sábado, agosto 18, 2007

Uma proposta estranha para resolver problemas de tesouraria da Câmara de Lisboa...

O que diz Sá
Criar uma marca de vinhos e azeites de Lisboa e comercializar as amêijoas e as corvinas que se pescam no Tejo são algumas das «ideias radicais» que José Sá Fernandes está a desenvolver para aumentar as receitas da Câmara de Lisboa. O vereador eleito pelo Bloco de Esquerda diz que «é preciso ter criatividade» para fazer face às despesas do município...
Sol
Quando li, ao meu lado alguém disse logo: «Mas isso é verdade ou é no gozo?». Antes de mais, Sá Fernandes podia ir ver as condições em que são pescadas e apanhadas as espécies de que fala. Talvez fosse óptimo começar por melhorar essas condições - e isso levará outros tantos anos quantos levou a deixar as águas do Tejo naquele estado. Quanto ao vinho e ao azeite, salvo melhor opinião, julgo que chegam a Lisboa (pelo menos à Cidade de Lisboa - e julgo que é dessa que se trata) já engarrafados... Não estou a ver os olivais e as vinhas dentro da Cidade. Não conheço. Mas deve ser lapso meu, devo estar enganado, «prontos».
«Para fazer face às despesas do Município»????? Mas então vamos pôr os Serviços Municipais a cultivar vinho e azeite e a apanhar amêijoa e corvina ali no Estuário??? Que diabo deu às pessoas?

7 comentários:

Bic Laranja disse...

Não deu nada. Apenas passaram muito asinha da sua natural condição de caçadores recolectores para governantes.
Cumpts.

Anónimo disse...

Melhor faria o sr. vereador se propusesse a venda como souvenirs de garrafas de ar daquele bem poluído da Avenida da Liberdade (agora, em Agosto, não tem interesse pois anda demasiado respirável).

Dário Nantes disse...

um utópico no seu melhor...e porque não dar o aval á obra que carmona tinha como essencial para lisboa como a pista de ski...obra sem duvida essencial nesta capital da neve e que muitas receitas traria á cidade. faz-me lembrar a historia do limpa neves no aeroporto de Luanda dado pela União Sovietica a Angola..... enfim o gajo que cure a ressaca primeiro

Carlos Medina Ribeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Medina Ribeiro disse...
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Carlos Medina Ribeiro disse...

Essa ideia de comercializar as corvinas que se pescam no Tejo, remete-me para o romance de Li'dia Jorge "A u'ltima Dona", numa cena em que o ho'spede manda vir peixe:

O empregado limita-se a chamar-lhe a atenção para o estado da a'gua onde eles sao pescados...

Anónimo disse...

Alguma corvina apanhada no Cais das Colunas (onde mesmo?) deve ter feito mal (muito mal) ao sr. dr. Fernandes. Só pode.