiu um morador da rua de São José, uma artéria estreita paralela à Avenida da Liberdade.
«Quando não há lugar e têm que parar, não importa estarem a tapar a passagem aos outros, a pessoa quando tem que parar, pára mesmo», acrescenta.
Na avenida Augusto de Aguiar, um condutor que preferiu não ser identificado e acabado de parar em segunda fila afirmou que aquele expediente é «forçado, porque há horas em que é impossível encontrar lugar».
«Eu até percebo que irrite muitas pessoas, eu também conduzo e muitas vezes tenho que me desviar dos carros mal parados, mas que é que se há-de fazer? Temos todos que viver com isto», argumenta."
Projecto do Arco Ribeirinho Sul
RCM 137/2008 - Lança o Projecto do Arco Ribeirinho Sul, visando a requalificação urbanística de importantes áreas da margem sul do estuário do Tejo e contribuindo para a valorização e competitividade da área metropolitana de Lisboa.
***
TEXTO da Resolução do Conselho de Ministros
Av. EUA - Placa Central, junto à EDP
Av. de Roma - Junto à Assembleia Municipal
Av. de Roma - Junto à Assembleia Municipal
AS FOTOS, tiradas ontem e hoje, mostram quatro dignos representantes dos inúmeros tocos de árvores que adornam a capital.
Dirão os optimistas que, comparadas com as que hoje causaram estragos no Príncipe Real, têm a grande vantagem de... não caírem.
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