sexta-feira, agosto 24, 2007
Domingo, só vai faltar o Babe
A ideia até nem é nova, já Miguel Portas a tinha defendido há 6 anos, na altura até com projecto bem melhor. De qualquer forma, do que o Terreiro do Paço precisa é só de uma coisa: recuperar a dignidade perdida. Como?
Começando por ver recuperados o Arco da Rua Augusta e a estátua de D.José, encardidos e mutilados, e uma vergonha para qualquer cidade, quanto mais na praça principal de uma capital. É ver acabadas, de uma vez por todas, as malfadadas obras do Metro; recolocando-se o Cais das Colunas e trasladando-se a inenarrável boca de acesso à passagem subterrânea junto ao torreão do lado nascente da praça. Depois, é libertar os pisos térreos em toda a extensão das arcadas para esplanadas, espaços lúdicos e culturais. Mas que fiquem os ministérios, pelos menos os serviços de topo.
Mas, por favor, digam NÃO ao skate, à esplanada e ao quiosque pimbas, aos decibéis e à sujidade. Mas também à árvore do Millenium, ao tradicional alumínio dos perfis das janelas em volta do Terreiro e aos buracos no pavimento. Que se feche o Terreiro do Paço aos carros, sim, mas de vez, não só ao Domingo, para inglês ver ... isso lembra-me o 22 de Setembro de João Soares, com a Avenida toda para peões e bicicletas, para no resto dos 6 anos de mandato nada ter sido feito em prol do peão e do direito ao ar livre e ao passeio.
Vamos a ver no que dão os «jogos sem fronteiras» de Domingo.
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3 comentários:
Ouvi dizer que o sr. dr. Sá Fernandes mandou plantar oliveiras no Terreiro do Paço, que é para termos um genuino azeite de Lisboa.
Escusado será dizer que eu apoio interiamente a ideia.
-Com a pontualidade e frequência dos transportes públicos em Lisboa, melhores ainda ao fim de semana, somando-lhe o preço dos estacionamentos nos poucos parques de estacionamento perto do Terreiro do Paço, devem estar a contar com os habitantes da zona que como todos sabem é densamente povoada para encher a praça aos Domingos. Depois o problema é os horários dos hipermercados e centros comerciais.
O segundo comentário toca na ferida. Sem gente a morar nas freguesias o que quer que se faça há-de ser de plástico. ou pior: veja-se o Rossio e a Praça da Figueira. Com gente a morar nas freguesias da Baixa e os ministérios mantendo-se por ali nem seriam precisas estas ideias tristes e artificiosas.
Cumpts.
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