«A Câmara Municipal de Lisboa adoptou ontem, por maioria, uma recomendação ao Governo: quer que o estudo do LNEC sobre o novo aeroporto de Lisboa abranja a hipótese Portela+1. A proposta foi apresentada por Helena Roseta. Mas, tendo sido aprovada, passou a ser de toda a câmara. O que quer dizer que a Câmara de Lisboa, presidida pelo PS, recomenda ao Governo, do PS, que faça um estudo sobre um cenário que o Governo tem rejeitado em absoluto.Esta é a primeira vez que se manifesta publicamente o facto de António Costa governar sem maioria a maior autarquia do País. E logo numa recomendação contra o sentido oficial da posição do Governo do qual fez parte. À parte do conteúdo concreto da recomendação, é um sinal preocupante para a estabilidade da capital: como se sabe, a falta de maioria absoluta do anterior presidente foi uma das razões principais que conduziram à queda do executivo camarário. Perante a proposta de Roseta, o PS absteve-se (António Costa incluído). Quer dizer: não votou contra. O que quer dizer isto? Bom, para já, uma evidência: enquanto ministro, Costa era frontalmente contra a hipótese Portela+1. Agora, enquanto presidente da câmara, já deixou de ser contra, apenas se abstém. Falta saber se este voto é um passo de Costa ao encontro do seu novo eleitorado (os lisboetas), ou se é, de certa forma, um primeiro sinal de uma possível evolução do Governo.»
1 comentário:
PORTELA + UM ( O Montijo), pelas razões abaixo:
1.º) Já existe no Montijo uma base aérea, que, com as necessárias adaptações, poderia servir como segundo aeroporto da capital: o aeroporto "low cost" de Lisboa. A referida base aérea poderia ser transferida para a Ota ou para Beja, onde existe outra, deixada há alguns anos pelos alemães que possui óptimas condições;
2.º) Lisboa ficaria assim com dois aeroportos civis como muitas outras cidades no mundo e Lisboa poderia beneficiar da aliciante turística de ter dois aeroportos: um dentro da própria e outro ali logo ao lado;
3.º) A questão do novo aeroporto deve ter em atenção o que for decidido para o comboio de alta velocidade, o RAVE (ou TGV, como é conhecido pela sigla tirada francês);
4.º) O terminal do TGV poderia ficar junto ao Aeroporto no Montijo. Assim a ligação Lisboa – Madrid poderia fazer-se aproveitando uma maior parte do traçado já existente entre o Barreiro, Caia e Badajoz, poupando-se algum dinheiro em expropriações;
5.º) Assim, o TGV não atravessaria o Tejo (a 350 Km/h ???) até à gare do Oriente e seria o metropolitano de Lisboa a chegar à Gare do TGV e ao Aeroporto no Montijo, o que poderia ser feito por ponte ou por túnel, mas um túnel adequado ao local e não como está a ser feito no Terreiro do Paço;
6.º) O facto de Lisboa ser uma zona sísmica não tem problema, pois há técnicas apropriadas a usar nesses casos;
7.º) Em alternativa, poderia ser o metro do Sul do Tejo a fazer travessia do Tejo;
8.º) A ligação do metro de Lisboa à outra margem permitiria aos passageiros do TGV e do Aeroporto no Montijo e a muitos dos habitantes dessa cidade e do Barreiro a sua distribuição pela capital, aproveitando-se com isso para retirar de Lisboa milhares de automóveis;
9.º) A margem sul é uma zona plana e é, por excelência, o local de expansão da cidade de Lisboa, limitada que está a Norte por uma cadeia de serranias;
10.º) O Montijo permitiria captar passageiros da raia espanhola, que, sendo servido pelo TGV fica a cerca de 200 Km, enquanto que Madrid está a mais de 300 Km, estando o respectivo Aeroporto a 15 Km do outro lado, em Barajas;
11.º) A OTA por ser mais longe de Lisboa é obviamente pior quanto à atracção do turismo para a capital;
12.º) No caso do Governo querer mesmo desactivar a Portela, então Alcochete deverá ser a melhor solução.
Zé da Burra o Alentejano
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