quarta-feira, agosto 22, 2007

Os "Verdeufémios" e os "artistas" das avenidas-novas

TODA A DISCUSSÃO em torno dos "verdeufémios" teve, pelo menos, uma vantagem:
Ficámos a saber que há certos crimes (que têm o patusco nome de "semi-públicos") que só têm consequências para quem os pratica se forem objecto de queixa das suas vítimas.
É estranho, parece injusto (nomeadamente porque o receio de represálias pode ser determinante), mas é mesmo assim - e foi a percepção, agora, dessa realidade que me fez entender o que se passou comigo há um par de anos:

Foi quando me apercebi que era possível que, à vista de toda a gente, jovens assaltassem quiosques dos CTT, cabines telefónicas e parquímetros impunemente - cenas essas a que assisti por cinco vezes (nos Restauradores e nas Avenidas Novas) e em plena hora-de-ponta, duas das quais mesmo nas barbas de agentes da PSP e da Polícia Municipal!
Revoltado e intrigado pela inacção destes, resolvi, a certa altura, abordar um - que me pareceu mais pachola - e perguntar-lhe a razão de tanta passividade. E o homem, com aquele ar fatigado de quem já disse a mesma coisa mil vezes, explicou-me:
O mais que podiam fazer era abordar os larápios e identificá-los - eventualmente na esquadra, se houvesse possibilidade de os levar até lá.
Em seguida, e como as empresas lesadas não apresentavam queixa, os jovens apenas tinham, como punição, um curto intervalo forçado na sua actividade - que decerto aproveitavam para um bem merecido repouso...
Na altura, ficou tudo dito. Agora, ficou tudo percebido.
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Ver [aqui] uma referência ao Zé do Boné, um desses esforçados jovens que ajudam a EMEL a justificar os sistemáticos prejuízos que tem.

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